“É fácil dizer, quando é verdade…”

Toshiya já havia arrumado todos seus equipamentos, e praticamente estava sozinho no estúdio. Ainda não queria sair dali e dar de cara com o irmão, que provavelmente ainda estaria esperando.

Respirou fundo. Ajeitou sua bolsa, e apagou a última lâmpada, seguindo para a portaria, onde Mari já terminava de organizar suas coisas para ir. Sentiu certo alívio, ao vê-la sozinha ali

— Mari-san, quer companhia para sua casa? - disse em tom baixo, não conversava tanto com a mulher, mas ela parecia ser gentil.

— Está evitando o homem que veio aqui? - ela soou preocupada, vendo o outro assentir. - Bom, hoje meu namorado não pode vir, aceitarei de bom grado. - sorriu.

Toshiya esperou que ela se ajeitasse e saísse da recepção. Ambos saíram do estúdio, e Mari tratou de trancar tudo cuidadosamente.

Seguiram pela rua já repleta de pessoas saindo de seus empregos. Mas Toshiya podia sentir que era observado, provavelmente seu irmão os seguia à distância.

— Toshi-san, sei que mal conversamos no estúdio. Mas sempre o vejo sozinho por aí… - disse de forma despretensiosa.

— Ah, sou praticamente novo na cidade, conheço só o Kyo-chan e o… Miyavi… -interrompeu a frase, não tinha intimidade o suficiente para falar sobre Miyavi com ela. Ainda mais que o outro formalmente, ainda só era o seu amigo, Ficou alguns segundos buscando uma forma de contornar, mas sentiu as bochechas corarem, que logo foi notado pela moça.

— Hum, então Miyavi é alguém importante. - ela sorriu - Não vou perguntar mais, sei que não temos intimidade para isso.

— Não… não é por nada... Desculpa - riu envergonhado - Eu não levo muito jeito de conversar sobre mim.

— Não se sinta pressionado a conversar, eu fui intrometida. - continuou rindo. - Bom, eu não moro muito longe, e o caminho é quase todo em linha reta, mas tem um atalho para volta, que você pode usar para despistar aquele homem que está seguindo a gente desde o estúdio. - disse em tom baixo. Toshiya olhou para o outro lado da rua, avistando o irmão, que não sabia nem ao menos disfarçar sua presença.

— Obrigado por tentar ajudar, Mari-san. - disse, a vendo assentir. Continuaram em silêncio pelo longo do caminho, e assim que a mulher avistou o prédio onde vivia, se virou, o assustando de certa forma, segurando suas mãos e sussurrando:

— Desculpa, era para ele não desconfiar e eu poder falar mais baixo. - riu. - Entre no prédio, tem uma saída na outra lateral, siga pela direita da rua, e alcançará o metrô. - o puxou em direção ao prédio, fazendo com que o rapaz risse, assentindo.

Seguiram para o prédio, e Mari indicou a saída de emergência do mesmo, Toshiya agradeceu e seguiu seu caminho, sem ser seguido pelo irmão.

Respirou aliviado, caminhando sob o céu de início de noite, olhou para cima por alguns segundos, não podia ver o céu em todo o seu esplendor dali, mas poderia ver suas cores alaranjadas do por do sol misturando-se com as cores sóbrias da noite mesmo com a iluminação da cidade.

— Espero não encontrá-lo no caminho pra casa. - sussurrou para si mesmo, continuando a caminhada até a estação.

[...]

Miyavi não percebeu quanto tempo ficou ali, com seus pensamentos, mas notou a escuridão começar a aumentar, e se levantou do chão, encarando brevemente suas mãos.

— Eu quero ficar aqui… - olhou novamente para o céu. - Por favor… - parou por alguns segundos, sentia-se como se fosse puxado, fechou os olhos, e deixou algumas lágrimas escaparem.

