O mensageiro

Com uma narrativa envolvente e vulgar, nas primeiras páginas conhecemos os personagens principais e a característica de cada um, a cada capítulo vemos a insegurança e a transformação dos personagens. As tarefas impostas pelo os quatro ases revelam situações comoventes ou revoltantes, que ele tenta corrigir da maneira em que as pessoas precisam e pode ser muito simples, como uma companhia para um chá, um sorvete ou até mesmo socos e ameaças de morte. E são esses gestos simples que mudam a vida delas ou gera um conforto, essa mudança também trás uma reflexão. Assim o leitor é levado a uma revelação maior que é: ajudar ao próximo é o primeiro passo para ajudar a si próprio.


Os questionamentos passados com o certo e o errado fazem com que o leitor reflita em sua própria vida e seus relacionamentos pessoais. O humor presente na trama trás uma leveza aos temas tristes da história como a morte do pai, o relacionamento conturbado com a mãe, a distancia dos irmãos e os problemas vividos pelas personagens trazidas em cada missão.


A insegurança é uma das causas tratadas, como qualquer jovem adulto recém-saído da escola, sem nenhum plano para o futuro, encarando a vida real se vê em diversos dilemas. A aceitação é um processo pelo qual é trabalhado durante a história e o crescimento é visto ao decorrer dos capítulos.


A obra é baseada a parti do autoconhecimento relacionado à caridade de um jeito simples. Esse é o maior ensinamento passado no livro, com uma leitura leve e divertida mostra como a vida é repleta de momentos que precisam ser valorizados, o respeito ao próximo e como um gesto singelo pode modificar o seu dia.


A forma em que assuntos sérios são abordados trás uma nova perspectiva na leitura, na medida em que vai relendo, novas descobertas são criadas e opiniões são refeitas.


Eu sou o mensageiro, de maneira descontraída retrata as questões sociais e como elas afetam suas decisões. A mensagem passada é que cada um deve lutar por aquilo que almeja e continuar a jornada com seus altos e baixos e sempre se lembrar do próximo e nunca esquecer a responsabilidade pelos seus atos.


Às vezes as pessoas são bonitas. Não pela aparência física. Nem pelo que dizem. Só pelo que são. p.199.