Nova Iorque, 2010.

— Alguém já falou que você se acha muito?

— Sim. – assumiu. – muita gente, na verdade.

— E você nunca pensou em mudar?

— Não. – ele a olhou. – as pessoas tendem a fazer o que eu quero, então...

— Mesmo? – Kate o olhou surpresa. – me conte mais sobre você e... as pessoas que fazem o que você manda. – ela amassou a cara em uma careta, tentando entender porque as pessoas faziam aquilo.

Rick deu os ombros.

— Não tem o que falar. Eu sou o patrão delas, então elas fazem o que eu mando fazer.

— Não. Você é um Deus. – Kate afirmou provocativa. – só você sendo um Deus para conseguir isso.

— Bom, digamos que eu tenho mais dinheiro do que eu posso gastar... – ele diz normalmente e Kate o encara. – e que eu tenha mais propriedades do que eu consiga contar. E também sou um brilhante advogado e dono de uma grande empresa. Então, sim. Eu sou quase um Deus.

Ele não gostava de contar, ou se gabar, do que tinha. Mas sentia que com ela, podia fazer qualquer coisa.

Richard deu mais dois passos até perceber que Kate não o acompanhava. Ele virou-se e encarou a mulher, quase completamente paralisada. Não havia contado aquilo para ela se sentir mal, apenas estava contando sobre sua vida.

— Você está bem? – perguntou inseguro.

— Sim... – Kate murmurou e começou a andar. Ficaram em silencio. Kate não sabia como reagir aquela informação. Rick era rico. Muito mais rico do que ela imaginava. – você estava falando sério? – perguntou depois de um tempo.

— Sim. Mas eu não quero que você se importe com isso. – Rick segurou a mão dela. – me conte sobre você...

Kate sorriu e os dois seguiram em frente. De mãos dadas. Kate não fez nada, então Rick permaneceu assim, pelo simples fato de precisar toca-la.

— Eu sou de Seattle. – começou. – nascida e criada.

— E o que veio fazer aqui? – perguntou interessado enquanto a guiava pelas ruas noturnas de Nova Iorque.

— Minha mãe faleceu a algum tempo. – ela fala triste e ele a encara. Não surpreso. Apenas para olha-la e saber como ela se sentia em relação a isso. – meu pai se afundou na bebida, e não importava o que eu fizesse ou dissesse, ele não parava. Eu não aguentava ficar ali, apenas assistindo ele se matar aos poucos. Tranquei minha faculdade e sai, viajando sem destino. Mas eu sabia que no fundo eu pararia aqui. Eu amo Nova Iorque.

— E que faculdade você fazia? – Rick não precisava perguntar nada daquilo. Ele já sabia de tudo. Mas queria ouvir a versão dela.

— Direito. – sorriu. – igual a minha mãe. – disse orgulhosa.

— E não pretende voltar?

— Sim. É por isso que eu aceitei trabalhar na boate. Eu tenho uma amiga que normalmente dança no horário em que estou, mas ela tinha que viajar e me pediu para ficar em seu lugar. Ela sabia que eu precisava de grana para pagar o último semestre da faculdade, e lá as gorjetas são boas, então... – deu os ombros e deixou as palavras no ar, esperando que Rick entendesse.

Eles atravessaram a rua e entraram numa lanchonete vinte e quatro horas. Rick escolheu a mesa dos fundos e sentou ao lado de Kate.

— Espero que esteja com fome. – disse num sorriso torto.

— Estou faminta. – confessou.

Rick riu da cara que ela fez e chamou a atendente.

— Uma pizza de calabresa grande. – foi direto. A atendente sorriu bem mais do que simpática para ele e concordou. Ela saiu rebolando, mas não imaginava que Rick nem a olhou direito. – você gosta de calabresa, certo?

Seu tom saiu duvidoso, mas ele sabia qual seria a resposta.

— Eu amo calabresa. – admitiu. – até parece que você leu meus pensamentos.

Rick riu. Era quase isso.

