— Sua cama é bem confortável – dizia enquanto sentada na borda.

Levou os braços pelo colchão, então deitou-se fazendo com que o vestido subisse e as coxas pálidas aparecessem. Gemeu de maneira manhosa aproveitando a maciez da cama abaixo de si.

— Que bom que gostou.

Voltei minha atenção para a mala de couro sobre a escrivaninha, onde eu verificava alguns papéis.

— Em que lado você dorme?

— Lado esquerdo.

Virei o rosto para avistá-la rolando para o meu lado da cama. Aconchegou-se ali e sorriu para mim de forma gatuna.

— É um pecado não dividir essa cama com alguém. É deliciosa.

Sorri de canto admirando-a. O quão tentadora ela ainda poderia ser?

— Se acha que vai me induzir a algo, falhou em seu plano, Carmen.

Abriu um sorriso grande dessa vez, como se debochasse da maneira mais linda do mundo.

— Bem como eu disse; você sempre malícia tudo que faço.

Aproximei-me da cama em passos calmos.

— Você faz as coisas e nem mesmo percebe – sentei-me na borda ao seu lado.

— Eu sou apenas eu. Faço o que sempre faço.

Meneei a cabeça sorrindo. Levei minha mão até a barra de seu vestido, tampando a pele exposta de maneira tentadora, contudo nesse processo não contive o rápido e pequeno toque de peles. Carmen nada expressou, só se ajeitou na cama sobre os travesseiros em meu lado da cama.

— Gostou desse lado? – indaguei mudando de assunto.

Ela assentiu com a cabeça.

— Sim, agora é meu. Dormirei aqui de agora em diante. Todas as noites.

— Todas as noites?

— Todas as noites que você quiser e deixar.

Se ela não estava tentando-me? Então o que estava fazendo? Eu explodiria qualquer dia desses, não aguentaria conter mais ereções e “bater uma” pensando nela estava fora de cogitação, soava nojentamente nojento.

— Não abuse de minha bondade, hein – falei levantando-me.

— Aonde vai? – perguntou sentando-se.

A fitei de relance.

— Tomar um banho – abri o guarda-roupa.

— Posso ir junto?

Virei-me de cenho franzido, ela nada transparecia, percebi que falava sério.

— Você… você quer vir comigo?

Ela assentiu mordendo o lábio inferior.

— Posso?

— Acho melhor não…

Carmen abaixou a cabeça fazendo bico.

— Tudo bem – deitou-se de costas pra mim – Você quem sabe.

Meneei a cabeça negativamente por presenciar mais uma das mudanças drásticas no humor da garota. Estava começando a achar que ela sofria de algum distúrbio ou coisa do tipo.

— Se não queria ficar comigo, era só ter falado que eu ia embora – balbuciou.

— Pare com isso. Eu quero que você fique, quero muito.

Virou-se e vi os olhos lacrimosos. Como ela conseguia chorar tão rápido? Era uma ótima atriz ou uma completa louca que sofria de bipolaridade.

— Quer?

— Sim.

A garota pareceu pensar por alguns segundos e num movimento rápido chegou até mim, segurou-me pelos ombros e implorou com os olhos antes mesmo de dizer:

— Então faça amor comigo. Se quer que eu fique, me deixei te dar prazer. Por favor, Jake, eu te quero muito. Se não me ter agora eu vou embora e não digo temporariamente, me refiro a sumir da sua vida.

A encarei surpreso.

— Isso é uma chantagem? Porque se for, é um golpe bem baixo.

— Leve como quiser, só por favor… não nos negue isso. Eu preciso de você, por favor, me diga que sim.

Engoli em seco enquanto a fitava, a face cheia de apreensão, as mãos delicadas apertando-me forte nos ombros. Sabia bem dos riscos de tê-la desta maneira, mas como negar o que quero? Como negar o que mais almejo no mundo quando está bem aqui em minha frente, implorando para que o pegue? Estou condenado.

— Não tenho proteção aqui comigo.

— Não importa, fazemos sem.

— Você pode se arrepender depois.

Negou num aceno de cabeça.

— Eu não vou. Isso apenas nos aproximará, entende? Eu sei que você não vai me usar, você vai me amar – colou o corpo ao meu – Será que tenho de implorar? Ficar de joelhos?

