Chovia muito e já era tarde da noite quando Matt, um dos rebeldes que lutavam contra o império, avistou o acampamento de soldados. Matt usava vestes comuns com uma capa de viagem cobrindo o rosto e nas costa dois facões, espadas com lâminas curvas e grossas, Matt estava montado em sua égua, Tempestade, que possuía pêlos castanhos, quase vermelhos, e crina branca.
Matt puxou as rédeas de sua égua, o acampamento ainda estava a uns quinhentos metros, uma sede de vingança o consumia e então seu braço direito começou a arder.
Era uma dor dilacerante, como se seu braço estivesse em chamas. Um raio cortou o céu enquanto ele puxava a manga de sua veste até a altura do ombro, revelando uma luva até quase a altura do cotovelo com uma pedra verde nas costas da mão e uma marca negra em sua pele que vinha de sua mão e subia até seu ombro, duas lembranças que ele guardava, a marca negra havia sido uma maldição lançada nele pela própria Rainha, e a luva havia sido-lhe entregue por uma feiticeira para impedir que a maldição o matasse.
A dor deu uma trégua, então ele desceu do cavalo e o capuz cai mostrando seu rosto frio com um toque de tristeza, olhos muito verdes e profundos, seus cabelos molhados possuíam um tom claro de castanho, não eram muito curtos mais arrepiaram na hora em que ele passou a mão para trás tirando-os dos olhos. Seu corpo era aparentemente comum, não era muito musculoso, mas era definido, não era muito alto, pouco mais de um metro e setenta, e via-se que ele era bem jovem, não tinha mais de vinte anos. Ele tirou a capa e jogou a na sela, amarrou a égua em uma árvore e iniciou sua caminhada em direção ao acampamento já com as espadas em punho.
Ele não se preocupou se os soldados o viam, a poucos passos do acampamento um soldado o avistou e grito alarmando todos os seus companheiros.
Ele continuou a andar.
- Matem-no.- bradou o general.
Uma nuvem de soldados veio em sua direção e com uma naturalidade impressionante, e até assustadora, como se dançasse, ele os matou. As duas lâminas cortavam o ar, manchando o campo com o sangue dos soldados que haviam matado sua família.
Com a lâmina da mão direita ele defendeu uma lança jogada em sua direção e com a da mão esquerda cortou a cabeça do soldado a sua frente, a pedra verde agora brilhava como se fosse explodir, com um giro rápido se esquivou de uma espada que tentou perfurar se peito e contra atacou com uma cotovelada. Cada soldado que caia dava lugar a outros dois, mas eles não eram páreo para sua pericia com dois facões.
A luz da misteriosa pedra verde iluminava mais do que as fogueiras, mais até que os raios que cortavam o céu, aquela seria a ultima luz que aqueles soldados veriam, e provavelmente a mais bela que seus pobres olhos já tinham visto.
Um a um os soldados caíram, e logo não sobrou nada vivo naquele acampamento além de Matt.