Darkness Embraced

Capítulo 18: Who the hell is she?


*Hugo Narrando*

Quando o sol se pos, nós fomos para casa... Ao chegarmos Lumar foi direto para o quarto. Ela estava estranha, não disse nada a viagem inteira. Mais tarde eu descobriria o que é. Fui até o meu quarto e abri a porta do closet pegando uma caixa em cima da prateleira. Ao abrir havia vários papeis e entre os papeis havia uma antiga foto. Era Nikole Black, minha ex-noiva e irmã de Sáfirah. Lumar não fazia ideia de que ela existia e eu nem queria que soubesse, pois ela me mataria. Fiquei observando a foto por um tempo, até que Lumar entrou com tudo no quarto, como em um reflexo guardei a foto no bolso da jaqueta que estava na cama.

_ que foi Lumar?

_ Beatrice está lá na sala, quer falar com você. – ela parecia furiosa, com certeza Beatrice a importunou.

_ certo, se acalma, ok? – dei um beijo rápido nela e saí até a sala.

*Lumar Narrando*

Quando entrei no quarto, vi Hugo esconder algo no bolso da jaqueta, e eu tenho certeza que ele não queria que eu visse. Esperei ele chegar no andar de baixo, quando o ouvi saudar Beatrice. Peguei a jaqueta e mexi nos bolsos, em um deles veio uma antiga foto. Era uma mulher, ou melhor, uma vampira, tinha os cabelos castanhos... Ela me lembrava alguém, mas eu não sabia ao certo quem. Virei e estava escrito: Nikole Black, para meu eterno amado.

Coloquei a foto de volta na jaqueta e fui para a cozinha, ignorando completamente Beatrice e Hugo. Esquentei um pouco de sangue, mas joguei fora... Eu queria matar alguém. Voltei ao meu quarto, vesti minha jaqueta aviador de couro e ia saindo. Em segundos, Hugo estava do meu lado;

_ vai caçar?

_ vou! E vou dar umas voltas por aí

_ vou com você – corremos pelas sombras até um bar no centro de Londres. Pedi um Jack Daniels e Hugo começou com Absinto. Tomei uma dose, a segunda e na terceira o cheiro do bar mudou. O fedor humano estava com um aroma vampiresco

_ há um vampiro aqui – comentei

_ estou sentindo o cheiro...

_ é cheiro de carne podre e perfume barato... – Hugo riu

_ você não perdoa né?

_ não... Esse vampiro ou vampira cheira a tumulo e a puta ué

_ certo, ele está partindo... Vamos ver quem é – ele jogou umas notas no balcão e fomos atrás do misterioso vampiro. O cheiro nos levava até um cemitério, mais precisamente um tumulo e havia uma mulher sentada de costas para nós. Quando ela se virou, era a mulher da foto.

_ Nikole? – Hugo disse pasmo.

_ Olá Hugo – ela disse animada e quando desceu da lapide o beijou. Eu arqueei a sobrancelha e ele a empurrou e pela primeira vez em 250 anos eu vi um vampiro sem jeito. – quem é ela? – ela me olhou de cima a baixo.

_ Lumar Lefreve – olhei para Hugo e ele olhava para a tal Nikole e para mim

_ er... Nikole, a Lumar é minha...

_ cria, é eu percebi! Afinal, andam juntos.

_ eu não ia dizer cria...

_ não importa – ela o interrompeu de novo. É, o fedor de carne podre e puta vinham de Nikole já era de se imaginar porque né... Eu decidi que não ia ficar ali, os dois tinham muito que falar e o perfume dela tava me dando nojo. Saí correndo por entre os túmulos até o outro lado do cemitério onde o ar era limpo. O bom cheirinho de morte... Adorava esse aroma quando matava alguém. Quando vi o coveiro vir na minha direção... Uuuh, lanche!

_ Srta não é tarde e perigoso estar aqui essas horas?

_ não

_ mas são 23h30 da noite e a Srta está sozinha

_ não estou sozinha... Estou com o senhor e um... Amigo que está há uns túmulos daqui.

