Daniel Valencia - presidente (Betty a feia)

Capítulo 53 -Uma surpresa má ou boa?


Betty não podia acreditar.

—Mas como assim, senhor Liñarez?

—Desculpe-me, senhorita Beatriz, desculpe-me mesmo.

—Mas o que tem errado no meu trabalho? Diga-me, é porque tive que faltar estes dias?

—Não. –Falhei em meu trabalho?

—Não, eu gosto do seu trabalho, os clientes gostam da senhorita, todos gostam da senhorita. Mas...

—Mas...

—Por favor, vou fazer uma carta, recomendar a senhorita para as melhores empresas, tenho certeza que com sua formação e experiência não terá problema e para isso, seu novo visual ajudará muito. Não tenha raiva da minha Maria.

—Como?

Betty não podia acreditar. Não havia nada a fazer a não ser pegar suas coisas e ir para o apartamento de Armando que abriu a porta sorrindo.

—Betty?

—Ai, Armando. –disse se jogando em seus braços, chorando,

—Que foi, Betty?

—Me despediram, Armando.

—Quê? Como assim?

Armando não podia acreditar que Betty dizia. A moça se debulhava em lágrimas, totalmente entregue, a pegou no colo.

—Como assim foi demitida por ser bonita?

—Sim. Dr. Liñarez disse que a esposa. –Betty soluça. Armando sente-se com ela no sofá, acariciando-lhe a cabeça.

Os dois se abraçam.

—O que faço? Ele me disse que vai recomendar-me para outras empresas e também tenho o banco Montreal.

—Você não precisa disso! Tem sua empresa, nossa empresa.

—Não acho uma boa.

—Por quê? Temos bons clientes agora.

—Não quero que fiquemos tanto tempo juntos, pode se enjoar de mim.

—Nunca me enjoaria de ti, mas fácil que se enjoe de mim.

—Nunca.

Assim, Armando começou a beijá-la e acariciá-la e vendo quão sensível e carente estava, a levou para seu quarto, onde fez amor com muita doçura.

—Eu não devia ter feito esta mudança...

—Está mais linda que nunca. A mais linda das mulheres que conheci. A mais quente, sensual, a mais amável, carinhosa. –disse, tocando-a por todas as partes,

—Ah!

—Sabe que me enlouquece. Me enlouquece quando fala, quando sorri e até quando pensa.

—Te amo.

—E quando diz que me ama!

—Ojojo.

—Quando ri sexy. Quando pede que te possua, dizendo ser minha.

—Sou sua, me possua!

—Ah, picarona!

Assim, os dois se amam.

—Acha que foi bom eu ter feito esta mudança?

—Para mim não faz diferença alguma, mas sei que se sente bem.

—Sim, até receber esta carta estava feliz.

—Sabe, está irresistível! -a beija.

—Onde acha que devo procurar emprego?

—Deve assumir seu lugar de presidente.

—Como?

—Isto que ouviu. Você é a dona, a sócia-maioritária de Terra Moda! Para quê ser uma empregada a mais?

—Não só tenho 5%.

—Não, tem 75%, Terramoda está em seu nome!

—O quê?

—Isso mesmo.

Armando conta resumidamente, Betty não pode acreditar.

—Por que fez isso? Porque a empresa de minha família, a Eco Moda vai passar por dificuldade e minhas ações, assim como tudo que tenho será confiscado, por isso tirei Terra Moda de meu nome! E

Agora sou pobre e você senhorita bela é dona de tudo que é meu! –beijo

—________

Assim, Betty não pode negar-se a assumir a presidência. Para espanto de Nicolás e seu pai, que também não sabiam de nada.

—Mas como que assim foi demitida do escritório?

—Sim, papai. Infelizmente sim.

—Mas como assim, senhorita que não me disse nada? E diga, pelo que foi? Porque um currículo como o seu...

—Papai, por favor, sim? Se não lhe contei foi para evitar que ficasse nervoso. Ainda mais, Terramoda vai muito bem, precisa de mais funcionários e como não podemos contratá-los, creio que minha contribuição será muito bem-vinda.

Hermes fez o costumeiro barulho com a boca de orgulho.

—E Armando quis que fosse a presidente pela minha formação em administração e Economia.

—Como assim, o chama de Armando?

—Ah, papai, só jeito de falar.

—O que passa? -perguntou Armando.

Seu Hermes olhou para os dois e fechou a cara.

—O que acontece com seu pai?

—É que cometi a imprudência de chamá-lo de Armando e não doutor Mendoza.

—Ah sim? Que vire costume! Sabe, creio que está na hora de acertarmos as coisas entre nós.

—Não, não conhece meu pai. O dia em que souber que estamos...

—Estamos o quê? Hã? Sabe, minha vontade é nos trancarmos em uma dessas salinhas e nos amarmos, senhora presidente. –a abraça

—Não seja...

—Crê que resistiria?

—Sabe que não. Por favor.

—Está bem.

—Ainda mais tem esta questão de Ecomoda, se souberem que temos algo vão desconfiar que o senhor sabia e por isso colocou as ações em nome de sua namorada.

—Hum... sempre brilhante! Está bem, esperemos.

Desde que Betty havia saído do escritório dos Liñarez, o senhor que havia ficado triste com isso, havia seguido a recomendação da ex-funcionária e promovido Sofia para sua assistente, o que deixou sua esposa muito feliz, pois duvidava que esta se tornaria também bela. Sofia já estava há um mês no emprego e dava conta do trabalho, graças a dicas da amiga, que antes de ir havia lhe passado tudo que precisava fazer.

—E só tenho que agradecer à Betty pela indicação do trabalho e as dicas.

—Que isso, Sofia? Prefiro que seja você a que ocupe o meu lugar Ojojo!

—Não posso acreditar que tenha sido despedida por que ficou bonita!

—É que dona Maria é muito ciumenta com doutor Liñarez!

—Ai, deve ser tipo minha ex-chefe, dona Marcela. –disse Mariana–Ela não deixava don Armando nem a sol nem à sombra. Está bem que era um mulherengo nato, mas mesmo assim, era cada escândalo, menina!

—Ah, mas me sinto culpada. –cortou Aura Maria para disfarçar. –Se não tivesse feito a mudança ainda estaria lá.

—Não se culpe Aura Maria, já estou trabalhando em outro lugar! Sou executiva de uma empresa de investimentos.

—QUÊ?