Capitulo 37 A terceira chave

P.O.V Jazmim

O Sol amanheceu mais o dia estava frio. O Tempo estava nublado. Assim com o clima em casa. Tudo ainda parecia um sonho.A luz do relógio envolvendo mamãe e puxando. Nico gritando seu nome.E finalmente a escuridão novamente. Estava deitada em minha cama.Não tinha ânimo para nada.Todos passamos o dia assim.Em silêncio.Trancados em seus quartos.Até Hope que muita coisa não entendia podia sentir que estávamos arrasados.Ela passou a noite inteira chorando, Provavelmente sentindo falta de mamãe.
Meu celular vibrou.Apenas estiquei o braço e o atendi ainda deitada na cama,Voltei meu olhar para o teto do quarto.Tentei soar o mais normal possível.

(http://www.youtube.com/watch?v=t-njAuS7eTQ)Hurricane.Brigth.

–Alô?
–Jaz?Estava pensando de sairmos e darmos uma voltinha.Que tal nos reunirmos com os meninos e...
–Não estou afim.-Disse rapidamente
–Tudo bem...Quer que eu vá até aí?
–Não Tatoo.Quero ficar sozinha.
–Esta se sentindo bem?-Sua voz soou preocupada
–Não...-Disse num fio de voz
–Ei!-Ele quase um tom animador-O que foi Bonita?
–Pode vir Pra cá?-Disse sentindo minha voz falhar-Eu Preciso de Alguém que...-Respirei tentando afastar as lágrimas-Preciso de você.
–Chego em 10 minutos.-Ele disse rapidamente e desligou.

P.O.V Mar

Acho que nunca fiquei tão triste em uma sexta feira.Ver Cielo simplesmente sumir através daquela Luz foi um Tremendo choque para todos.Por em falar em Luz Penso em como Luz vai ficar desolada ao saber que sua irmã foi engolida por um feixe de luz.E agora?Cielo era a Única coisa que restava para Luz?Ela também perdeu a mãe e o Pai não cuidava dela.Ela ficava com um babá.

Pensei em como no começo eu fiz a vida de Cielo impulsiva.De como eu e Jazmim Brigavamos,De como eu era uma pessoa rancorosa.E agora?Cielo já não estava Mais.Ela se foi.E tudo parece tão vazio.

–Posso entrar?-Escutei a voz de Papai soar fria atrás da porta

–Entra.-Disse respirando profundamente tentando não chorar.

Quando ele entrou me assustei ao vê-lo. Seu cabelo sempre penteado estava totalmente desarrumado, Ele usava somente uma calça de moletom e seus olhos estavam inchados provavelmente ele também passou a noite chorando.

–Posso falar com você?

Assenti me sentando na cama e pondo os braços em torno da cintura. Ele veio até minha cama de cabeça baixa. Seu braço ainda estava enfaixado. Mais a sorte foi que o tiro foi de raspão. Ele tinha recebido alta a pouco tempo.

–Ontem você disse que e queria que eu te olhasse com amor.-Senti minha garganta pinicar. Queria interrompe-lo e pedir desculpas pela discursão mais não pude.-Mar sabe Por quê eu sempre fico com um pé atrás em relação a você?-Neguei-Sabe que eu Amei muito a sua mãe!Eu ainda a Amo muito!Mais desde que...-Ele tentou gesticular-Desde que Malvina morreu eu me senti só.Eu sempre fui normal com Ramiro e mesmo sabendo que você sabia que havia diferença entre os dois eu não conseguia parar com esse privilégios.-Ele pousou sua mão sobre a minha e fez com que eu a abrisse.-Você era tão parecida com sua mãe.-Ele apertou minha mão-Você é muito parecida com sua Mãe.Eu acho que por ser tão parecida a ela eu te destratava.

–Por quê?

–Por Medo.Medo de você também me deixar.-Ele deu um meio sorriso-Ah Mar.Fiz tantas injustiças contra você por um capricho meu.Eu te prendi tanto.Não deixei você viver.Te fiz chorar tantas vezes.-Ele agora estava quase chorando.E eu estava a pouco disso.-Me desculpe por as vezes querer levantar a mão para você por não saber te entender filha.-Ele abaixou a cabeça-Por não ter ido a suas festinhas do colégio.Por sempre negar seus presentes.Isso não foi certo.-As lágrimas começaram a escorrer por meu rosto-Sinto tanto Mar...Queria ter sido um Pai melhor.Um que você se orgulhasse.

