As figuras encapuzadas na floresta olham muito interessados nos detalhes de Lillyth, a bruxa sorria maliciosamente principalmente ao atiçar a curiosidade alheia.

– Então meus queridos, como eu ia dizendo, não precisamos nos preocupar em correr atrás dos artefatos, afinal nossa amiguinha fará o trabalho duro por todos nós.

– E quem é a descendente da família desta vez? – A encapuzada pergunta.

– Oh, sim, sim, esqueci-me de lhes mostrar. – Lillyth recita um rápido encantamento e desenha um circulo no ar, ele gira em alta velocidade e uma luz brilha internamente produzindo uma imagem espelhada semelhante a uma tela feita de vidro. – Está é Yue Akemi, descendente direta da linhagem ancestral que tanto procuramos.

Yue aparece rindo enquanto conversa com seus amigos na floresta.

– E quem são estes outros ao seu lado? Guardiões? – O de focinho lupino pergunta.

– Não, eles são apenas alguns acompanhantes, não são páreo para nós. – Ela responde.

– Por algum motivo alguns destes rostos me parecem familiar... – O homem misterioso com voz de serpente comenta.

– Oh sim, estava pensando o mesmo, eles parecem com aquele grupo de idiotas que lutaram contra nós séculos atrás. – A mulher encapuzada ao seu lado fala com ódio na voz.

– E nos selaram... – Lillyth complementa o detalhe.

– Mas o selo enfraqueceu e pouco a pouco fui reavendo meus poderes e despertando, agora que estão completos não precisamos mais nos segurar, poderemos completar os fragmentos e concluir nosso objetivo. – Um dos encapuzados lembra.

– Tem razão afinal é para isso que fomos criados, o grande destruidor tem aguardado pacientemente por este dia e não poderemos falhar novamente! – Um deles grita.

– A guerra que dura séculos deve encontrar um fim! – A mulher de voz feroz responde.

– Acalmem-se meus queridos, não precisa ter pressa em querer destruir tudo, eles mesmo coletarão os artefatos para nós, o que devemos evitar enquanto isso é que eles fiquem mais fortes, apenas Yue Akemi deve permanecer viva para que possamos usar o Artefato.

– Agora que comentou sobre isso, Lillyth, se a garota não sabe onde estão os fragmentos, como eles os encontrarão para nós? – A voz de serpente pergunta.

Lillyth estava esperando ansiosamente pela pergunta e toca na tela de sua magia de comunicação, ela percorre o grupo de jovens até chegar a frente deles e mostrar um rapaz de cabelos prateados guiando-os.

– Este rapaz não lhes traz lembranças? – Ela pergunta.

Os encapuzados se aproximam surpresos e ao se entreolharem parecem tremer de raiva.

– Ele lembra o homem cuja presença abominável foi a responsável por nos selar na última guerra. – Lillyth comenta. – Quando ele apareceu diante de mim não me veio à cabeça a idéia de que ele poderia ser descendente daquele homem, porém as habilidades que ele utilizou lutando contra mim sem dúvida foram passadas por aquele homem.

– Eu quero mata-lo! – A voz de serpente ergue a voz.

– Todos queremos, mas por que está nos mostrando ele Strauss? – Uma das mulheres pergunta.

– Por que ele misteriosamente sabe onde está um dos fragmentos, ou seja, desde o início nos enganávamos ao pensar que a família ancestral era a única necessária para reaver os fragmentos, porém esse rapaz parece o descendente de uma linhagem que contém os segredos da localização dos fragmentos do Artefato Milenar.

– Então a única resposta que precisamos sempre esteve perto de todos nós e nunca pudemos perceber! – Um dos encapuzados desfere um soco em uma arvore.

– Uma ramificação da família Ancestral talvez? – Uma mulher de voz calma pergunta se referindo à linhagem do rapaz de cabelos prateados.

– Tenho certeza que é exatamente o contrário, uma família sem os poderes da ascendência ancestral, por isso incapaz de guardar segredos em seu sangue. – Lillyth diz.

– E por causa disso acima de qualquer suspeita e os guardiões perfeitos para os fragmentos... – A mulher encapuzada deduz. – Um segredo muito bem guardado por tantas gerações... Fascinante!

