Meia hora depois, ele ouviu as batidas na porta dele.

Abriu.

Uma jovem de vinte e poucos anos esperava na entrada. Essa era nova. Ele nunca tinha ‘pedido’ ela antes.

Loira.

Lindos olhos verdes...

Não tão brilhantes quanto os de Cameron.

Não. Esses não tinham a mesma vida.

– Entra.

A garota entrou e deu uma breve olhada no apartamento, parando sua atenção na mesa cheia de coisas espalhadas.

– Então, o que vai ser? – perguntou sem pudores.

House sentou-se no sofá e abriu a calça.

Não disse nada. Ela entendeu o recado.

Ele fechou os olhos e tentou se concentrar.

A loira deu inicio.

House tentou aproveitar, mas todas as imagens que enchiam sua mente era de uma outra loira, fazendo exatamente a mesma coisa de uma maneira completamente diferente. De um jeito que ele gostava... lembrou-se dos olhos dela, queimando com desejo e paixão enquanto acompanhava ele cair derrotado pra ela... sem reclamar.

Abriu os olhos.

E não a viu.

Empurrando-lhes o ombro com as mãos, ele afastou a moça.

– Pára! Pára!

Ela o olhou sem entender.

– Qual o seu problema?

Ele levantou, se recompondo. Tirou um dinheiro do bolso e abriu a porta pra ela.

– Pelos seus serviços.. Vai.

Ela pegou o dinheiro e contestou.

– Mas vc nem...

– VAI!

...

Os dias que se seguiram não foram fáceis, pra nenhum dos dois.

House continuava com seu sarcasmo e acido humor. Ele procurava de todas as maneiras esquecer aquela gravidez. E nos primeiros meses ele realmente teve sucesso. Enchia Cameron com trabalhos no laboratório ou investigações fora do hospital, tudo para não vê-la.

Ele tentava evita-la, ainda que isso fosse quase impossível já que trabalhavam juntos.

Demiti-la não era uma opção. Ele Jamais colocaria a carreira dela em risco... especialmente nessa situação.

Cameron, por outro lado, convencia a si própria que isso era o melhor. Ela se mantinha longe, e sempre que a fraqueza ameaçava tomar conta dela, corria para Chase e esquecia de tudo enquanto ouvia ele paparicar sua barriga.

Funcionou...

Até os cinco meses.

[...]