Em casa, sento-me no sofá e ligo a televisão. Deixo em um canal onde está passando um seriado que não conheço apenas para ter uma companhia. Pego meu celular e olho para lista de contatos. Estou dividida em ligar para Chloé ou para Kyle. Preciso saber do que Matt está falando. Acho que Chloé não deve se intrometer em nada disso. É com Kyle que devo falar.
"Nos vemos hoje? Preciso falar com você". — envio para ele.
A resposta chega quinze minutos depois.
"Sim. Está tudo bem?"
Está? Eu não sei.
"Sim".
***
Tentei me ocupar com tarefas domésticas o dia inteiro. Limpei meu quarto, lavei algumas roupas sujas, troquei as roupas de cama e aspirei a casa inteira. Não que eu deveria fazer aquilo. O médico dissera que eu deveria ficar de repouso, mas eu queria me ocupar. Minha mente estava muito cheia de pensamentos sobre o que Matt havia dito e eu estava ansiosa para conversar com Kyle.
O dia se passou lentamente apesar dos meus esforços para me manter com a mente ocupada. Quando deu seis e meia, fui preparar uma macarronada com almôndegas para comer. Estava sentada na banqueta mexendo em meu notebook que estava em cima do balcão enquanto esperava o molho ferver. Depois de chover o dia inteiro, finalmente a água parou de cair do céu. Mas estava frio.
A campainha tocou e eu me levantei num salto. Atravessei a sala quase correndo e destranquei a porta. Não tinha que adivinhar quem era. Já sabia quem estava na minha porta.
Abro a porta e Kyle sorri. Está vestindo um suéter de lã preto e calça jeans da mesma cor.
—Oi. - ele diz e se aproxima para me dar um beijo.
—Oi. - respondo e sorrio sem mostrar os dentes. - Entra.
Dou um passo para o lado para que ele entre. Após Kyle passar pela porta, fecho-a trancando com a chave.
—Que cheiro bom! O que você está fazendo pra comer?
—Macarronada com almôndegas. - ando de volta até a banqueta onde estava sentada. Kyle está sentado ao meu lado.
Fecho o notebook e olho para o garoto de cabelos vermelhos que está me olhando com um leve sorriso nos lábios.
—O que foi? - pergunto.
—Eu comprei algo pra você.
Meu coração dispara e eu sorrio.
—O que?
Kyle tira do bolso da calça uma caixinha preta de veludo e eu sinto meus batimentos em meus ouvidos. Ele abre a caixinha revelando um anel prateado com uma pedrinha pequena azul marinho em cima.
—Eu... Pensei em oficializar nosso namoro. Sabe como é, hoje faz três meses que nos conhecemos.
Coloco as mãos nas minhas bochechas quentes. Sei que estou um pimentão pela velocidade que o sangue está correndo em minhas veias e artérias.
Olho para o rosto de Kyle e sorrio quando vejo ele sorrindo olhando para a minha cara.
—Você está surpresa?
—Pra caramba! -exclamo e dou risada.
Estendo minha mão direita para que ele coloque o anel em meu dedo. Examino os dedos grandes de Kyle segurando o anel e o colocando em meu dedo e não consigo não sorrir. Não quero chorar, mas meus olhos estão ardendo. Pisco várias vezes antes que ele veja.
—Você quer chorar? - ele pergunta olhando para meu rosto.
Sorrio com os olhos marejados.
—Não.
—O que é isso nos seus olhos?
Fecho os olhos e levo minhas mãos até meu rosto, cobrindo-os. Sinto as mãos de Kyle em meus pulsos obrigando minhas mãos se afastarem do meu rosto. Ele não tira o sorrisinho do boca por nada e quando vê meus olhos marejados, ele se alarga.
—Te amo. - sussurro porque por alguma razão não consigo falar em alto e bom som.
— Eu também te amo.
Coloco minha mão em sua nuca e puxo sua boca para a minha. Sua língua acariciando a minha lentamente e suas mãos em minha cintura.
