Depois da risada

Mais uma vez estava com um grupo de amigos, o que é normal, para todos nós seres humanos. Cada um com a sua tribo (como dizem).

Era dia de sábado, pela manhã, aula de reposição (Apesar de ter sido um sábado ensolarado, todos estávamos irritados, pois era um sábado de reposição).

Mesmo assim, procuramos um canto com uma mesa e nos sentamos, era hora do intervalo, diferente do horário normal de intervalo, esse durou algumas horas, por conta da mudança da aula (tivemos quatro aulas, cada uma com horário específico, por isso a extensão do intervalo).

Nisso, começamos a conversar e entre cada assunto e outro, gargalhadas eram ecoadas no recinto (literalmente fez um pouco de eco, como era sábado, a universidade fica vazia, poucas aulas aconteciam). Riamos tanto que às vezes esquecíamo-nos do que estávamos rindo. E não eram um grupo grande, só quatro pessoas. Minha amiga e eu, mais dois amigos. E acho que por isso que o dia foi tão perfeito e inesquecível.

Depois que parávamos de rir, fiquei observando o rosto de cada um e como é estranho quando a risada e o sorriso vão morrendo aos poucos, nossos olhares ficam perdidos e fixo em um único ponto. Era como se a alegria tivesse ido embora, num passe de mágica. E isso se repetiu durante aquelas horas.

E é engraçado que com o passar do tempo, sempre quando nos lembramos daquela sábado, às gargalhadas ficam maiores, mas uma coisa não muda, depois da risada temos a mesma velha expressão de antes.

E quem estiver nos observando pensa que somos loucos (e para ser sincera, acho que todos têm um pouco de loucura dentro de si).

Aquele sábado ficou marcado com um dos melhores dias e o mais divertido.

E para a minha surpresa, isso se repetiu nesta segunda, agora no intervalo normal de vinte minutos. Um grupo de três amigos, eu mais dois amigos (Infelizmente minha amiga tinha faltado).

Decidimos ficar na sala, amigo e eu sentados na carteira e o outro em pé próximo da gente. O amigo sentado ao meu lado, é muito ligado às redes sociais, principalmente O Instagram e ama cantar. Não foi novidade quando ele começou a fazer um vídeo para o Stories, cantado a música de abertura do Rei Leão e na parte “Sithi uhm Ingonyama”, ele parou de cantar e espontaneamente meu amigo e eu cantamos esta parte. E ficou tão bom e engraçado que não paramos de assistir até o Professor chegar e retomar a aula. Tivemos uma crise de riso e mesmo assim, depois da nossa risada ficamos com a mesma expressão de olhar vazio.

E ele postou e foi uma febre. Uma amiga nossa que estava em outra aula comentou e disse “Prestem atenção na aula, em vez de fazer vídeo” E logo eu disse “E ela também! Mexendo no celular” E voltamos a rir.

E esta segunda também ficou marcada e sempre será inesquecível.

Momentos simples e algo tão comum que é rir marcam mais do que se pode imaginar.

Depois de cada risada e expressões estranhas logo após uma, é tão importante quanto!

P.S.: E não é que amamos fazer isso, virou nossa rotina diária, ou melhor, noturna. E sempre com um repertório diferente.