— Então... me conte mais sobre você. – disse, bebendo um gole da água que a atendente acabara de servir. Kate encarou enquanto a mulher saía.

A atitude da mulher a incomodava.

— Eu acho que já fiz um bom resumo. – disse. Ela tinha contado sobre a parte mais conturbada de sua vida. Mas era também a que mais interessava nesse momento.

— Você sabe que eu sou advogado? – ele perguntou e ela confirmou. Rick sorriu. – quando você quiser um estágio na minha empresa, é só dizer. Acho que você se daria bem por lá.

— Você está falando sério?

— Claro que sim. – ele não sabia porque estava fazendo aquilo. Esperava que se oferecesse um estágio, ela poderia estar tentada a largar a boate. Além de ficar mais perto dela. — é remunerado, então... acho que cobriria a maior parte de suas despesas aqui.

— Isso seria fantástico. – ela disse em um sorriso. – mas eu estou parada a algum tempo. Desatualizada das notícias. E meu tempo aqui está acabando... – essa última parte ela falou baixo, mas ainda assim Rick escutou.

A atendente voltou com a pizza em suas mãos. Ela debruçou-se sobre Rick, mostrando os seios pelo decote generoso que tinha ali. Kate bufou e revirou os olhos. Ela estava claramente se oferecendo. Rick, mais uma vez, não deu bola para mulher. Nem se quer reparou no decote da moça.

Seus olhos estavam presos em Kate. Ele riu quando a viu revirar os olhos. Rick tinha sacado as investidas da loira atendente, mas iria continuar fingindo que não. Quando ela finalmente saiu, e deixou os dois a sós, eles atacaram a pizza. Famintos.

Enquanto comiam, jogavam conversa a fora. Risadas ecoavam pelo lugar. Olhando para Rick, Kate não diria que ele era um Deus que mandava e desmandava no mundo. Ele parecia apenas um jovens, de vinte e poucos anos, se divertindo enquanto comia pizza e bebia uma cerveja.

Richard não precisava ouvir nada daquilo, mas ele queria.

Quando chegou em seu escritório mais cedo, pediu para um amigo investigar a vida de Kate. Quando chegou a noite e ele foi para a boate, Rick já sabia tudo. Desde o nascimento até os acontecimentos mais recentes. Isso o fez querer conhecer ainda mais ela. Fez querer protege-la conta tudo. Mantê-la a salvo.

Ele sabia seus gostos, seus desejos, seus medos. Sabia a bebida que ela mais gostava e a comida que mais odiava. Ele saia que ela amava motos e sentir o vento batendo contra o seu rosto.

Ele sabia de muitas coisas. Mas nada tirava o prazer de ouvi-la dizer tudo novamente.

Rick tirou seu paletó e colocou sobre os ombros de Kate enquanto caminhavam para o lado de fora da cidade. Assim que chegaram na calçada Kate parou, observando o carro preto que ela já tinha visto antes.

— Eu acho que tem alguém nos seguindo. – avisa, visivelmente assustada.

— Como assim?

— Aquele carro preto. – ela indicou com o olhar para a mercedes preta encostada no meio fio do outro lado da rua. – ele vem nos seguindo desde a boate.

Rick sorriu. Era hora de revelar mais uma parte de sua rotina.

— Fica tranquila. É meu motorista. – Kate franziu o cenho.

— E porque ele está nos seguindo?

— Porque eu mandei ele ficar sempre por perto. Está tarde. É perigoso. Além disso, agora nós vamos de carro até sua casa.

Kate ainda parecia confusa. Rick sorriu e segurou os dois ombros dela.

— Eu não quis vir no carro porque eu queria conversar com você. Só nós dois. Mas são quase duas da manhã. Você deve estar cansada. Andar só nos cansaria ainda mais. Mas se você preferir...

— Não. Você tem razão. – ela sorriu. – eu só não entendi porque ele ficou nos seguindo... mas eu também não entendo como as pessoas te obedecem, então... – ela deu os ombros, provocando-o.

