Beatriz virou-se na cama, tinha os olhos fechados. Estava nua e a colcha sobre seu corpo.

—Don Armando. -suspirava, entre sonhos.

Betty abriu os olhos de repente e se surpreendeu a ver em sua frente nada menos que o homem de seus sonhos ao seu lado, sem camisa e sem coberta.

—Don Armando? -disse olhando dentro de seus olhos.

—Betty…

Enternecido por aquela imagem e mergulhando em seus olhos, Armando beijou-a com doçura e ao ver que ela não oponha ficou novamente em cima dela. Betty abriu a boca e ele pôde aprofundar o beijo. Betty não podia acreditar não havia sido um sonho, abraçou-o acariciando suas costas tão másculas e deixando-se levar abriu as pernas, permitindo que ele adentrasse e iniciassem outra rodada de carinhos e amor.

Após o amor.

—Sente fome? -perguntou Armando mordendo seu ombro.

—Sim, mas melhor que eu coma em casa, já está tarde.

—Estamos em casa, Beatriz!

—Sim, estamos ojojo, mas… aqui é a casa de seus avós, não a de meus pais.

—Não está tarde. –beijo –Está cedo, logo amanhece!

Armando havia gostado muito de fazer Betty sua, de modo que, não queria se separar da moça, então, passou o braço por sua cintura e começou a beijá-la.

—Don Armando, creio que temos que ir. -disse com a voz entrecortada.

Aquele homem era insaciável como sabia e sabia como mexer com seu corpo.

—Não sou seu chefe -beijo- não sou seu tio –beijo, não sou velho -beijo- acabamos de fazer amor e ainda estamos nus -beijos. -Por que me chama don Armando?

—Ojojo doutor é…

—Armando!

—Armando, é que… -nisto Armando a vira para ficar debaixo dele e começa a beijá-la..

—Ar- Armando temos que ir!

—Não tive meu bolo, só deliciosa pipoquinha! -falou com a cara pícara

“Pipoquinha o nome certo. Pula como pipoca no óleo fervente” -pensou

—De verdade que não quer ficar comigo? -disse Armando lambendo seu pescoço.

—Si-sim quero estar contigo, mas… mas me-ele a beija -meu pa - beijo – as… -beijo -ti -beijo - tias. AI! Armando!

Ele não deixe que fale, invade a boca de Beatriz que não consegue resistir e o abraça pelo pescoço e deixa que suas línguas dancem.

Armando sabe que nunca ficou tanto tempo desejando uma mulher sem lograr levá-la para a cama e agora que conseguiu, não vai sair sem estar satisfeito. Quer matar de vez este desejo que sente por esta mulher completamente diferente das que costuma ter em seus braços. Uma fantasia, um fetiche que tem que vencer.

—Don Armando! Se não pararmos e ai, meu pai , ai, acordar, e não estiver em casa, me mata.

—Ai, Beatriz, é que-beijo –você sabe como sou- Está bem. Sabe que é difícil para mim.

—Sei do seu problema Ojojo!

—Não tem graça, Beatriz! Não quer me ajudar?

—Creio que já o ajudei.

—Não imagina como!

“Venceste, Mendoza! Venceste! Sim, tigre! Está livre desta fantasia que roubava seu sono, sua concentração. Sim, irmão! Livre de novo!” -pensava Armando

—__________