Carmen estava prestes a dobrar os joelhos quando a puxei pelos braços.

— Não seja estúpida.

— Então me faça sua. Agora. Se fizer isso, serei sua pra sempre, Jake. Pra sempre.

Para sempre? É tentador demais para arriscar perder.

Fitei os lábios levemente entreabertos como num pedido mudo e sem pensar em nada a beijei. Dessa vez a experimentei de maneira diferente, pois meu corpo já fervilhava, meu membro já rígido dentro da calça.

A trouxe para perto pela cintura, fazendo-a soltar um gemido delicioso. A pequena beijava deliciosamente bem, pergunto-me por quantas bocas já não passou. Prefiro não pensar nisso, pois quem a tem agora sou eu. Finalmente…

Seu corpo dá impulso e a enrosco ao redor de minha cintura, nossas bocas separam e ela encara-me com olhos cheios de vontade, o corpo quente e aconchegante ao meu toque.

— Me faça sua – sussurrou beijando-me molhadamente – Quero ser sua.

Segui até a cama e sentei-me na borda com ela sobre meu colo, sua boca ainda na minha, a língua morna e áspera provando da minha com certa volúpia. Sentia seu coração palpitante ao encontro do meu, talvez isso fosse mais esperado por ela do que por mim mesmo.

Ainda com os lábios colados, abaixei as alças de seu vestido para encontrar nenhum rastro de sutiã, acariciei os ombros macios e uma de minhas mãos migrou para sua coxa sentindo a pele arrepiar-se.

A vi mover os quadris sobre meu volume fazendo-a gemer deliciosamente, podia sentir sua quentura em minha calça, quase desmanchando-se, o corpo pequeno fervia agarrada ao meu e nossas roupas ainda estavam intactas.

Carmen afastou-se de mim saindo de meu colo, ficou de pé em minha frente. Suas mãos foram até o zíper traseiro do vestido, logo fazendo-o encontrar o chão, assim expondo seu corpo pálido e curvilíneo. Se eu achava que estava em meu máximo, descobri um patamar ainda mais alto, já sentia-me em combustão, precisava tê-la.

Minhas mãos foram até os quadris ainda cobertos pela calcinha vermelha, as coxas roliças, descobri a pele de sua barriga e finalmente os seios médios e róseos, quais estavam eriçados e pedindo por atenção.

Sua mão cobriu a minha.

— Sua… – sussurrou.

Umedeci meus lábios.

— Minha.

Ela sorriu e abaixou-se desafivelando meu cinto, tirei meus sapatos com os pés e livrei-me da calça em seguida, Carmen ajudou-me tirar a camisa. Ainda de pé a minha frente, puxei-a para perto, podendo tocar sua pele com minha boca.

Lambi cada milímetro daquele corpo, a barriga, as costelas, os seios que pareciam caber perfeitamente na palma de minha mão, o cheiro que dela se despregava era inebriante. A garota apenas gemia meu nome e tentava a todo custo voltar para meu colo.

— Você é perfeita – falei alcançando sua calcinha.

Abaixei o tecido revelando finalmente sua nudez completa. Ela mordia o lábio inferior quando deixei-a finalmente voltar para meu colo, onde roçou seu sexo livre no meu ainda coberto pelo pano. Rebolou minimamente soltando gemidos gostosos e baixos.

Desci minha mão para onde o calor a dominava, a toquei na carne úmida, fazendo-a virar os olhos e contorcer o corpo contra meus dedos. Ela estava praticamente pegando fogo, quase em combustão, estar dentro dela seria o paraíso.

— Jake… – gemeu de olhos fechados ainda tendo-me a dando prazer – Por favor, eu quero… você…

Saiu de meu colo por um segundo para que eu pudesse livrar-me da cueca, fitou minha parte íntima descaradamente, a chamei de volta para o colo morno e prazeroso. Queria que nossa primeira vez fosse assim, não queria que se sentisse invadida, queria que ela fizesse com que eu a invadisse.

Agarrou-me os ombros com os braços enquanto eu me segurava em sua entrada encharcada.

— Desce – sussurrei excitado contra sua boca.

Ela obedeceu e desceu lentamente, eu admirava cada reação em seu rosto corado, os olhos fechados, os lábios entreabertos, parecia estar em outro lugar. Fechei os olhos ao sentir o típico calor prazeroso me preencher, sua caverna me apertava de tal maneira que gostaria de fodê-la até não aguentar mais, porém decidi que a deixaria ter de seu jeito… por enquanto.