Sentiu o vento forte, bagunçando-lhe o cabelo, e reabriu os olhos, em desespero, sentia-se inseguro, permanecendo alguns segundos paralisado. Mas logo voltou a si, limpou as lágrimas que ainda corriam em seu rosto e depois bateu as mãos nas roupas tirando a terra que grudou ali, mas isso não foi o suficiente para limpar. Tinha que voltar, logo iria chover, e podia sentir de certa forma a febre voltando aos poucos.

Respirou fundo, ainda choroso, e seguiu o caminho de volta para a cidade, apressando-se para não ficar preso na trilha com a escuridão que começava a dominar o céu.

Estava com medo. Não queria admitir, mas estava assustado com o próprio futuro.

Não sabia ao certo o que seria sua vida, aquele aperto no peito parecia crescer a cada instante.

Correu, quase caindo várias vezes no caminho, apenas ignorou o fato que poderia cair na trilha, mas logo alcançou a estrada vazia. Parou por alguns segundos, mais uma vez retomando o fôlego, e voltando a correr, queria chegar o mais rápido possível, e ficar seguro com Toshiya, precisava disso nesse momento, somente disso.

Parou de correr somente ao chegar na cidade, ainda com muitas pessoas passando, voltando tranquilamente para suas casas. Retomou a compostura e seguiu, sem correr, não queria chamar a atenção, mas provavelmente já estava chamando, com as roupas ainda sujas de terra.

Levou longos minutos até finalmente chegar ao prédio, e entrou sem muita cerimônia, subindo correndo as escadarias, e pela primeira vez esbarrando em um vizinho. Parou uns segundos, se desculpando, e ouvindo um ‘tudo bem’ já afastado de si.

Seguiu para o quinto andar, não demorando a chegar ao apartamento, parando diante da porta. Pegou a chave, e assim a girou, destrancando a porta, e já vendo a imagem de Toshiya sentado no sofá, mexendo no celular, parecia preocupado.

— Oi… - disse em tom baixo, fazendo com que o mais velho, olhasse para a porta, e se levantasse rapidamente, e seguisse em sua direção.

— Myv… eu já estava preocupado… Faz um tempão que cheguei e não encontrei você aqui- o abraçou, o sentindo se encolher em seu abraço, o que de certa forma o preocupou ainda mais. - Aconteceu algo?

— Hum… nada importante… - murmurou, mas isso não fez com que o mais velho acreditasse.

— Não… eu quero saber se posso ajudar você de alguma forma. - se afastou, encarando a face cansada do mais novo.

— Só quero um abraço… - murmurou mais uma vez.

— Estava lá na clareira? - disse, o vendo assentir. - Tá tudo bem mesmo?

— Está… só acho que a febre está voltando. - contou uma meia verdade, não era falta de confiança no outro, confiava até demais, mas a sua história seria tão louca, que temia que o outro não o entendesse, e que isso causasse problemas entre eles, e ainda Toshiya tinha que resolver os próprios problemas, não queria enchê-lo com aquilo.

— Bom… tome um banho, tome um anti térmico, enquanto vou preparar um jantar para nós. - selou brevemente os lábios do mais novo que assentiu, seguindo em direção ao banheiro.

Toshiya o observou preocupado. Mas não pressionaria mais para saber o que havia ocorrido. Só esperava que não tivesse dedo do seu irmão nessa história. Bagunçou os próprios cabelos, e seguiu para a cozinha. Ficou tão preocupado com a ausência de Miyavi ali, que esqueceu o seu irmão lhe perseguindo mais cedo, mas agora a situação estava voltando a lhe incomodar.

Não demorou para que o mais novo retornasse, de banho tomado, em seu velho pijama e com as bochechas levemente ruborizadas, se sentou em silêncio à mesa.

— Como foi seu dia? - Miyavi perguntou depois de alguns segundos. - Só percebi que já estava saindo quando você estava trancando a porta. - disse.