Rick riu e fez sinal para Ryan, que prontamente veio na direção deles.

— Você acha que ele está com fome? Não comemos a pizza toda. Talvez se voltarmos e pedirmos um pedaço...

— Querida, eu acho que não precisa...

— Mas se ele ficou nos seguindo a noite toda, deve estar faminto. Eu estaria. – ela insistiu e Rick se deu por vencido.

— Tudo bem. Eu vou lá pedir para embalarem o restante da pizza.

Kate sorriu agradecida. O carro estacionou ao lado deles. Rick deu duas batidas no vidro e fez um sinal. Imediatamente o homem saiu do carro e veio na nossa direção.

— De olho nela. – Rick avisa e sai.

Pouco menos de cinco minutos depois ele volta, com uma sacola em suas mãos.

— Ryan, a senhorita aqui insistiu em pedir para embalar essa pizza para você. – Rick entrega o pacote ao homem e ele sorrir.

— Obrigada, Senhorita. Mas não precisava se incomodar.

Kate sorrir.

— Você deve estar morrendo fome. Passou a noite nos seguindo.

— É meu trabalho. – ele diz com simplicidade. – mas ainda assim eu agradeço.

Kate sorriu novamente. Ryan abriu a porta do carro para ela enquanto Rick arrodeava para entrar pelo outro lado. Mais um vez Rick segurou a mão de Kate enquanto a puxava para perto. Mesmo dividindo o espaço pequeno naquele carro, ele ainda sentia que estava longe dela. Precisava senti-la de novo.

O calor que trocavam quando suas mãos estavam juntas era indescritível. Os dedos brincavam, involuntariamente, uns com os outros. Era algo que nenhum dos dois tinham experimentado antes. E não havia razão para experimentarem agora. Eles apenas... experimentaram. Sem motivos. Sem esperas. Sem vergonha.

Seguiram o caminho todo em silencio, apenas curtindo a presença um do outro.

— Posso perguntar uma coisa? – ela disse baixinho quando estavam a sós no carro.

Ryan tinha parado exatamente onde Kate tinha indicado ser seu prédio. Treinado, ele desceu do carro e parou do lado de fora da porta, esperando o momento certo para abri-la.

— Claro que sim. – ele disse, desviando o olhar se suas mãos juntas para o rosto de Kate, que parecia mais vermelho que o normal. – pergunte. – insistiu.

— Porque você voltou todas as noites durante quase um mês?

— Porque eu queria te ver. – ele disse com facilidade. Essa era a resposta mais fácil da noite. – eu fiquei encantado desde a primeira vez que te vi. – assumiu, enquanto Kate apenas encaravam seus olhos, iluminados pela luz que entrava pelas janelas. – Naquele dia eu tinha acabado de perder meu pai. – ele disse e, quase de imediato, sentiu as mãos se Kate acariciar as suas. – e você me fez esquecer tudo por um momento. Então eu voltava lá todas as noite para te ver e ter o prazer de esquecer a vida que eu estava levando.

— Você queria esquecer de ser um Deus... – ela disse brincando, tentando aliviar o clima.

— Quase isso. – sorriu. – ser um Deus não é fácil. E eu não me tornei um porque eu quis. – Rick encarou suas mãos e depois voltou seu olhar para a linda mulher em sua frente. – eu voltava porque eu queria tentar descobrir o que você tinha que me encantava tanto. Mas até hoje eu não sei... – Kate sorriu tímida. – talvez seja seus olhos. Eles são lindos e capazes de dizer tantas coisas. Mas talvez seja seu sorriso. Ou sua dança... – ele colocou a mão no peito, forçando uma careta dramática. – sua dança ainda vai me matar. – assumiu enquanto ria.

Kate sorriu e ficou ainda mais vermelha. Ela encolheu os ombros e ficou pequena diante ao homem. Parecia uma menina. Tímida. Não tendo ideia do que poderia fazer com o homem a sua frente com apenas uma dança.

