Dahlia, a bruxa do mar

A pobre alma desafortunada


O frasco espatifou-se no chão. Dahlia ignorou-o e continuou trabalhando no feitiço. Precisava se concentrar, mas as imagens do pescador tredo insistiam em molestá-la. Satella observava de longe. O amor nos faz cometer loucuras. Pobre Dahlia! Folheando os livros sob a luz pálida do covil; cenho franzido, dentes mordendo o lábio.

A estrela dormia quando Dahlia se espreguiçou e esfregou os olhos. Lluvia amava o pescador. Queria se tornar humana para viver com ele. E quem era a louca que preparava a bendita poção? Dahlia. Sua mãe não se orgulharia...

Virou o rosto, cansada. Pensou ouvir o som do trovão.