–Mais eu me orgulho de ter você como Pai...-Sorri para ele.Levantei seu queixo para que ele me encarasse-Eu senti rancor tanto tempo.Mais esse olhar...-Sorri-Era esse olhar que eu sempre quis Pai.-Ele assentiu umedecendo os lábios-Desculpa.

–Desculpa Filha!-Ele me puxou para um abraço-Eu te amo Mar!Você sempre vai ser minha garotinha.

Sorri apoiando meu queixo em seu ombro-Você sempre vai ser meu Pai.Sempre

P.O.V Tatoo

–Pai eu vou sair.-Disse pegando as chaves e as colocando no bolso-Pai?

Ouvi algo se quebrar na cozinha e caminhei até lá.Havia vários copos de vidro quebrados no chão.-Pai!-Ele estava sentado no basco com o Whisky. Sua camisa estava toda amarrotada e ele só estava com um sapato.Sua bermuda estava rasgada e assim que entrei na cozinha senti o forte cheiro de bebida.Passei pelo balcão atrás de uma vassoura e uma Pá e comecei a limpar os cacos. Ele somente observava enquanto bebia mais doses.

–Você vai sair?-Ele perguntou enquanto bebia mais um gole

–Vou ver minha namorada.-Disse jogando os cacos no lixo-Volto mais tarde.

–Vou sair.Você tem que ficar com o Matheus.

Cerrei os punhos tentando me controlar enquanto esvaziava a pá com os cacos no lixo-Não Pai.Eu Preciso sair.

–Não me importa o que você precisa ou não fazer Mathias. Vai ficar em casa.-Ele disse aumentando o tom de voz-Era só o que me faltava você ficar vagabundiando por aí.

Joguei a pá e a vassoura o chão.Ele se assustou com o meu ato mais continuou a me encarar.-O Único vagabundo aqui é você!Por quê todas as noites eu venho dormir em casa.Eu cuido do Matheus.E você chega bêbado toda a manhã.Por quê não fica na rua mesmo?Por quê tem que voltar pra me atormentar?

–Cale a boca.-Ele gritou-Eu não admito que fale assim comigo.

–Que Moral você acha que tem pra me dizer isso?

–Eu sou seu Pai.

–De filho eu só tenho seu Sobrenome-Neguei-Por quê você nunca foi meu Pai.Nunca foi capaz e me dar amor...Nem pra mamãe.

Seus olhos estavam vermelhos pela raiva-Não fale o nome Marissa.

–Nem ela você conseguiu Amar.Por quê Você é um egoísta e um Vagabundo.Por quê nunca foi capaz de dar Amor a alguém...de abraçar seus filhos.E sabe de uma coisa eu sinto Nojo de você.-Ele cerrou os punhos na garrafa-Nojo. Por quê só um monstro bateria numa criança. Somente um monstro maltrataria sua esposa.Agora eu digo:Eu te odeio Pai.E espero que pague por todos os seus pecados.Todos eles.

–Tatoo?

Rapidamente passei por ele.Ele me segurou pela manga da blusa.Olhei para ele e seu olhar estava perdido.-Me solta.-Disse entredentes.Ele rapidamente me soltou. Matheus estava parado ao lado da escada.-Vamos Mate.-Pedi o chamando ele pegou o casaco e rapidamente saímos de casa.

–Pra onde vamos?-Ele perguntou enquanto corria atrás de mim

–Na casa da Jaz.-Disse rapidamente

Passamos por debaixo da arvore para podermos seguir a rua quando alho caiu em minha cabeça. Rapidamente me vi algo reluzir no chão.-O que é isso?-Perguntei me aproximando. O objeto dourado reluziu quando eu o toquei. Era do tamanho de meu polegar.

–É uma chave.-Matheus disse rapidamente

–Uma chave dourada.-Sorri em resposta.