Dark Angel

Capítulo 4 - Começo a fazer coisas inacabadas


4º capitulo: COMEÇO A FAZER COISAS INACABADAS.

PDV Stephanie

- Como é que eu vou tirar minha carteira com as digitais assim? – Foi o que eu consegui dizer.

Minha vó me levou para a sala de estar e mostrou minhas mãos para o Sam, Dean, e Cass.

- Me desculpa meu anjo! – Minha vó lacrimejava.

- Não é culpa sua. – Consolei-a.

- É um feitiço que eu pus no livro. – Ela confessou. – Contra demônios. Os que tentassem pegá-lo seria mandado direto para o Inferno, esses desenhos são contra demônios.

- E eu estou bem... Porque? – Me sentei no sofá branco.

- Você é metade anjo. – Cass falou.

- Mas doeu, muito. – Falei.

- Acho melhor agente ir. – Sam falou.

- Eu não quero mais fugir. – Reclamei.

- Você não esta fugindo meu anjo. – Minha vó pos os braços dela em volta de mim.

- Estou sim! É questão de tempo até eu ver mais alguém morto por causa de mim. Daqui a pouco agente encontra um Super-Anjo ou um Super-Demonio e todos nós morremos! – Desabafei.

- Isso não ira acontecer. – Cass falou.

- Eu fiz um feitiço em você. – Minha vó sussurrou.

- Legal! – Ironizei. – Minha vó bruxa botou um feitiço na pessoa que matou sua filha! – Ironizei.

- Você não a matou minha querida. – As palavras da minha vó me assustaram e me tranqüilizou. – E ela não é minha filha, ela é adotada, mas ela não sabe então eu agradeceria se ficasse entre nós 5.

- Ok... – Me assustei. – Hora de ir. Tchau vó. – Abracei-a. Levantei do sofá e fechei os olhos, convicta que quando abrisse estaria novamente no quarto do hotel destruído, mas não. – Eu realmente preciso controlar essa coisa! – Reclamei.

Cass nos mandou de volta e foi "resolver coisas", assim que nós voltamos saímos de lá antes que alguém reparasse que o quarto estava totalmente destruído. Nós estávamos viajando para Oregon porque de acordo com Sam e Dean minha vó havia dito que minha mãe havia viajado para Oregon e havia voltado grávida, e demoníaca, um pequeno detalhe. Agora nós estávamos em Rosewood, Pennsylvania. Nós vamos de carro até Oregon, por que eu prefiro pelo menos ser normal em pelo menos um aspecto, que é não ir teletransportada por mim, ou por um anjo. Talvez eu tenha medo de saber o que eu vou encontrar. Enfim, nós iríamos passar por: Ohio, Indiana, Illinois, Missouri, Kansas, Colorado, Wyoming, Idaho e finalmente chegar em Oregon. Acho que aquelas pessoas que dizem ter problemas com pais não chegam aos pés dos meus problemas com a minha provável mãe-demônia e meu provável pai-anjo-caido.

Sai do carro para entrar no meu quarto de hotel, eu insisti para eu ficar no mesmo quarto que eles, e Dean gostou da idéia. Porém, Sam não deixou. Cheguei no meu quarto do hotel e me joguei na cama, não era fofa nem dura de mais. Tirei minha roupa, joguei no chão, fui tomar banho e só depois reparei que eu não havia pegado minhas malas, elas estavam junto com a do Sam e do Dean no quarto deles, ao lado do meu. Havia apenas as minhas roupas no chão, me sequei com a toalha do hotel e peguei minhas roupas, que estavam encharcadas e cheias de manchas, olhei para o chão no lugar onde elas estavam e reparei que com certeza havia um cano do esgoto solto, ou da privada, a unica coisa que estava limpa era minha jaqueta de couro. Me enrolei na toalha e olhei duas vezes para me certificar que no corredor dos quartos do hotel estava vazio e corri para o quarto ao lado, Sam estava no banho e minha mala era pesada de mais para eu carregar, graças a deus Dean chegou comendo chocolate.

- Quer ajuda, garota? – Ele enfatizou garota como se por esse fato eu era fraca. – Gostei da roupa, ta saindo do banheiro com o Sam, é? – Ele riu.

- Há há há! – Ironizei. – Leva para o meu quarto.

- Ok. – Ele pegou a mala.

Ele entrou no quarto e eu fui junto.

- Ai, esqueci a nécessaire! – Fui para o quarto ao lado mas antes de escancarar a porta espiei, pois eu ouvi Sam conversar com alguém.

Espiei e vi um homem alto, do tamanho do Sam parado na frente dele, o olho completamente preto, um demônio.

- Não é ela! – Sam quase gritava.

- Então por que ela esta aqui? – O demônio insistiu, e eu sabia que era de mim que eles falavam.