— Ah, foi tranquilo, até quando eu estava terminando de guardar tudo, que meu irmão acabou indo até lá, mas consegui evitar ele, com a ajuda da Mari-san, que é a recepcionista do estúdio.

— Não acredito que ele foi até lá… que cara insistente… - Miyavi reclamou, vendo Toshiya se afastar do fogão e olhá-lo por longos segundos. - Ah… ele veio aqui, depois que você saiu, acabei encontrando ele antes de ir para a mercearia.

Toshiya respirou fundo.

— Ele te incomodou?

— Só mandei ele embora, não se preocupe. - sorriu..

— Se ele continuar assim, temo que terei que me mudar de novo, nós… aliás . Espero que isso não te incomode.

— Eu… eu não tenho que opinar… - disse em tom baixo. - Mas acho injusto você ter que ficar mudando pra se livrar dele.

— Não… você tem que opinar sim, mora comigo, não é? - Toshiya se afastou do fogão novamente, se sentando ao lado do mais novo. Tocando em seu ombro, e o sentindo o abraçar novamente.

— O que você escolher está bom para mim. Quero que você esteja bem. - sorriu levemente.

Toshiya sorriu, voltando a se levantar, para voltar a atenção para o que cozinhava, Miyavi o observou por longos segundos.

Queria muito que seu futuro fosse ali, ao lado dele.

[...]

Toshiya parecia concentrado demais na edição de fotos em seu notebook, enquanto o mais novo estava encostado em seu ombro, adormecido. O silêncio só foi quebrado com o barulho de alguém à porta.

O mais velho levantou o olhar do notebook, como se assim pudesse ver além da porta. Não havia motivo para que alguém estivesse ali naquele horário, e internamente, imaginava que era o seu irmão, insistindo que voltasse com ele.

Continuou em silêncio, ouvindo novamente a batida na porta, que dessa vez despertou Miyavi, que levou alguns segundos para começar a entender.

— Não se preocupe, logo desiste e vai embora. - Toshiya murmurou, olhando para o mais novo, que assentiu. - Você está visivelmente cansado, porque não vai dormir confortável? Daqui a pouco vou dormir também. - disse.

— Quero ficar aqui com você… - manteve o tom baixo. - Se não for te atrapalhar…

— Não vai me atrapalhar. - sorriu de leve. - Não vou demorar muito aqui também. - disse, sentindo novamente o mais novo encostar em seu ombro. Ficaram mais um tempo em silêncio, apreciando a presença um do outro.

Depois de uma hora em silêncio, Toshiya fechou o notebook, fazendo com que o mais novo se afastasse rapidamente.

— Te assustei? - se virou para Miyavi, que apenas negou, mantendo o silêncio. - Tá tudo bem mesmo?

— Desculpa… - sussurrou o mais novo. - Não quero que se preocupe comigo, tem problemas já… - se afastou arrumando o cabelo, tentando não olhar para o mais velho, Que pacientemente colocou o notebook sobre a mesinha de centro.

— Não peça desculpas… - voltou-se para Miyavi, tocando seu rosto com as pontas dos dedos. - Eu sei que não quer conversar… mas saiba que eu vou me preocupar e cuidar de você… independente de saber o que aconteceu ou não… - selou seus lábios brevemente, e sentindo o mais novo o abraçar, e deixar escapar os soluços de choro.

Apenas o apertou em seus braços, só queria protegê-lo. Não soube quanto tempo permaneceram ali, até que o mais novo se afastou, secando as lágrimas.

— Desculpa… desculpa… - sussurrou, evitando ainda olhar para Toshiya. O mais velho novamente se aproximou tocando seu rosto.

— Não precisa se desculpar, já disse…. Estou aqui… pra te apoiar e proteger, como fez comigo…

Miyavi ficou em silêncio por longos segundos, novamente passando as mãos pelo rosto para secar as lágrimas.

— Querem que eu volte… - sussurrou.