— Mas eu tenho quase certeza que é a sua atitude no palco e a sua timidez fora dele. Você é linda, Kate. – ele segurou seu queixo, forçando-a a olha-lo. – não sinta vergonha pelo o que você faz no palco, porque aquilo... aquilo é demais.

Ela sorriu. Estavam próximos demais.

Em apenas um dia ela foi capaz de se encantar mais ainda pelo homem a sua frente. Agora ela sabe seu nome. Sabe o que ele faz. Sabe que ele é um Deus. Sabe que ele pode ser doce e generoso. Além de lindo e educado. Kate agora conhecia o homem por quem estava apaixonada.

Rick também não se sentia diferente. Ele sabia o que precisava saber sobre Kate. Ele queria passar um tempo com ela e conseguiu. Ele a tocou, sentiu seu cheiro e o poder se sua risada. O tempo junto àquela mulher só o fez ficar ainda mais encantado. Estava difícil de deixa-la sair do carro.

Mas precisava.

A porta se abriu e os dois se afastaram. Rick soltou o queixo de Kate e deixou que ela deslizasse pelo banco até sair do veículo. Ele saiu em seguida e a encontrou na calçada. Ele olhou em volta e se sentiu mal por ter que deixa-la em um lugar como aquele. Não era seguro.

— Obrigada pela noite. – ela sorriu.

— Eu te acompanho até lá em cima.

— Não precisa.

— Querida... – ele começou. – está tarde e perigoso. Eu vou acompanha-la até você está dentro de casa e segura.

Ele duvidou que, mesmo dentro de casa, ela estivesse segura. Mas precisava se apegar aquilo naquele momento. Depois tomaria alguma providencia quanto a essa situação.

Kate não discutiu. Balançou a cabeça concordando e ele sorriu satisfeito.

— É desse jeito que eu consigo que as pessoas façam o que eu quero. – ele disse e piscou para ela.

Kate agora era mais uma súdita do Deus Rick. Ele mandou e ela simplesmente obedeceu. Aquilo poderia lhe causar milhões de sentimentos. Raiva. Desprezo. Magoa. Mas não veio nada. Ela apenas aceitou que dessa vez foi vencida pelo Deus ao seu lado.

— Você precisa deixar de se achar tanto. – ela disse, arrancando uma risada de Richard.

Ele não podia ter todo o credito quanto a sua decisão de deixa-lo subir. Ela também queria ficar mais algum tempo ao seu lado. Então, ele usando seu poder de Deus ou simplesmente pedindo para acompanha-la, daria no mesmo.

Mas, por hoje, Kate deixou ele pensar que usou o seu poder de Deus com ela.

Os dois entraram no prédio e subiram o primeiro lance de escadas. Rick segurou a cintura de Kate e a manteve perto de si. Queria garantir de que, se algo acontecesse, conseguiria protege-la.

— Você não acha aqui perigoso? – perguntou enquanto subiam.

Ela joga os ombros sem interesse.

— Eu já me acostumei. – Kate o olha por um instante e depois volta sua atenção pela escada escura. – além disso, eu já dormi em lugar pior que esse. – disse em uma risada ao lembrar de suas aventuras até chegar ali.

Rick não riu. Permaneceu sério enquanto caminhavam pelo lugar.

Vozes e risadas começam a ecoar pelo lugar. Kate suspira, sabendo que isso já era o seu vizinho que costumava dar algumas festas... selvagens, digamos assim. Rick apertou a cintura de Kate quando eles chegaram no andar de onde vinha as vozes. Os três homens, com cervejas nas mãos, se divertiam e não se incomodavam em falar baixo no meio do corredor.

Kate o encara e pede desculpas gesticulando silenciosamente com a boca.

— Nossa. – o homem loiro de, aparentemente, dezoitos anos se aproxima. – chegou a gostosa do prédio.

Imediatamente Rick se põe na frente de Kate e espalma sua mão no peito do menino. Ele rir e tenta mais um vez se aproximar de Kate. Dessa vez, sente um empurrão forte contra seu corpo, que só não caiu no chão porque foi amparado por seus amigos.