– Então o que sugere Lillyth? – O lupino encapuzado pergunta.

A bruxa ri olhando para os presentes na clareira.

– Não acredito que depois de tantos séculos juntos ainda não conseguem deduzir o que eu penso!

Eles se entreolham e começam a rir de maneira sinistra.

– Lillyth... Você continua terrível... Como sempre... – O homem com voz de serpente comenta.

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O grupo já viajava há dias e no momento era noite. Os guardiões se encontravam em uma clareira dentro de uma floresta com uma grande fogueira acesa, enquanto Sony o melhor cozinheiro do grupo terminava de fazer o jantar constituído de alguns grãos cozidos com carne de caça.

– Ok gente a comida está pronta! – Sony avisa já pegando os pratos para dividir com o grupo.

– Aqui Aza–chan. – Tifa entrega um espeto com carne para o rapaz.

– Obrigado Tifa.

Bea fica em silêncio mastigando com vigor sua refeição.

– Uau! Sempre me surpreendo com sua comida Sony, como é que você aprendeu a cozinhar assim? – Azrael pergunta.

– Eu sempre fui muito curioso e cozinhar sempre é uma novidade que adoro desvendar e como desde criança me viro sozinho com muitas coisas, eu costumava cozinhar somente para mim, mas por causa disso não tinha tanta certeza se minha comida era realmente boa. – Ele confessa.

O grupo já estava repetindo.

– Acho que isso responde a minha pergunta. – Ele fica sem graça.

Yue. – Saitou se aproxima entregando outro prato de comida para a jovem e senta ao seu lado.

– Obrigada Saitou.

Michiyo sentava em um galho grosso de árvore quando suas orelhas se atiçam e ela por instinto pega alguma coisa desconhecida no ar, ao olhar para a mão vê carne espetada em um galho esculpido.

– Não precisa agradecer. – Yuki diz brincando enquanto ele mesmo come sua refeição.

– Tá bom. – Ela responde.

– O que está fazendo ai em cima sua louca, quer cair por acaso? Você é um lobo não um gato sabia? – Yuki fala.

– Eu gosto de lugares altos por que posso ver as estrelas. – Ela responde.

– Estrelas onde? – Yuki fala já ao seu lado para espanto da moça que só não cai do galho por que ele segura seu ombro.

– Por favor, não me assuste assim novamente! – Ela resmunga.

– Foi mal. – Ele ri sem graça e senta ao lado dela sem ser convidado.

– À vontade. – Ela diz ao notar que ele não pedira licença.

Yuki e Michiyo ficam olhando as estrelas, até que ele quebra o silêncio.

– É legal olhar como elas brilham não é?

– É... Por isso gosto da noite, as estrelas em conjunto parecem areias na praia, são incontáveis, mas não somem com as ondas do mar, pois sabemos que toda a noite poderemos vê-las novamente. – Michiyo comenta.

– Eu gosto delas por que elas pulsam como um coração cheio de vida e faz eu me sentir vivo à noite mesmo sendo escuro quando olho para elas eu sei que nunca me perderei. – Yuki comenta.

– Não sabia que você gostava de estrelas Yuki.

– Acho que a gente gosta de ver as estrelas por que somos lobos não? – Ele deduz.

Michiyo ri.

– Vai ver é isso mesmo.

Sem perceber Yuki arranca um pedaço do espeto de carne de Michiyo.

– Ei seu atrevido coma o seu!

– Mas eu já comi!

– Então vá lá embaixo e pegue mais!

– Não quero, eu tenho medo de altura.

– Então por que subiu aqui!? – Michiyo resmunga.

Yuki fica vermelho.

– Ei por que você está vermelho, está resfriado? – A lupina pergunta.

Kimmi estava escorada em uma árvore próxima, Azrael se aproxima com comida.

– Toma Kimmi, talvez não sejamos os melhores cozinheiros do mundo, mas com certeza a comida do Sony você vai gostar. – Ele brinca fazendo propaganda.

– Oh imbecil já notou que eu sou uma vampira? Nós não comemos carne. – Ela retruca de mau-humor.

– Sério? Puxa, eu pensava que beber sangue era mania de vampiro nunca uma necessidade. – Ele ri sem graça.