— Sua família? Encontrou com eles? - Toshiya soou mais preocupado. - Você não precisa voltar… sabe que pode ficar aqui…

— É complicado… - continuou em tom baixo. - Não sei se você entenderia isso. - Mas não posso ignorar por mais tempo… Preciso voltar… mesmo sem querer…

Toshiya continuou o olhando sem entender, estava tentando assimilar o porquê o mais novo “não podia ignorar”.

Miyavi murmurou mais um pedido de desculpas, encolhendo-se mais, e evitando olhar para o mais velho.

— Não… Eu já disse que não precisa se desculpar por nada… Bom, vamos descansar, conversamos melhor quando se sentir confortável para isso. - segurou suas mãos, o levando para o quarto.

O mais novo se deitou rapidamente, e Toshiya apenas se deitou ao seu lado, o abraçando e ainda ouvindo seus soluços contidos, o sentindo se encolher em seus braços.

[Alguns dias depois...]

O amanhecer chegou aos poucos, a claridade invadia o quarto, pela janela que ficou com as cortinas abertas na noite anterior. Toshiya despertou com a claridade já batendo em seu rosto.

Tentou se ajeitar, mas notou ainda estar abraçado ao mais novo. Desde a noite da conversa sobre ele ter que voltar, Miyavi não tocou mais no assunto, mas sempre parecia estar tendo pesadelos recorrentes e cada dia parecia mais triste, e isso deixava o mais velho em alerta.

Depois de longos minutos, apenas ali, olhando para o teto e pensando em formas de animar ele durante aquele dia, percebeu que Miyavi estava quieto demais. Ele sempre estava desperto antes, mesmo tendo pesadelos durante a noite, e nessa, fora a mais calma, já que não fora despertado, acreditava que o outro tivera uma noite tranquila.

Se sentou, afastando com cuidado, e tocou seu rosto, o sentindo gelado.

— Myv… - o balançou por alguns segundos, preocupado, mas o outro não o respondeu. - Miyavi… - voltou a tocar seu rosto, e esperou mais um pouco para voltar a balançá-lo agora com um pouco mais de força, e finalmente ele despertou assustado, o abraçando de imediato.

Ficaram em silêncio por um momento, até que o mais novo se acalmar.

— Estava te ouvindo… não conseguia acordar… - sussurrou.

— Você estava gelado. - Toshiya voltou a tocar o rosto do outro, que o olhou por alguns segundos. - Muito gelado.

— Vou ficar bem… - disse ainda em tom baixo. - Acho que já está na hora de ir ajudar a Kawamoto-san. - se afastou e levantou da cama, sem esperar que o outro dissesse algo mais.

Seguiu para fora do quarto, e assim que entrou no banheiro, ouviu Toshiya indo até a porta do quarto.

— Eu acho que você deveria ficar em casa. Talvez esteja ficando doente de novo - disse, fazendo com que Miyavi voltasse a porta e o olhasse por longos segundos.

— Não se preocupe… vou ficar bem… - sorriu. - E você vai poder descansar também.

Toshiya não respondeu, não queria forçá-lo a ficar em casa, talvez ele só precisasse espairecer.

Ouviu a porta do banheiro ser fechada, e permaneceu ali ainda em silêncio por alguns minutos, mas logo se afastou da porta, entrando novamente no quarto, e se agasalhando rapidamente.

Já que o mais novo queria sair, não poderia recusar sua companhia até o local de trabalho. Mesmo que não fosse permanecer ali, levá-lo pelo menos garantiria que ele chegasse seguro, e que ninguém o incomodaria pelo caminho, seja lá como a família dele havia entrado em contato.

Se sentou na cama, esperando que o outro voltasse para o quarto, o que não demorou muito. O mais novo sorriu ao vê-lo ali arrumado.

— Vou te levar até lá. - Toshiya se levantou. - Ainda está um tempo estranho, e quero que chegue seguro, e precisa se agasalhar bem. - seguiu até o guarda roupas, pegando um moletom, e uma touca.