Kyle de afasta de mim e vai até o fogão apagar o fogo. Se volta para mim e cola sua testa na minha.
—Você está com fome? - ele pergunta sussurrando.
—Não. - digo e espero que minha barriga não ronque me traindo.
Ele me pega no colo e atravessa a pequena cozinha me levando até o meu quarto. Ao me deitar na cama, tira seu suéter e eu tiro minha blusa e desabotoo minha calça jeans. Os olhos de Kyle encontram os meus quando ele se deita em cima de mim com o rosto a poucos centímetros do meu.
Sinto suas mãos tirando minha calcinha e ele separar minhas pernas. Fecho os olhos e jogo minha cabeça para trás quando o sinto entrando dentro de mim. Ele geme meu nome baixinho e continua a se movimentar. Está apoiado em seus cotovelos e com o rosto enterrado em meu pescoço, chupando a pele fina logo abaixo da minha orelha. Solto um gemido e arranho suas costas enquanto Kyle aumenta o ritmo. Ele dá algumas estocadas rápidas e para de repente saindo e entrando devagar me levando a loucura, fazendo eu contrair os dedos dos pés, morder os lábios e gemer seu nome.
—Ah é tão bom estar dentro de você, Alice. - ele diz enquanto entra e sai de mim lentamente.
Gemo.
—Eu te amo.
Ele para e sorri para mim.
—Eu também te amo, boneca.
Kyle se senta trazendo--me para perto de seu peito. Meus cabelos estão grudando em minhas costas, está quente. As mãos de Kyle estão nas minhas costas. Nossos narizes estão se tocando e ele está parado, demorando para que nós dois aproveitemos mais aquele momento. Ele dá uma estocada bruta contra mim e eu gemo. Começo a me movimentar em cima dele enquanto ele me aperta contra seu peito. Suas mãos estão na minha bunda, meus seios contra seu peito e sua boca os chupa deixando marcas.
—Isso. - gemo enquanto rebolo lentamente torturando a nós dois.
Kyle agarra meu quadril e começa a movimentá-lo rapidamente contra seu membro. Sinto o orgasmo crescendo dentro de mim forte, fazendo meu corpo tremer, me arrebatando, fazendo eu morder os lábios falando o nome de Kyle enquanto ele geme comigo coisas incoerentes e ele goza dentro de mim.
***
Eu nunca fora muito de comer na cama, mas lá estávamos nós sentados na minha cama de lençóis bagunçados comendo macarronada com almôndegas. Kyle havia escolhido um cd para escutarmos enquanto comíamos e conversávamos. Ele escolheu o álbum I Love You da banda The Neighbouhood.
— Está muito bom. - ele diz de boca cheia e eu sorrio.
Realmente estava muito bom.
—Então, o que você fez hoje? - pergunto.
Ele dá de ombros enquanto enrola mais uma quantidade da macarronada em seu garfo.
—Nada demais. Apenas fui para a faculdade e trabalhei.
Assenti e olhei para o anel em meu dedo. Ele era lindo e parecia que agora eu estaca completa.
—Eu vi Matt hoje na Starbucks.
Kyle para com o garfo a caminho da boca e me fita. Analiso seu rosto. Ele está muito... "perplexo". Tem algo errado nisso tudo.
—Kyle, tem alguma coisa pra você me contar?
—Não, por que? - ele pergunta franzindo o cenho.
—O Matt veio com aquelas histórias de novo de que eu não te conheço bem.
Kyle larga o garfo no prato e fecha os olhos.
—Olha, não estou perguntando porque não confio em você. - começo a falar mas Kyle me interrompe.
—Aconteceu mais alguma coisa no dia do acidente?
Mordo o lábio inferior. Kyle me fita com intensidade.
—Me conta! - ele exige com a voz firme.
É isso! Não terá jeito de esconder nada dele. Minha cara já me entregou. Suspiro.
—Nós estávamos na cozinha na hora que você me ligou.