– Qual é o seu problema garotão? Fica ai todo cheio de si fazendo pose de bom moço, para mim você não passa de um grande idiota tentando puxar conversa, eu não preciso da sua amizade e muito menos que se preocupe comigo.

Azrael levanta uma sobrancelha.

– Olha eu não sei o que você passou na sua vida para ser assim e provavelmente eu nem vou querer saber, mas quero deixar uma coisa bem clara. – Azrael fita a moça de forma serena. – Você faz parte deste grupo agora e entendo perfeitamente por que Shibuya-san designou você para esta missão, então você goste ou não eu vou sim me preocupar com você, protege-la e depender de suas habilidades para sair vivo daqui, você pode não me considerar seu amigo, mas eu sempre estarei aqui como um amigo para você. – Ele termina de falar.

Kimmi olha surpresa, mas logo seu semblante enrijece outra vez e ela bate na mão do rapaz fazendo a comida cair e chamar a atenção de todos por causa do barulho.

– Eu não preciso de nenhum de vocês eu não quero ser amiga de ninguém seu bando de idiotas eu odeio estar aqui! – Ao gritar Kimmi sai correndo para dentro da floresta.

Bea se aproxima de Azrael.

– O que você falou para ela?

Ele fica olhando para a comida no chão.

– Bea... Se eu não quisesse ser seu amigo o que você faria para me conquistar? – Ele pergunta repentinamente fazendo a Oni vermelhar como um tomate e engasgar.

– Q... Quê?! – Ela grita chamando a atenção de todos outra vez.

Azrael fica olhando confuso para ela que tremia sem entender direito o porquê.

– Po... Po... Por que está me perguntando isso?

– Bem... É por que nós já somos amigos e não me lembro de ter tido dificuldades em me tornar seu companheiro.

– E... E... Por que você se importa com ela? Se ela não quer ser sua amiga ignore você não deve nada a ela Azrael. – Bea responde.

– Não posso fazer isso Bea. – Ele fica sério.

– Por que não? – Ela pergunta outra vez.

– Por que eu sei como é triste ficar sozinho e acredite eu não desejo isso para ninguém...

Bea olha triste para seu companheiro que fica com o olhar vago olhando para o chão, ela pensa ter tocado em algum detalhe que não deveria.

– Me desculpe eu não queria fazê-lo se sentir assim.

Ela sorri voltando ao normal e toca no ombro da companheira.

– Não se preocupe, vamos voltar para perto dos outros, a noite está fria e ficar perto da fogueira é a melhor coisa que fazemos em uma hora dessas.

Ela sorri e eles voltam para perto dos demais que bebiam alguma coisa e os convidam para se juntar a eles.

Hime e Kaito não estavam por perto e Azrael nota.

– Alguém viu a Hime e o Kaito?

– Eu não você viu Yue–chan? – Yuuki pergunta.

– Eles estavam aqui agora a pouco, mas entraram sozinhos na floresta. – Ela responde.

O grupo cospe toda a bebida adocicada no ar e se entreolham corados.

– Se... Será que eles dois?! – Yuuki gaguejava.

– Droga eles são menor de idade, se alguma coisa acontecer eu vou ser responsável! – Azrael levanta nervoso.

– Acho melhor irmos atrás deles. – Saitou levanta.

– Ir atrás de quem? – Hime vem chegando da floresta ao lado de Kaito.

– Hime-chan!? – O grupo se aproxima correndo e empurrando Kaito que cai de bunda no chão.

– Ei?! – Ele fica cheio de interrogações na cabeça.

Hime–chan o que foi que esse pervertido fez com você? Ele beijou? Tocou alguma coisa, FEZ AQUILO?! – Michiyo a bombardeia de perguntas.

– ELE O QUÊ?! – Hime grita envergonhada e de olhos arregalados.

– De acordo com os meus cálculos a probabilidade de algo deste nível de intimidade acontecer no primeiro encontro é de cerca de 70%. – Sony calculava mentalmente com a mão no queixo.

– Hime... – Azrael fala com voz séria e todos se calam. – Não se preocupe eu assumo a responsabilidade por meus atos.

