Crônicas de um eu lírico Palavras de uma Poetisa

Capítulo 50 - História_Texto Narrativo: Reúnem-se Part. II


Para relembrar:

Reúnem-se

Meia-noite e ainda se ouve o jazz entre as ruas de New Orleans, bebidas e pessoas se espalham no grande salão. Os homens em ternos olham para as belas moças com vestidos exuberantes.


Uma mulher. Um homem. Uma garrafa de champanhe. Folhas espalhadas. Uma máquina de escrever.


As palavras dissolvem nas folhas e o único barulho que se ouve no recinto é o teclar da máquina de escrever, juntos contam uma história de amor.

— Te digo que de todas as belas moças do outro lado desta porta – disse um homem misterioso, encostado na mesa de carvalho pesado e de um marrom escuro envelhecido – Você é a única que tem um brilho dourado – Terminou olhando com interesse e diretamente nos olhos da garota de cabelos loiros.

A garota de cabelos dourados estava parada no meio de um escritório/biblioteca com uma taça de champanhe meio cheia/meio vazio (depende do modo que você observar). Caminhando lentamente em direção ao belo homem disse com uma voz sedutora:

— Esse dourado... Talvez seja por causa das minhas ondas amarelas

— Talvez... – Contemplou o homem de smoking preto e lapela branca

Part. II

Colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha, o homem com beleza de um verdadeiro Gatsby a olhou e disse:

— A luz verde nos espera!

Confusa por um segundo a bela e tola contemplou e disse:

— Ou podemos dançar!

— Seria tal compromisso, não acha?

— Talvez... Mas... Pense em uma aventura.

Os dois amantes estavam próximos, um em frente ao outro. Os olhos dela estavam perdidos na imensidão de um azul claro; E os dele estavam hipnotizados no mar verde da garota dourada.

— Podemos contar uma história – Disse à garota que de tão iluminada lembrava uma Daisy.

— Podemos escrever a nossa história – Rebateu o homem de traje a rigor.

O jazz continuava embalando do lado de fora e como em um toque, uma melodia suave e lenta convidou os amantes a dançar.

Enquanto se embalavam ao ritmo. A linda e tolinha deitou a cabeça no peito do homem ouvindo o bater de seu coração.

Ficaram assim por mais alguns minutos ou horas, para os dois, o tempo tinha parado. Congelaram o momento desta noite tão especial.

Com um suspiro a feminilidade em pessoa olhou para o cavalheiro e disse com sua a sua voz aveludada que só uma dama dourada poderia ter:

— Vamos viver a nossa história!

Fim.