- Por que ela sabe de mais sobre tudo! Nós vamos nos livrar dela. – Meu coração parou por um minuto. – Nós vamos nos livrar dela! – Sam repetia.

- Então o seu irmão sabe? – O demônio perguntou.

- Ainda não. Ele não vai querer se livrar dela. Eu me livro sozinho. – Eu não conseguia ver o rosto do Sam, mas eu senti a frieza no rosto dele. – Ela é inútil para mim, para os anjos, ou para você!

Eu não agüentava mais ouvir aquela conversa, fechei a porta devagar, entrei no meu quarto e tranquei a porta. Dean estava sentado na minha cama. Eu quase não conseguia sustentar o meu corpo nas minhas pernas, Sam Winchester, uma das pessoas que eu mais admirei na vida, quer "se livrar de mim"! Sentei ao lado do Dean, o abracei e comecei a chorar, assim como eu fiz na casa da minha vó. Eu não sei por que, mas me sentia segura perto dele, com ele. Primeiro ele paralisou, mas depois retribuiu o abraço enquanto nós estávamos sentados. O quarto ficou escuro pois a luz queimou naquele instante, ou algo do tipo.

- O que...? – Ele não conseguiu completar a frase.

Só de pensar que eu falaria que o seu irmão queria me matar e ele praticamente teria que escolher entre eu e ele, que pelo jeito, sou uma falsa aberração, me deu um nó na garganta e eu me joguei em cima dele, com isso ele desmoronou com as costas na cama e eu junto.

- Calma Stephanie. Tudo vai ficar bem. – Ele tentou me consolar.

Eu não sei bem por que, pela fraqueza, pelo desejo, ou por eu estar carente, confusa, triste, e nervosa, mas nós ficamos nos encarando, eu em cima dele, e ele em baixo de mim, por cerca de 50 segundos, que passou anos, cada detalhe do rosto dele me convidava para chegar mais perto, ele olhava para a minha boca, e eu, em um ato impulsivo, completei completamente o espaço entre a minha boca e a dele. A língua dele contornou meu lábio inferior pedindo permissão, eu entreabri a boca, e senti o gosto de chocolate da boca dele, o que tornou melhor do que já estava.

Nós dois nos encaramos provavelmente sem saber o que dizer, eu ainda em cima dele, tentei falar algo.

- Eu... – Ele colocou as mãos nos cabelos da minha nuca e me obrigou a beijá-lo mais uma vez.

Não foi bem obrigar, levando em conta que eu queria. Sua outra mão segurava a parte direita do meu rosto. Não sei bem o que pensei naquele momento. Talvez em nada. O beijo dele era tão doce, os lábios dele eram macios como algodão. Não sabia se eu continuava ou se parava. Sabia que se eu parasse iria me arrepender. Havia um certo medo em mim impedindo-me de tocar nele, porém num surto de endorfina querendo ser liberada resolvi ceder a minha própria vontade. Toquei a parte mais abaixo de suas costas e continuamos nos beijando. Não deve ter passado nem uns 45 segundos enquanto nos beijavamos aumentando e diminuindo o ritmo, Dean parou. E soltou minha nuca. Pensei na hora "ai meu Deus, que foi que eu fiz?" porém, ele me olhou com uma cara de quem diz "Tem certeza?" e eu sem nem dar uma olhadela em resposta, segurei seus cabelos castanhos e macios, e começamos a nos beijar novamente. Dean segurava a minha cintura, em um quase abraço e de repente, começara a passar suas mãos fortes nas minhas costas. Eu nem me recordava mais que estava de toalha, a qual começara a cair com os toques quentes das mão de Dean. Passados alguns minutos no qual não haviamos parado de nos beijar, Dean em meio a outro quase-abraço, me segurava pela cintura e começou a parar o beijo. Ele não podia parar. Eu não queria. Ele começou a beijar meu rosto e em seguida meu pescoço, chegando ao meu ombro. Estar entrelaçada com ele era como estar no meio de uma nuvem: Macia, cheirosa e flutuante. Meus olhos permaneciam fechados, enquanto Dean acariciava minhas costas, quase nuas, e beija hora meu pescoço, hora meu ombro. Passado certo tempo ele tocou minhas coxas e as puxou de encontro as suas pernas. Entrelaçou-as em sua cintura. Nossa endorfina falou em coro ao mesmo tempo. Tirei a camiseta bege que Dean vestia. Toalha ja não era preciso. Ele rolou e se pôs em cima de mim, beijou meu pescoço e foi distribuindo beijos e descendo até chegar no meu umbigo.

- Stephanie? – Ouvi Sam me chamando na porta. Ele tentou abrir a porta mas estava trancada.

Dean me olhou e eu olhei desesperada para ele, eu não queria que ele me encontrasse daquele jeito ali, e pelo visto, Dean tambem não. Ele levantou, colocou sua blusa e eu me enrolei na toalha. Abri a porta enrolada na toalha.