É engraçado perceber o quanto somos estúpidos diversas vezes. Em certo ponto, tornei-me hilota do destino, vivendo sem controle, buscando sabe-se-lá o quê em amores roubados por todo o verão. Deixei-me hipnotizar por algo delirante, uma espécie venenosa em minhas entranhas, e agora vejo o quanto fui burro, cego, estúpido.

Em tempo, pego o ônibus da madrugada e por alguma razão explicável do destino, te vejo em todas as garotas do trajeto. Finalmente a encontro, deslumbrante, e pergunto-me se consigo mantê-la em meus braços para sempre. Como sizígia entre o sol e a lua, transformo nós dois em eclipse profundo.