_ uuuh, sexo no cemitério... Posso assistir? – eu quase gargalhei... Humanos.. Sempre tão patéticos. Aproximei-me do cara, ele não era lindo, mas também não era um filhote de cruz credo... Tinha por volta dos seus 32 anos

_ não – disse sussurrando em seu ouvido e depois cravei minhas presas em seu pescoço. Depois que eu matei o coveiro, o coloquei sentado em uma das lapides e fui andando de volta para o bar. Estava tocando umas musicas legais, quando um cara totalmente bêbado parou pra me cantar, ele era bonitinho até. Ele acabou me levando pro banheiro masculino, eu sabia que se bebesse o sangue dele, ficaria bêbada também, mas não liguei. O matei mesmo assim... Em minutos senti o efeito do sangue alcoolizado em mim e cara, era a melhor sensação do mundo.

- Hugo Campanaro narrando-

_ Nikole, eu te disse quando eu fui embora... Acabou tudo! Minha vida é diferente agora, eu não dou e nem recebo ordens.

_ você é um vampiro muito frouxo hein Campanaro? Aquela garota lá vai achar um ancião mais velho que você e vai te dar o fora. – ela havia conseguido me irritar, a peguei pelo pescoço e apertei bem

_ suma daqui Nikole, vá perturbar tua irmã... Deixa-me em paz – soltei e saí andando procurando a maluca da Lefreve, ela não estava mais no cemitério, então presumi que estava no bar. Quando eu entrei me espantei com a cena, Lumar dançava em cima do balcão uma musica que não reconheci, ela parecia... Bêbada? Ela estava com uma garrafa de Jack Daniels na mão, rindo que nem uma pateta e cantando a musica. Eu não sabia se ria ou se a tirava daquela situação. Eu tava me sentindo numa boate de stripper porque havia vários cidadãos bêbados em volta dela e ela não se importando. Até o momento em que ela me viu cara, eu desejei que isso não tivesse acontecido... Ela pulou no meio dos caras e veio até mim e pulou no meu colo...

_ o que aconteceu com você? – ela me olhava rindo, ela tava bêbada ou drogada?

_ eu não sei... Só to... Feliz – me soltou e voltou a dançar, ate que eu ouvi um nariz ser quebrado, quando olhei Lumar tinha nocauteado um cara. Ah não, Lefreve bêbada/drogada se metendo em confusão com um cara que é três vezes o tamanho dela.

Eu a puxei pelo braço e o cara a segurou também.

_ solta ela – eu falei praticamente mostrando as presas

_ solta ela você playboy – a criatura queria brigar comigo, logo comigo... Só rindo mesmo. Eu delicadamente joguei Lumar para o canto e encarei o imbecil, ele queria briga, então ele teria briga.

- Lumar Narrando-

Sabe quando seu corpo fica totalmente entorpecido? Eu estava me sentindo assim, acho que aquele cara que eu matei no banheiro não estava só bêbado. Eu ainda estava bêbada, mas um pouco mais consciente Hugo estava brigando com um cara lá do bar. Rolei os olhos e me meti entre os dois.

_ as duas donzelas podem parar de brigar?

_ tua mina ta pedindo pra morrer – o cara apontou pro Hugo. Eu me virei pra ele com a sobrancelha quase saltando do rosto.

_ encosta esse teu dedo sujo em mim e você vai desejar não ter nascido.

_ ui, ela é bravinha – ele me provocou. Eu não senti meus movimentos, só sei que em um segundo ele estava rindo de mim, no outro ele estava no chão com o rosto todo ensanguentado.

Quando fui reparar estava no meio da rua, sendo carregada pelo Hugo.

- Hugo Narrando-

_ estou vendo unicórnios Hugo – ela encostou a cabeça no meu ombro e ficou rindo enquanto eu a carregava. Eu gargalhei, eu tinha que filmar isso, pena que não saímos em fotos e nem em vídeos.

_ ta bom Lefreve

_ Eu quero um unicórnio dude

_ você precisa de sangue... – eu abri a porta e a coloquei no sofá, ela deitou e ficou olhando pro teto um tempo. Eu fui até a geladeira e esquentei umas bolsas de sangue, eu não aguentaria uma noite com essa garota falando de unicórnios. Quando cheguei na sala com uma taça de sangue, Lumar estava dançando em cima da mesa de centro. Cara, eu não ia a deixar morder alguém bêbado nunca mais, ela parece criança.

_ Lefreve, vem aqui.

_ UI – ela gargalhou

_ sério, vem cá... – ela desceu da mesa e parou na minha frente – toma isso – ela virou a taça, e depois de umas três ou quatro ela havia voltado ao normal.

O que é muito bom porque se eu a ouvir falar de unicórnios mais uma vez, a jogo no sol;