Por Ludmila #

_Federico... – falei um pouco fraca, eu estava realmente cansada, já tinha aliviado a fome de meu filho, e agora precisaria descansar, eu estava exausta, isso estava destruindo minha beleza, não que eu estivesse se importando com isso, mas estava. – Ele já dormiu? – perguntei, pois Federico ainda ninava o bebê nos braços.

_Ainda não, mas está quase. – respondeu com um sorriso imenso no rosto.

Eu estava quase fechando os olhos, quando escuto uma voz que falava euforicamente, eu diria. Quem mais seria?! Francesca. Assustada, sentei-me na cama, e a mesma tinha um sorriso feliz no rosto, Julie e Lucas estavam mais sérios o que a própria mãe, acho que eles puxaram isso do Marco.

_Nasceram! – ela falou dando seus gritinhos.

_Hã? – Federico fez uma careta.

_As filhinhas da Vilu! – ela falou e Federico sorriu ao entender.

_Bom, fale que mandei os parabéns, pois agora não posso ir lá – Federico explicou enquanto colocava o meu bebê adormecido do berçinho hospitalar.

Francesca viu meu filho e logo se aproximou dele, sorrindo como nunca. Marco apenas observava-a com um sorriso no rosto, creio que ele gostava muito desse jeitinho atrapalhado de Francesca.

_Ele é Lindo! – Francesca disse maravilhada.

_É porque é meu filho – disse e logo todos caíram na risada. – Obrigada Fran.

Meu filhinho, lindo e maravilho tinha o cabelinho castanho claro, o do Fe era um pouquinho mais escuro. Ele tinha um tamanho normal de bebê e também o peso estava de acordo com sua altura, graças á Deus! Federico estava babando, pelo visto ele seria um pai muito... Grudado? A cor dos olhinhos dele, pelo que a gente estava vendo, claros, como os meus, ele tinha a pele maciazinha, tão... Perfeitinho.

_Bom, eu vou me retirar – Francesca falou. – Vou deixar o casal a sós, e bom, como eu disse, o filho de vocês é lindo! – ela disse batendo pequenas palmas, causando-nos risos. – Só uma coisa que eu preciso saber... – Ela começou, me olhando séria.

_Qual o nome dele? – Marco se manifestou. – Era isso que ela iria perguntar. – explicou.

_Estávamos pensando em Yuri. – Federico respondeu. – Yuri Ferro Pasquarelli.

_Ficou um nome extremamente forte – reclamei. – Se fosse eu, tiraria o “Ferro”, e deixaria apenas Yuri Pasquarelli. – falei.

_Mas eu quero que ele tenha o Ferro, porque é uma parte de você, podemos dizer. – Federico disse tentando me convencer.

_Tá bom, Tá bom... Então deixe assim – falei e sorri fracamente.

_Então tá... Tchau Federico e Ludmila, e tchauzinho Yuri! – Francesca disse mexendo na mãozinha dela, e logo saiu com sua família.

Ficamos apenas eu, o Federico e nosso filho...

***

Acordei depois de uma meia hora. Na verdade eu fui acordada, com um choro triste e dolorido de bebê. Meu filho, ele chorava baixo, mas o suficiente para eu acordar assustada e preocupada com ele. Abri os olhos e deparei-me com a enfermeira o pegando do berçinho.

_O que está acontecendo? – perguntei sonolenta.

_Nada, mas parece que seu filho se acostumou de mais á esse ambiente com os pais dele. – explicou ela risonhamente. – Eu vou levá-lo, precisamos ainda fazer alguns exames para ver se ele nasceu perfeitinho mesmo. Creio que voltarei mais no finalzinho da tarde. E amanhã á noite, os senhores já poderão ir embora com a preciosidade de vocês. – ela falou e logo se retirou.

Oba! Já vou voltar para casa! Federico sentou-se ao meu lado e ficou acariciando meu cabelo, até que novamente... Entreguei-me ao sono, e acabei sonhando com uma vidinha em especial... Meu filho.

Por Violetta #

_Quiero mirarte, quiero soñarte, vivir contigo cada instante... – Cantarolei ao León que estava aparentemente cansado. Ele sorriu e sentou-se ao meu lado na cama. Nossas filhas haviam ido fazer uns exames, então estávamos sozinhos. – Está bem? – perguntei me aconchegando em seus braços, pois o mesmo havia me abraçado.

_Sim, e você? – perguntou beijando minha testa.

_Ótima! – exclamei e logo ouvi um risinho vindo do mesmo.

_Bom saber disso – León murmurou.

Olhei para ele e vi seus olhos verdes que me arrancavam suspiros da alma. Ele estava lindo. Nem parece que há alguns meses atrás, estávamos brigando ou discutindo tanto. Ele me olhou e sorriu, vagarosamente abaixou sua cabeça, me dando um leve e simples selinho. Mas eu não queria um simples “beijo”, então assim que ele separou nossos lábios, os juntei novamente, com um beijo mais intenso, e ele riu.

_Desesperada... – León disse baixo e de olhos fechados, por conta do fôlego que não tinha. Roubei outro leve selinho dele, e logo ri.

_Eu? Desesperada? Não fale bobagens amor... – ri. – Eu apenas queria um beijo oras... – expliquei tentando parecer inocente.

_Um beijo? – perguntou e eu assenti. – Está pegando fogo Castillo?! – perguntou e eu senti minhas bochechas queimarem de vergonha, ele apenas deu uma gargalhada gostosa. Repreendi-o com o olhar, e ele se segurou.

_Estava com saudade de você, só isso... – falei acariciando seu rosto. – Dos seus beijos, dos seus braços, de tudo! Eu estava sentindo você meio distante... Sei lá.

_Eu nunca estive distante – ele repreendeu-me. – Você que havia se afastado desde aquele “incidente” com a Lara. – explicou.

_Tá bom... Mas eu não quero discutir. – falei lhe jogando um olhar cansado. – Se quiser resolvemos mais tarde, mas...

_Não temos que resolver nada. – cortou-me. – Já estamos bem, para que voltar atrás das confusões? – perguntou e eu concordei.

Logo a porta se abriu, revelando uma menininha, pera aí! Uma? Onde está a outra? Minha menininha estava com os olhos abertos, essa era a Daniella. Identifiquei pelos olhinhos que agora estavam bem á mostra. Tão verdinhos...

_Onde está minha outra filha? – León perguntou com um “desespero” na voz, me causando risos.

_Ela está terminando uns pequenos exames, nada de mais. – a enfermeira explicou com um sorrisinho estranho no rosto. – Devo lhe falar que suas filhas tem quase os mesmos olhos que você. Só que os da Daniella são mais verdes. – ela disse olhando para minha filha. Essa enfermeira estava claramente cantando o León na minha frente, na maior cara de pau?! – Vocês são lindos!

Ok” Agora já foi longe demais!

_Pode me dar minha filha? – perguntei tentando parecer gentil, mas estava claramente forçada essa tal gentileza.

A enfermeira se tocou e entregou minha filha. Essa era a Daniella. Linda de morder! Ela era bem pequenininha. Sua pele era como a de León, branquinha... Parecia uma bonequinha de tão fofa. No momento ela estava acordada, mas eu sei que logo ela iria dormir, bebês não ficam acordados por muito tempo disso eu sei...

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