Betty havia arrumado um trabalho para Sofia como secretária para cobrir a licença maternidade de uma das secretárias. Mas não era a única que precisava de ajuda.

—Sem mais, Mario, já está decidido!

—Mas é a Sandra, minha secretária de anos!

—Sem sentimentalismo, Mario!

—Não é sentimentalismo.

—Sabe, estou decepcionado. Podendo ter qualquer uma dessas beldades que te ofereci e quer uma do quartel.

—Não! Não é isso!

—Quer a girafa?

—Não.

—Ora, Mário não me venha com essa. Sabe que estas do quartel estão sempre escutando coisas e não podemos nos arriscar. De fato queria Bertha, mas Francesca me exibiu Sandra e sabe como é, ela sabe muitas coisas e não quero problemas com ela. Faça como Olarte, escolha a que quiser, até esta da recepção, com quem já teve um rolo para ser sua secretária e já está.

Mário saiu chateado, apesar de tudo, tinha sentimentos e sabia que romperia os de Sandra ao dizer que não pôde fazer nada por ela.

—Lamento, Sandra.

—Quer dizer que don Mário Caldeirón deixou que a despedisse, Sandra?

—Ai, don Armando, não creio que foi culpa dele, ele tentou.

—Não, não, se Armando estivesse lá, não deixaria.

—Como sabe? Acaso conhece Don Armando?

Betty abaixou a cabeça.

—Conhece?

—-Fresca, mija. E se conhecesse? Me perdoe, mas ela tem razão, don Armando pode ser um gritão.

—Uma hiena,

—Pode gritar, mas ela sempre nos defendeu.

—O que faço agora?

—Betty…

—Vou ver, meninas se consigo.

—Ai, por favor, Betty, tenho que cuidar de minha tia, ela depende da minha ajuda.

Betty prometeu cuidar do assunto, falou com Catalina, mas ela tinha uma secretária.

—Unicamente se a colocar como ajudante em um dos eventos, sim pode ser feito, mas sabe ´´e algo temporário. Não disse que ela cuida da tia doente?

—Sim.

—Não creio que vai ajudar tanto, Mas vou falar com meus amigos.

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—Quê? Mas como assim, Betty que Sandra, a dinossauro bebê...

—Quê?

—É só uma brincadeira que fazíamos Mário e eu. Mas como que Màrio deixou que Daniel despedisse sua secretária.

—Para você ver, gente como nós não tem o menor valor para gente como... como...

—Ah por favor Betty, não vai pensar que sou como eles!

—Não, meu querido não. –beijo

—Você me transformou. –beijo – Mas é que é estranho, Mário tinha muito carinho por Sandra, carinho especial, posso até dizer que tinha alguma atração, se ela não fosse do quartel... –percebe que falou demais.

—Das feias, quer dizer.

—Betty.

—Ojojo! Estou sabendo, doutor. Quer dizer que se trabalhasse em Eco também seria eu... –senta-se em cima dele de lado, mas ele a coloca a horcadas sobre ele, o abraça e morde seus lábios –uma das membros deste quartel?

—Não, Betty

—Sabe que sim. Mas não me importa. –ela devolve a mordida.

—Você aprende rápido as coisas.

Só não fazem amor porque nesta hora aparece Montéz, que começa a lamber Betty.

—Só faltava essa, um concorrente.

—Depois do senhor, ele é o mais bonito.

—Sabe, estava pensando, acha que seria bom ver com Mário porque demitiram Sandra e tentar fazer algo?

—Não, olha isto já foi, vai ver que ele tentou, ou não tentou nada, mas devemos tentar ajudar Sandra agora.

—Tem razão, mas confesso que estou decepcionado com Mário.

—As pessoas são assim. –os dois se abraçam. –Prometo que vou fazer algo por ela.

Pensa em trazer Sandra para ser secretária de Terramoda, já que as coisas estão crescendo, mas não quer fazer por enquanto, para não dar falsas esperanças.

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Capítulo 44 –Um tempo com as meninas

Era sábado. a pedido das meninas, havia combinado de passar o dia de sábado organizando coisas na casa de Sofia para ajudá-la com coisas que pudesse vender e fazer um mercado de pulgas.

—Quer dizer que já está de voltinhas por aí, mocinha?

—Como pode dizer isto, papai? Acontece é que minhas colegas da faculdade precisam de mim. Lembra-se que encontrei uma delas esses dias? Ocorre que ficamos de nos encontrarmos na casa de uma delas para ajudá-la.