Carmen subia e descia lentamente, ainda saboreando o prazer, pele com pele, nada impedindo o contato, era deliciosamente inexplicável. Seus seios rijos roçando em meu peito, minhas mãos em sua cintura apertando fortemente. Ela era tudo que eu precisava e não sabia.

Os olhos abriram-se e órbes verdes surgiram. Colou-se mais a mim e mexeu com mais pressa pendendo um pouco a cabeça pro lado, ainda gemendo. Apertei suas coxas e nádegas, forçando-a contra meu mastro que sumia por inteiro dentro dela, tão apertada, perfeita pra mim. Gemi contra seu pescoço, passei a língua pelo local sentindo seu gosto.

— Jake… e-está sentindo?

A encarei com olhos semicerrados.

— Sim…

Cavalgou de um jeito que nenhuma mulher antes fez comigo, tão nova e tão má. Como tanto prazer escondia-se num corpo tão angelical? A pele quente e prazerosa, o sexo maravilhoso, a língua morna, tudo era perfeito e eu estava perdido.

Eu gemia enquanto Carmen murmurava palavras indecifráveis, minhas mãos percorrendo desde suas costas até as coxas, tê-la daquela maneira estava começando a ser pouco. Um calor subia até meu ventre fazendo-me querer mais. Por enquanto, apenas fazíamos amor, como ela pediu.

— Mais… – pediu num gemido.

A virei na cama assumindo o controle, a garota abriu as pernas e arremeti contra seu quadril de maneira rude. Ela gemeu alto pendendo a cabeça pra trás, suas unhas quase rasgando a pele de minhas costas.

Fitei-a por um segundo e encontrei seu olhar semicerrado, talvez ter cedido tenha sido a melhor coisa que fiz na minha vida, pois nada se compara a estar aqui com Carmen, nesse exato momento.

Estava próximo de chegar ao ápice, não aguentaria muito, sentia o formigamento e antecipação, meu corpo me avisava de maneira muda. Queria que ela se sentisse tão bem como eu sentia-me nesse momento. Desci minha mão entre nossos corpos e a estimulei em seu ponto sensível, a vi rolar os olhos e abrir mais as pernas.

Movia-me lento dentro dela até sentir seu corpo estremecer, sua boca soltar um gemido libertador e um mero sorriso fazer-se nos lábios cheios.

Não tive de ir muito longe para finalmente me libertar. Gozei agarrando o lençol, parecia que havia um tipo de libertação, foi a droga da melhor transa da minha vida. Carmen era perfeita em todos os sentidos, mal via a hora de experimentarmos mais disso.

Rolei pro lado ainda ofegante, encarava o teto enquanto esperava minha respiração voltar ao normal. Minha cabeça ainda parecia girar, quase esquecendo-me de onde estava.

— Foi incrível – falou encostando-se a mim, apoiou a cabeça em meu peito e pôs sua mão livre sobre meu peito – Podemos fazer de novo?

Sorri fraco a fitando.

— Apenas me deixe tomar fôlego.

Ela riu e me abraçou.

— Não sabia que podia ser tão bom assim. Das outras vezes parecia que apenas queriam tirar de mim e… não retribuir – proferiu enquanto eu dedilhava suas costas nuas – Sou sua pra sempre agora.

Levantou o rosto para fitar-me.

— Me pergunto o que faremos de agora em diante – falei me referindo a nossa situação.

— Eu tenho uma ideia.

— Ah, é?

Assentiu sorrindo de canto.

— Mas vou dizer apenas depois – beijou-me e subiu em meu colo dando-me a visão de seu corpo esbelto – Primeiro vamos ter que fazer muito disso.

Ri e levantei-me com ela enroscada em meu corpo, dirigi-me até o banheiro, adentramos o box. Ela desceu para o chão e me abraçou, logo a água descia por nossos corpos. Acariciei os cabelos úmidos da menina enroscada ao meu corpo, sentindo algo estranho dentro de mim. Não sabia dizer ao certo o que sentia, contudo, era bom.

— Jake… – sussurrou chamando minha atenção – Eu te amo. Eu te amo…