Crystal

Festa Part. II


Toda a Irmandade chegou ao baile e foi recebida pelo anfitrião, Joseph, pai de Lucius, também era quem alertava ao Wrath sobre qualquer problema dentro da Glymera.

- Espero que gostem da festa meus senhores. Divirtam-se!

- Obrigado, Joseph. _ Wrath realmente parecia feliz com o ingresso dos jovens vampiros na Irmandade da Adaga Negra.

Sentaram-se em uma grande mesa e cerca de dez minutos depois, uma bela moça levanta-se de uma das mesas em volta do salão e segue com um rapaz para o centro da pista de dança, ela deveria ter passado despercebida, mas seu jeito realmente inspirava todos a olhá-la.

- É impossível. _ Manuel disse mais pra si do que para qualquer outro.

- O que meu amor? _ Payne notou neste instante que seu marido ficara muito tenso.

- Com licença. _ Manuel levantou-se da mesa sem esperar por uma resposta de ninguém.

Andou diretamente para a moça que acabara de levantar-se, e, chegando a ela, segurou-a pelo braço.

- Crystal? _ ela virou-se e pareceu ficar petrificada.

Crystal não sabia o que fazer; o pai não parecia zangado, mas estava tenso e nervoso. O que ela fizera de errado? Ele nunca havia reclamado por ela dançar com alguém.

- Papai. _ a voz de Crystal estava quase sumindo.

- O que você está fazendo aqui?

- Eu liguei para lhe avisar que iria sair. Qual o problema?

Manuel parou para pensar que. Ela estava ali como convidada de Lucius, então ela seria a garota de quem Lucius tanto falava. O ciúme de pai disparou dentro do peito de Manuel, mas ele não se moveu mesmo que quisesse estrangular Lucius.

Crystal estava linda, isso ele tinha que admitir, mas uma pergunta não saía de sua cabeça. Crystal saberia o que todos os que a rodeavam eram? Saberia que estava cercada de vampiros? Não, possivelmente não. Crystal era muito centrada em uma realidade que não teria espaço para uma coisa dessas.

- Papai? Qual o problema?

- Ah. Nenhum. Mas… você se importa de adiar sua dança para vir comigo?

- Creio que não. _ Crystal respondeu olhando para Lucius.

Lucius olhava de um para o outro. O pai de Crystal era o primo do rei? Inacreditável!

- Dançamos mais tarde. Vou falar com meu pai.

- Tudo bem. _ logo após a saída de Lucius, Crystal seguiu seu pai até uma enorme mesa.

- Crystal. Esta é Payne, minha esposa. Payne, meus caros, esta é Crystal, minha filha.

Ninguém disse nada por um tempo, Manuel sabia que havia pegado todos de surpresa, mas a reação de Payne era a que mais lhe preocupava. Sua expressão não era muito amistosa. Desviando os olhos de Payne para Crystal, Manuel ficou surpreso ao ver a filha de cabeça baixa.

- Crystal?

Crystal não havia notado que abaixara a cabeça. Ela nunca fizera isso. Decidiu que não deixaria que aquela mulher tão estranha e ao mesmo tempo tão familiar a intimidasse.

- É bom conhecê-la finalmente Payne. _ olhando para todos sentados a mesa, Crystal sentiu o coração parar de repente. – Jane?! Impossível!

- Olá Crystal. Creio que não vai adiantar te dizer que isso é um sonho não é?

- Não. Não vai adiantar de nada. _ Crystal agora estava confusa. Olhou de novo para Payne. – Desculpa perguntar. É evidente que você não quer me ver nem pintada em ouro, mas eu tenho plena certeza de que já te vi em algum lugar.

- Estou certa de que não nos conhecemos.

O simples som da voz dela foi o bastante para desencadear em Crystal a tontura que sempre sentia quando tinha emoções muito fortes.

A ultima coisa da qual se lembra e de ver Jane, seu pai e outra loira próximos a ela.