Acordei morrendo como sempre, liguei meu computador e fui ao banheiro fazer minha higiene matinal. A água bateu em minha pele dando uma sensação tão boa que não consegui me conter em só lavar o rosto. Tirei a roupa e liguei o chuveiro. A parte ruim de morar em um apartamento no Brasil é que tem prédios por perto me impedindo de abrir a janela para desfrutar do dia. Tomei um banho lentamente ignorando completamente minha mãe batendo na porta do meu quarto feito uma louca. Sai lentamente me enrolei na toalha e abri a porta para ela. – não é por que você já terminou o terceiro colegial e não conseguiu passar em faculdade nenhuma que você vai ficar vagabundando em casa! – odeio quando ela começa jogar na cara que sou retardada o suficiente para não ter entrado em uma faculdade. – Mãe eu tenho aula de inglês hoje desinfeta vai! – OLHA O JEITO QUE VOCÊ FALA COMIGO PIRRALHA! – ela ameaçou me bater, apenas fechei a porta na sua cara voltando para o meu querido banheiro. Troquei de roupa colocando algo que me deixasse confortável para duas horas de aula. Perguntei-me por que era o único ser vivo que mora em pleno Brasil que só tinha moletom? Revirei os olhos e tive que entrar quase dentro do meu guarda roupa a procura de uma roupa para um calor de matar. Quase achei o leão de Narnia perdido no meu guarda-roupa. Dei risada ao me lembrar de que odiava bichos, mas que seria legal achar um leão no meu guarda-roupa. Tá não sou uma pessoa normal! Olhei para o relógio do meu quarto e ainda tinha três horas para minha aula começar, bufei odeio esperar! Por sorte era meu ultimo ano de inglês e logo acabariam as aulas. Acabei de me arrumar e fui ao banheiro passar um lápis preto nos olhos. (http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=58680679). – Caramba Danielli você precisa tomar um sol! – sim meu nome se escreve realmente desse jeito. Olhei para lado vendo a anta da minha irmã! – Cala a boca idiota! Odeio Sol! – ela deu risada e revirou os olhos. – seu mau humor um dia vai te matar! – te perguntei algo? – deitei na cama e coloquei o travesseiro em cima da minha cara. – AMANDA! – gritei quando ouvi saindo do quarto. – o que dói? – ela perguntou me fazendo rir. Eu sempre conseguia deixar ela mal humorada assim como eu. – me leva para o inglês? – você já tem dezoito anos por que não tira carta? – eu tenho carta sonsa! Mas não tenho carro! – ela revirou os olhos. – ninguém manda ficar coçando a bunda o dia inteiro em vez de ir trabalhar! – vai me levar ou não? – bufei olhando para ela impaciente. – claro que levo irmãzinha mais nova irritante! – ela passou a mão na minha bochecha a apertando. Rosnei para ela faltando a morder! – mas eu só vou sair daqui uma hora e meia! – ok! Eu espero! – falei o espero quase enfartando de tédio. Amanda saiu saltitando do meu quarto feito uma gazela. Odeio a felicidade dela! Na verdade eu odeio tudo nela! E odeio rimas então não adianta falar nossa rimou! Ela tem vinte e cinco anos, mas parece uma adolescente com aquele cabelo loiro escuro, com os olhos verdes da mesma cor que os meus e com aquele sorriso brilhante. Eu sabia sorrir, eu acho, mas não tinha motivos para isso. E outra coisa que me deixava mais ainda sombria era a cor da minha pele. O que é meio irônico por que sombra é negra e eu sou como um fantasma. Uma vez fui expulsa de um restaurante por que uma garota me perguntou se eu era um fantasma e eu pulei em cima dela para morder ela. Minha mãe joga isso na minha cara até hoje! Olha que faz uns... Uns cinco meses atrás. Levantei da cama e fui me medir na porta como sempre fazia toda semana. Ainda usava aquelas fitas de crianças, havia furtado uma daquelas em um parque de diversão quando um homem não me deixou ir à montanha russa por que não alcancei a meta de altura. Sim sou uma coisa minúscula! Tenho 1,55 os cinco centímetros não servem para nada! Medi-me e percebi que nunca mais iria crescer! Havia três meses que havia parado em 1,55 e isso era irritante! Por sorte tinha uma amiga que conseguia ser menor do que eu! Mas provavelmente ela iria crescer mais do que eu, já que a garota tinha somente quinze anos. Fui para frente do espelho e levantei a blusa olhando para minha cintura. Além de baixinha eu tinha que ser tão magra? O que me deixava feliz em meu corpo eram meus seios que pelo menos eram grandinhos. E claro minha bunda que dava um toque final em meu corpo para me deixar um pouco mais velha. Tirando isso até Tiffany minha amiga de quinze anos parecia ser mais velha do que eu.

Fui ao meu computador, lembrando que o havia ligado minutos atrás. Abri o meu twitter e fui a pagina dos meninos da One Direction. Sim eu tinha um ar de não-me-rela-nem-me-toca mas amo eles. Eram os únicos meninos que eu suspirava quando via. O resto me dava repulsa! Minha mãe achava que eu era lesbica por nunca ter me visto com um menino em toda a minha longa vida de dezoito anos. Fazer o que? Eles corriam de mim quando me viam na rua. Não sou feia, eu acho, mas eu era do tipo de garota que matava qualquer um que tentava se aproximar de mim. Não sei como Tiffany me suportava! Ela é bem diferente de mim, tem os cabelos castanhos escuros, enquanto os meus são um castanho vermelho. Sim sou ruiva! E sim Amanda é minha irmã de pai diferente, Amanda puxou mamãe e eu infelizmente puxei a coisa que me obrigam a chamar de pai. Os olhos de Tiffany são castanhos e os meus verdes. Ela é mais gordinha e eu uma coisa magrela. Ela é morena de pele enquanto eu um fantasma. Mas não é somente no físico que somos diferentes, mas na personalidade e no gênero também. Tiffany é do tipo de garota que sorri para todo mundo a qualquer momento, sempre abraçando e dando carinho, é amorosa e criativa. Enquanto eu, nem se fala né? Você deve ter percebido como sou.