Capítulo 10 - Crônica: Xarope de milho

Crônica

Xarope de milho

Em um sábado pela manhã, estava no supermercado à procura de um xarope, mas não qualquer xarope, nem aquele da garganta, mas sim uma cauda grudenta e doce.

Sorte que o local não estava cheio, o que me pegou de surpresa, pois um sábado ensolarado, pensava que iria enfrentar uma fila por causa de uma única garrafa.

Mas para minha alegria, os corredores estavam vazios e a minha procura só durou minutos em vez de horas.

Enquanto procurava fiquei pensando na serventia que ele teria... Para os americanos (e demais) usam no café da manhã, mergulhar em suas panquecas;

Para outros usarem em seu sorvete, suco ou salada de frutas. (E por aí vai...).

Já para mim, seria mais uma experiência nada comestível. De um ano pra cá ganhei uma nova mania o DIY (Do It Yourself, que significa “Faça Você Mesmo”). Estou criando e aprendendo várias coisas, ultimamente a maioria dos meus presentes eu mesma que faço e tem uma sensação ótima, até para o meu presenteado afinal gastei tempo e dedicação para fazer e isso o faz se sentir especial e o valor do presente vai além de números, é sentimental.

Mas voltando ao xarope... Enquanto procurava nas prateleiras, duas senhoras estavam na mesma seção e ambas carregavam pacotes de copos descartáveis e conversavam sobre a festa e o desperdício que seriam os copos e como era desnecessário comprar tantos pacotes para uma única noite.

Peguei meu xarope de milho e fui para a fila pagar, mas o que a senhora de blusa vermelha disse começou a fazer sentido e na volta para casa fiquei pensando nos nossos exageros e desperdícios.

E como seria mais fácil, econômico e ambiental se só fizéssemos o necessário e planejar numa maneira de pensar no amanha.

Como as pequenas coisas pode se transformar em algo maior (tanto em benefícios quanto malefícios).

E como uma ida simples ao supermercado se transformou em reflexão em mudar o nosso meio ambiente.

Não quero mudar o mundo (não sou ingênua de pensar que tenho esse poder), mas se eu puder mudar de qualquer maneira o meu mundo, o meu convívio e das pessoas ao meu redor ficaria satisfeita e feliz. E se mais pessoas agirem da mesma maneira, quem sabe o mundo enfim não se tornará um lugar melhor de se viver.

Pequenas ações movem montanhas.