Não importa o quanto andassem, parecia que não saiam do lugar. As pernas de Eve já estavam cansadas, e os pés, doloridos. Mesmo que Train fosse um pouco mais resistente que a menina, também já estava cansado.

- Percebeu? - perguntou ela.

- Sim, nós não estamos...

- ...saindo do lugar.

- Quem, e como? - questionou ele.

- Não sei, jamais havia visto um método tão estranho assim.

Um ruido fui ouvido atrás deles. A sacada de arma de Train e a tranformação de Eve não duraram nem mesmo um mero segundo perante a isso. Estavam mais habilidosos e ágeis a cada dia, e rapidamente, já haviam encurralado o inimigo.

Eve criou algo como uma barreira, feita de seus cabelos em forma de lâmina. Preso de diversas formas, não teve como escapar do tiro de Train. Jogado no chão, Eve já cutucava-o como qualquer outra criança faria, só para verificar seu estado físico e moral.

Um tempo depois, descobriram que era um bandido procurado pela polícia. Foras até a delegacia e pegaram a recompensa. 5 mil era uma quantia boa, até. Train passou em frente a uma máquina de leite, e comprou algumas garrafas. Eve não usou nem um real, tinha vários livros para ler, e com a luta, havia perdido a fome.

Por fim, chegaram no apartamento que Sven havia alugado. Mas, acidentalmente, Train lembrou o incidente com a Eve, na saída do bar, e acabou deixando algumas gotas de leite caírem no chão, isso fez com que escorregasse e derrubasse Eve. Reclamou um pouco da dor, ainda de olhos fechados. Ao abrir os olhos, percebeu que a menina estava em cima dele. E, pela primeira vez, com cara de espanto, com o rosto avermelhado, estando levemente boquiaberta e simplesmente sem ação nenhuma.

Train havia caído deitado no chão, com uma das pernas um pouco levantada; Eve caiu em cima dele, sentada naquela mesma perna e com as mãos ao lado do tórax do rapaz, recostadas no chão.

A menina foi aproximando seu rosto ao dele, a ponta do nariz gélido dela, já havia cruzado com a ponta do nariz de Train. A intenção dela era uma, e só uma. Beijá-lo. Train foi corando a medida que ela se aproximava.

- P-Princesa... O que está fazendo..?

Não haveria uma resposta não cedo, provavelmente. Eve havia selado os lábios de Train com os dela, já era tarde para tentar retrucar ou impedir seja lá o que fosse. Não era um beijo sedento por amor; era um beijo doce, delicado, e inocente.

Train retribuiu o beijo da mesma forma inocente, abraçou a menina sem parar o beijo. Mas, infelizmente, tiveram que separar-se, já que precisavam tomar um pouco de ar. Se olharam por um momento, e beijaram-se mais uma vez. Depois de um tempo, a menina apenas deitou a cabeça no tórax dele, desejando que aquele momento fosse aterno, talvez.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.