— O que é isso, cara. Divide ai. – ele diz debochado.

— É melhor ficar longe. – Rick avisa raivoso.

Ele puxa Kate para seus braços e continua seu caminho. Kate se encolhe nos braços dele. Ela já tinha passado por um momento como esse com aqueles caras antes, mas apenas ignorou e seguiu em frente. Hoje, se ela tivesse subido sozinha, não sabia se seria capaz de se defender.

Agradeceu mentalmente por Rick ter subido com ela.

Ela não saiu dos braços grandes e fortes dele até chegar a porta de seu apartamento. Relutante, ela se soltou do abraço. Não podia negar que, depois do susto, aqueles braços a fizeram se sentir segura.

Rick não queria se afastar. Soltou seus braços e deixou suas mãos caírem pelos braços finos e delicados dela.

— Você está bem?

— Estou. Obrigada. – sorriu.

Ele encarou os olhos ainda assustados da mulher. Não estava certo de que ela estava realmente bem.

— Eu não estou convencido em te deixar aqui sozinha.

Kate sorriu agradecida pela preocupação.

— Estou bem. – repetiu. – tenho trancas extras em casa... vou ficar bem.

— Você mora sozinha?

— Com a Lanie, mas ela está viajando.

— Tudo bem. – ele suspirou e pegou um cartão no bolso do paletó, que ainda estava sobre os ombro de Kate. – se precisar de alguma coisa. Qualquer coisa que seja. Um zumbido. A maçaneta se mexendo. Me liga. – apontou o cartão para Kate.

Ela sorriu e pegou o cartão.

— Sim, senhor.

— Eu não estou falando da boca para fora. – avisou. – eu realmente vou passar a noite preocupado. Então, por favor, se acontecer qualquer coisa, me ligue.

— Pode deixar. Eu vou.

Rick suspirou pesadamente e cedeu. Já era tarde, ele tinha que ir. Se aproximou lentamente e puxou o rosto dela entre as mãos, depositando um beijo simples em sua testa.

— Até amanhã. – sussurra.

— Vamos nos ver amanhã? – ela pergunta confusa.

Rick sorrir.

— Querida, nós vamos nos ver todos os dias. – informa, com uma presunção na sua voz. – voltarei para te ver dançar novamente.

— Fico feliz em saber disso. – seus pensamentos tomaram forma de palavras e elas não pôde conte-las. Apenas disse.

— Agora entre. Não sairei daqui até ouvir a última tranca.

Ela assentiu e entrou. Antes de fechar completamente a porta, retirou o paletó de seu corpo e entregou ao homem, que aceitou com um sorriso no rosto. Kate fechou a porta e, depois de ouvir todas as trancas, ele saiu.

Rick não sabia porque sentia essa necessidade de protege-la. Depois de saber que ela estava pelo mundo sozinha, algo mudou. Talvez fosse isso. Ele também se sentia sozinho. Mas ele sabia se defender, ela não. Então ele a defenderia.

Isso, e o fato dele estar completamente encantado por ela. Apaixonado, diria. Ele gostosa de cuidar do que era seu. E cuidaria dela como se fosse seu bem mais precioso.

Talvez fosse.

— Ryan, vou precisar de outro favor seu. – disse firme ao homem quando chegou a calçada novamente.

— Estou a seu dispor, senhor...

— Eu preciso que você fiquei aqui essa noite. Esse lugar não é seguro. Eu não confio.

— Claro. – Ryan aceita de imediato.

— Ela mora no terceiro andar. Apartamento 23. Fique lá, de frente a porta dela. Não deixe ninguém suspeito se aproximar. Ninguém visita alguém essa hora da madrugada.

— Pode deixar. – Ryan assentiu.

Ele confiava o bastante em seu motorista e nas habilidades de luta que ele tinha. Apesar de baixo, Ryan era um grande lutador.

— Amanhã estarei aqui. – disse antes de entrar no carro e dar partida.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.