Um soco devastador atinge Azrael em cheio que voa rodopiando como uma pipa quebrada, ele bate em uma árvore derrubando-a e cai apagado no chão com os olhos brancos e uma fumaça saindo da cabeça. Bea bufava de raiva e assustados seus companheiros dão alguns passos para trás.

Yue cutuca Azrael com um galho para verificar se ele ainda estava vivo, ela faz um gesto positivo com o dedo para alivio do grupo.

– Do que estão falando? Vocês é que são um bando de pervertidos! Eu e o Kaito-kun fomos procurar alguma coisa para comer na floresta por que não queríamos carne! – Ela parecia irritada.

– Ué? Com tanta coisa aqui o que foi que vocês comeram na floresta? – Saitou pergunta.

Hime e Kaito começam a ficar vermelhos e na vergonha sendo movida por puro impulso Hime desfere um soco sem querer em Saitou.

– KYAH!!!! – Ela grita desferindo o soco de olhos fechados.

A mesma cena se repete, Saitou quebra uma nova árvore e cai com olhos brancos e seu espírito querendo sair do corpo.

– Ah! Saitou-kun! – Yue grita preocupada correndo até ele. – Saitou-kun, aguente firme, não morra, por favor! Saito-kUuuuuN!

– Isso tudo por causa de uma pergunta?! Bastava responder com lógica! – Sony retruca.

– Gommenasai! – Ela baixa a cabeça repetidamente.

– Mas o que diabos o Kaito comeu afinal para deixa-la tão envergonhada? – Bea pergunta arrastando Azrael em coma para o meio da clareira onde estavam.

– “Ela”. – Uma voz vem do meio da floresta se aproximando do grupo. – Ele comeu “ela”. – Kimmi responde sem um pingo de preocupação.

O grupo petrifica ficando brancos e sem ar.

– Kimmi?! Como é que você sabe disso!? – Kaito olhava horrorizado para a vampira.

– Kami-sama... A juventude de hoje em dia não tem mais pudor... – Lamenta Sony.

– Não é isso! Vocês estão entendendo tudo errado! – Kaito ergue a voz fazendo-a ecoar na floresta.

Todos ficam mudos e assustados, o rapaz parecia envergonhado, mas também muito receoso.

– Eu... Eu não gosto de beber sangue... Nunca gostei... Mas eu sou a droga de um vampiro, Hime–chan tem doado seu próprio sangue para impedir que eu enfraqueça... Todo o tempo que estivemos juntos ela tem cuidado de mim... Mas... Mas... – Kaito entristece. – É a minha sina... Minha maldição... Se não fosse por ela eu já teria desistido de viver há muito tempo... Sinto muito por tê-los feito pensar mal de você Hime... – Ele se desculpa olhando para ela.

Hime sorri com ternura para ele, mas corada por ele estar revelando aquilo na frente de todos.

– Eu sempre achei o seu jeito caladão muito estranho, mas não entendia por que sempre andou com a Hime... Agora entendo... – Yuuki sorri. – Você é um vampiro de sorte Kaito-kun.

Ele sorri sem graça coçando o pescoço.

– Então é por isso que você vive com sono heim Hime? – Sony comenta. – Faz sentido agora que descobrimos o porquê.

O grupo realmente encaixa os fatos.

– Ouvi dizer que um vampiro quando escolhe uma fonte fixa de alimentação é quase igual casamento... – Michiyo olha de forma maliciosa para os dois. – Que romântico.

O grupo começa a gargalhar.

– Nesse caso a Hime precisa se alimentar bem, ultimamente ela anda muito anêmica. – Sony fala. – Sugiro que ela comece a se alimentar direito a partir de hoje.

Os amigos se entreolham e seus olhos brilham.

– Tão pensando a mesma coisa maligna que eu? – Bea fala rindo assustadoramente enquanto se aproxima de Hime.

– Oh... Provavelmente sim... – Michiyo também chegava mais perto sendo acompanhada pelos outros.

– O que vocês vão fazer...? – Hime começa a suar como uma condenada.

“Operação rolha de poço”.Sony nomeia se aproximando com faíscas nos olhos.

Seus amigos pegam bebidas, carne, rações de emergência entre outras provisões.

– Oh... Não... Não... Não!!!!

O grito de Hime ecoa na floresta.