Miyavi aceitou sem dizer nada, e assim que se agasalhou, sentiu o mais velho o abraçando e o beijando levemente.

— Está atrasado? - perguntou, se afastando, vendo Miyavi negar. - Então vamos tomar o café da manhã antes de ir à mercearia, ok? - estendeu a mão, vendo o mais novo segurar firmemente, ainda podia sentir que ele estava gelado, não tanto quanto minutos atrás.

Seguiram para fora do apartamento, sem encontrar nenhum dos vizinhos, como rotineiramente acontecia.

Alcançaram o lado de fora rapidamente, nunca saiam de mãos dadas, mas nenhum dos dois queriam se soltar, então seguiram pela rua ainda pouco movimentada despreocupadamente. Mantendo o silêncio, seguiram por alguns metros, parando em frente a pequena cafeteria que havia por perto. Contra a vontade, soltaram as mãos. Sabiam que poderiam ter ‘problemas’ demonstrando afeto assim em público, e assim entraram, vendo apenas um cliente sentado no balcão.

Se sentaram afastados, e Miyavi distraiu-se olhando para fora, vendo os alunos passando para a escola.

— Myv… O que vai querer? - disse, fazendo com que os olhos do outro voltassem em sua direção.

— Ah… o mesmo que você pedir, não tenho idéia. - sorriu.

— Tudo bem. - se levantou indo ao balcão e fazendo os pedidos, e não demorando a voltar, e sentando-se preguiçosamente na cadeira.

— Obrigado por cuidar bem de mim… esses dias foram tempestuosos… pra nós dois… - Miyavi sussurrou.

— É o mínimo que posso fazer por você… E você fez o mesmo comigo desde que chegou… - sorriu de modo fofo. -

Miyavi sorriu de leve, amava ver o sorriso de Toshiya. Era como se suas forças fossem renovadas a cada sorriso dele.

Era o que precisava no momento.

[...]

Seguiram lado a lado até a mercearia, vendo que Kawamoto-san tentava abrir a porta sem sucesso. Miyavi correu até ela, e a ajudou rapidamente.

— Ishihara-kun, sempre me salvando! - a mulher riu, logo notando Toshiya ali. - Bom dia, rapaz! - acenou, sendo prontamente respondida com um aceno dele.

Miyavi voltou a se aproximar do mais velho.

— Obrigado pela companhia até aqui. - disse em tom baixo.

— Não precisa agradecer... mas antes… Prometa que vai ficar aqui… que não vai embora. - segurou suas mãos brevemente. - Eu volto na hora do almoço com seu bentô. - sorriu

— Prometo… - sussurrou, sem olhá-lo. - Nos vemos no almoço… - se afastou, voltando para porta da loja.

— Tenham um bom dia de trabalho… - Toshiya acenou, e virou-se assim que foi correspondido pelo mais novo, que o observou até que desaparecesse na esquina.

— Ele parecia muito preocupado, e você parece triste - Kawamoto chamou sua atenção.

— Ah… eu… Tenho que voltar pra minha casa… - respondeu. - Mas não quero… - respondeu.

— Precisa voltar mesmo? - a mulher pareceu não gostar da ideia. - Qual o problema de morar com seu amigo?

— Eu também penso assim… Mas tem diversos fatores, não sei se consigo ignorar e permanecer aqui - sussurrou. - Quero ficar aqui, com o Toshi e ajudando a senhora.

— Espero que consiga ficar… Não acho justo separar vocês… - disse. - Não quero parecer intrometida, mas vocês são um casal, não são?

Miyavi sentiu as bochechas corarem, e sem jeito assentiu, a vendo sorrir.

— Tudo vai ficar bem, Ishihara-kun… - ela se aproximou apertando sua mão. - Não fique triste. Se precisarem de ajuda, estarei aqui.

[...]