– Então é ela pai?

– Sim filho. É ela.

– Onde está?

– Não sei. Mas consigo senti-la. Temos de detê-la antes que ela nos prejudique.

– Pai, se eles conseguirem convencê-la de que o certo é ficar com eles. O que nós faremos?

– Atacaremos com tudo! _ todo o ambiente tremeu nessa hora e as velas apagaram-se.

– Sim minha senhora.

– Necessito que vá ao outro lado e cuida da fêmea que está com a Irmandade e avalie-a.

– Com seu perdão minha senhora. Mas ela deveria estar longe de nós.

– O que quer dizer com isso? Ela é a chave de tudo.

– Mas assim como pode ajudar nossa raça também pode escolher destruí-la.

– Você está certa. Mas temos que tentar de qualquer maneira.

– Sim, minha senhora.

– Então, como você e meu pai se conheceram?

– Bem, precisei de um médico e foi ele.

– Amor a primeira vista?

– Sim. _ Payne respondeu ruborizada.

– Que lindo! _ respondeu Crystal maravilhada com a grandeza da felicidade que sentia.

– Ao menos da minha parte sim. _ por mais que quisesse Payne sempre se sentia insegura quanto aos verdadeiros sentimentos de Manuel por ela. Da força deles.

– E eu vivi para chegar aquele momento e ver você. _ Manuel sabia que Payne temia perdê-lo.

Payne e Crystal deram-se conta de que ele as ouvira apenas naquele momento.

– Olá papai.

– Como se sente meu anjo?

– Muito melhor.

– Crystal, sabe dizer por que desmaiou?

– Infelizmente não pai.

Payne notou que Manuel não ficara satisfeito com a resposta de Crystal e viu que deveria sair.

– Bom, com licença. Vou trocar de roupa. Até logo Crystal.

– Até logo Payne. Foi um prazer conversar com você.

– Igualmente. _ Payne deu um beijo rápido em Manuel e saiu.

Manuel ocupou a cadeira onde Payne estivera sentada e olhou severo para a filha.

– Fale a verdade Crystal.

– Depois da resposta de Payne, senti umas sensações estranhas. Lembra quando eu ficava muito irritada com algo quando era pequena?

– Lembro muito bem.

– Então, depois de ouvir a resposta dela, simplesmente fiquei agitada por dentro, mas não me movia por fora. A última coisa da qual me lembro é do senhor, Jane e aquela loira...

– Ehlena.

– Isso. Só lembro-me de vocês três e depois de acordar aqui. O que aconteceu depois?

– A trouxemos para cá. July também decidiu ir para casa.

– Eu queria falar com ela e com vovô. Ele deve estar preocupado comigo.

– July disse que avisaria a ele. Fique tranqüila. Agora descanse. – Manuel já ia levantando-se quando sentiu a mão da filha em seu braço.

– Papai, onde estamos? Quem são aquelas pessoas?

– Descanse. Depois lhe explico tudo.