Kimmi vê o grupo em uma verdadeira guerra de comida e fica calada lembrando o que tinha visto minutos antes, quando saiu correndo floresta adentro confusa com a proximidade de Azrael.

(- Amizade, sentimentos, eu não preciso de nada disso, por que precisaria de algo tão frágil e descartável?). – Corria enquanto pensava.

A vampira corria e pulava em alguns galhos sem rumo na floresta, até que sente presenças e fica em alerta andando devagar até chegar a uma pequena clareira banhada pela lua, ela enxerga Hime e Kaito juntos conversando.

– Já disse que não quero Hime...

– Mas Kaito, desde que começamos essa viagem você não se alimentou uma única vez, se não o fizer vai acabar morrendo!

– Mas Hime... Não posso continuar fazendo isso com você... Desde o dia que me pediu para começar a fazer isso eu só aceitei por que tive medo de morrer, mas agora eu não quero mais! Toda vez que eu faço você quase sempre morre!

– Mas você está muito fraco!

– Não importa, se morrer é a única coisa que me resta que seja, mas não vou arriscar a sua vida por causa de uma maldita sina!

Ela o abraça repentinamente.

– Você é meu amigo Kaito... A pessoa mais importante para mim... Se eu não puder sequer mantê-lo por perto, então que tipo de amiga eu seria? – Ela confessa com voz chorosa.

– Hime-chan... – Ele retribui o abraço e aos poucos abre a boca mostrando seus caninos que encaixam no pescoço da jovem que solta um pequeno gemido e começa a cair de joelhos por sentir-se enfraquecida.

Hime toca no rosto do amigo e fecha os olhos, Kaito fica com sua companheira nos braços fazendo carinho em sua cabeça e vigilante, enquanto a espera acordar novamente.

Kimmi que havia assistido a cena nunca tinha visto aquele tipo de sacrifício antes, ela sabia como era perigoso o que estavam fazendo, um vampiro dificilmente se controlava durante as refeições e quanto mais dias ficava sem se alimentar, maior era a sede e com certeza muito mais mortal... Mas de alguma forma ela confiava em seu companheiro arriscando a própria vida para mantê-lo ao seu lado e isso ela não sabia o porque, mas enxergava a força de vontade de Kaito em tentar não matá-la enquanto faziam aquilo.

(– Eu não entendo... Por que se sacrificar por alguém que poderá traí-lo a qualquer momento? Por que? Por que?!). – Volta a correr novamente sem perceber que voltava pelo mesmo caminho que tinha vindo.

Kimmi abre os olhos voltando à realidade, ela baixa a cabeça e começa a sentir algo dentro de si ao ver o grupo gargalhando e se divertindo, ela não sabia descrever o que era, mas era a inveja de não conseguir ser como eles lhe incomodando, ela vira o rosto outra vez e de maneira orgulhosa ignora o que vê e ouve.

– Eu não preciso disso... Eu não quero isso... Não vou sofrer tudo aquilo de novo... – Uma única lágrima silenciosa desce em seu rosto, enquanto se esforça para demonstrar ódio no olhar.

Saitou abre lentamente os olhos e enxerga Yue olhando preocupada.

– Yue? O que aconteceu? – Ele pergunta desnorteado.

– Você foi nocauteado pela Hime... Parabéns. – Ela solta uma risadinha.

Saitou não comentava nada, mas se sentia deverás confortável no colo de Yue e resolve aproveitar.

– Saitou-kun?

– Sim?

– Está se sentindo melhor? – Ela pergunta.

– Minha cabeça ainda está girando, mas acho que vou sobreviver até amanhã. – Ele diz.

Yue sorri divertida.

– É mesmo? – Ela toca na testa do rapaz. – Então não se preocupe, eu vou cuidar de você hoje à noite.

Saitou sorri e ela também que de longe assistem à guerra de comida.

– Nosso amado líder semi-morto não vai ficar nem um pouco feliz quando acordar... – Ele comenta.

– Isso SE ele acordar... – Yue parecia confiante com o soco super atômico de Bea.

Os dois riem enquanto se divertem testemunhando os sorrisos dos amigos e sua alegria jovial preenchendo a floresta.

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Continua...

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