—Está bem! –ajeita o jornal para ler. –Mas que não demore, mocinha!

Armando, que trabalhava com Nicolás no computador havia ouvido o que Betty havia dito a seu pai, mas não pensava ser verdade, achava que era uma mentira que havia dito para que ficassem juntos.

—Ah, Betty. Mas vai com todo este peso? Se quiser a levo.

—Er, está bem. Tchau, papai.Tchau, mãe!

—Que aproveite bem! (Dona Júlia também achava que Betty estava inventando algo para ficar com Armando).

No carro.

—A ver, para que trouxe estas coisas? Que tipo de ``perversões`` planeja fazer, ah? O que passa por esta cabecinha tão brilhante? –disse Armando, olhando a bolsa que Betty trazia, com cintos, gravatas, ternos, saias e um monte de coisas, enquanto a colocava no porta-malas.

—Como? Não entendo o que quer dizer. -Betty fica vermelha -Estas são coisas que não vou usar mais para que Sofia e Sandra vendam e consigam um dinheirinho. Não ouviu-me dizer que irei passar o dia na casa das meninas?

—Ah não, Betty, não me diga que vai me deixar assim, ao invés de ficarmos aqui juntinhos. Foi só para seu pai, não é verdade?

—Não -beijo- É verdade, vou me encontrar com as meninas. Sofia e Sandra estão passando por uma situação difícil, assim que todas pensamos em fazer um bazar para ajudá-las a levantar uma graninha.e Sofia ainda tem seus filhos.

—E se lhe dou dinheiro, deixamos estas coisas e você dá uma desculpa às meninas que não poderá ir, diz qualquer coisa e passamos a tarde toda juntinhos, ah, pois tem que ficar com seu noivo. –beija-a, apertando-a para si.

—Não se põe louquinho, que é só um diazinho. Deve conhecê-las e sabe que não aceitariam algo assim.

—Ah, Betty.

—Eu prometi ajudá-las, são as únicas amigas que tenho. Quero dizer, tenho Nicolás, mas é diferente,

—Claro, são mulheres como você! Embora, as conheço e são umas fofoqueiras.

—Não diga isso! Elas não sabem que nos conhecemos, só Aura Maria e precisa ver como falam bem de você.

—Ah sim? E o quê?

—Que apesar de nervoso, ogro, é uma boa pessoa, que sentem sua falta!

—Ah sim, apesar de fofoqueiras, as quero muita, sabe? Sofia conheço há mais de dez anos.e INesita é funcionária mais antiga, a conheço desde sempre! Você arrumou emprego para Sofia?

—Sim.

—Que bom coração. –coloca a mão sobre seu peito.

—Não venha que conheço suas artimanhas!

—Conhece, ah? Disse que ia levá-la e vou, mas que fique bem claro, que me ligue.

Sabe, parece estranho que tenha ficado amiga justo do quartel, mesmo sem trabalhar na empresa.

—Estranho seria se ficasse amigo das modelos ojojo não do quartel das feias!

—Não fale assim, sabe que não é nada feia!

—Tampouco sou uma modelo.

—E quem quer modelo, ah?

—Diz isso agora.

—Admito que já tive esta queda assim pelas modelos, mas -beijo- agora morde seus lábios

—Aí, Armando.

—Vamos até meu apartamento, vai?

—Prometo que te ligo.

—Você vai passar a noite toda lá?

—Não, meu papai me mata se não volto para casa. Mas te ligo.

—Quero te buscar.

—Ah mas que cavalheiro.

—Sabe que é só perigoso que uma senhorita ande de táxi sozinha.

—Não tem perigo, eu os assusto com minha aparência.

—Sabe. -a segura pelo pescoço para dar-lhe um beijo -Se segue falando assim, vou ter que tirar suas e lhe mostrar que não é nada feia.

—Não, marquei com as meninas. Sou linda ojojo! Linda para você.

Que importa, ah?

Quero ser para você.

É o que preciso.

A beija

Betty até pensou em ficar com ele, sua pele pedia, seu corpo queria, mas seu senso de dever falou mais forte, havia se comprometido com as meninas.

A parte disso, estava curiosa, pois nunca havia visto e hoje iriam ler.

O que não sabia é que as meninas planejavam um dia e uma típica noite das garotas, com filmes, pipocas, sorvete massagens e embelezamento.

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