Capítulo 4 - Namorar?

Um mês se passou. Ainda bem! Agora não está mais frio, está do jeito que eu gosto! Fresco, nada de calor nem de frio, adoro! Eu estava “ficando” com o Yamato e droga ele me pediu em namoro... O que eu faço? Gostava dele, mas namorar?

Pedi conselho as minhas amigas. E pra que fui fazer isso...

— Sora você gosta dele? – Hikari pergunta fazendo meu cérebro entrar em curto. Eu não sei o que sinto por ele.

— Bem...

— Ah não é possível! Aceita logo Sora! Quando que você vai ter um partido como esse aos seus pés de novo? – corta o que ia dizer e faz eu e Hikari revirarmos os olhos.

— Não é assim que as coisas funcionam, não é Mimi?! – as vezes eu achava que Hikari era a mais madura de nós três.

— É assim sim! Ela tem que ficar com quem gosta dela! – ai minha nossa senhora! Se ela fala demais, mato ela!

— Vamos mudar de assunto? – pergunto nervosa. Hikari não sabia que sentia alguma coisa pelo irmão dela. Eu ficava com medo de contar a ela. Sei que posso confiar nela, mas não pra esse tipo de assunto, porque envolve o irmão dela!

— Como assim quem gosta dela?

— É porque ela tem outra paixão que não está nem ai pra ela.

—Mimi! – a repreendo nervosa.

— Quem? – Hikari pergunta me olhando.

— Esquece isso Hikari a Mimi está louca – ela me olha desconfiada e Mimi dá uma risada.

— Bom eu vou embora porque vou sair com meu namorado! – viramos os olhos.

— Que bom pra você! – digo irônica.

— Tchau pra vocês! - ela me dá língua e vai encontrar Joe. Eu e Hikari fomos pro clube jogar tênis. Eu estava ensinando a ela o que sabia. Não quero me gabar, mas... Sou ótima jogadora!

Quando chegamos lá, Takeru estava esperando por ela. A gente vai de encontro a ele e eles trocam um beijo apaixonado.

— Pelo amor de Deus! Vamos logo com isso – os dois ficam vermelhos e me seguem.

Trocamos de roupa e Takeru ficou sentado no banco olhando a gente jogar.

— Hikari você deveria colocar uma saia mais comprida! Seu namorado não deve gostar de você jogando com essa micra sainha! – implico com ela.

— Minha saia não está curta. Pelo menos não como a sua. Dá pra ver o short preto que você está usando por baixo.

— O que? – dou uma rodopiada pra tentar ver atrás da minha saia e escuto as risadinhas dos dois. – Engraçadinha!

Começamos a jogar sério agora, sem piadinhas.

— Você precisa de mais velocidade! - digo depois de jogar a bola pra ela pela 50ª vez e ela não conseguir chegar nem perto pra bater de volta.

— Vamos descansar um pouco?

— Mas a gente começou agora! – digo apoiando a raquete no chão.

— Por favoor... – ela tem um jeitinho ótimo de te convencer a fazer o que ela quer... Basta fazer uma carinha fofa. Ninguém resiste.

— Ta bom! Sua chata! – ela sorri e corre pra sentar com Takeru. Me aproximo dos dois.

— Sua namorada é uma lerda! – ela me olha repreensiva e ele dá uma risadinha.

— Não é nada.

— Claro que você vai defender ela! – os dois riem.

— Olha o Taichi ali... – Hkari aponta pra trás. Senti meu sangue gelar, olhei pra trás e ele estava vindo na nossa direção.

— Oi pessoal.

— Oi – respondemos juntos.

— O que você está fazendo aqui? – Hikari pergunta fazendo eu o olhar pra saber também.

— Vim ver você jogar!

— Essa não! – todos riem dela.

— Vamos logo, já descansou! – voltei pro meu lado da quadra antes que ela pudesse falar qualquer coisa. Começamos a jogar de novo e como sempre eu só sacava e ela não pegava a bola.

— Deixa de ser lerda! – Taichi fala com ela.

— Até que enfim alguém que concorde comigo! – ele ri.

— Não quero mais jogar!

— Ih ficou brabinha! – eu e Taichi caímos na gargalhada e ela ficou emburrada. Takeru só a olhava sorrindo.

— Me dá isso aqui Hikari. Vou te ensinar como faz – Taichi pega a raquete da mão dela e ela senta ao lado do Takeru de braços cruzados.

— Você sabe jogar? – pergunto tentando segurar o riso.

— É claro que sim!

— Ok... – saquei a bola, ele conseguiu mandar de volta e eu fiquei surpresa quando ela passou direto por mim. – É... Acho que não é só com os pés que você joga bem... – ele sorri. – Acho que posso pegar pesado com você – Taichi dá uma risadinha.

A gente jogou por um tempo, quando dei por mim Takeru e Hikari já tinham saído dali e sabe-se lá onde estavam. Sentamos no banco pra descansar um pouco.

— Vamos um pouco à sauna?

— Vamos... – seguimos pro banheiro, claro que cada um pro seu. Coloquei o biquíni e ele estava me esperando do lado de fora só de bermuda. Acho que o futebol fez bem a ele...

Seguimos pra sauna. Entramos e estava vazia, sentei na parte de cima e encostei-me à parede. Ele sentou um degrau abaixo do meu. Estava tão quentinho lá dentro. Taichi levanta e vai à ducha.

— Ai seu louco! – digo sentindo frio por ele. Ele apenas ri e continua debaixo da água. Tinha uma ducha dentro da sauna.

— Nem está gelada Sora.

— É claro que não – digo irônica. Ele sai e sobe os degraus. Então fica me olhando. – Que foi? – eu já tinha deitado pra relaxar. Taichi sobe onde eu estou e deita por cima de mim. – O que você está fazendo seu retardado? Você está gelado! – ele ri. Eu nunca vi um cara gostar tanto de sacanear as pessoas como o Taichi.

— Deixa de ser fresca!

— Sai de cima de mim Taichi! Você está muito gelado! – ele sacode a cabeça fazendo a água do cabelo cair em cima de mim. – Não acredito nisso! – ele cai na gargalhada. – Saaii você está pesado! – ele apoia os cotovelos no chão e tira o peso de cima de mim. A essa altura ele já não estava tão gelado.

— É verdade que você... Está namorando? – ele estava me encarando perto de mais pro meu gosto.

— Quem te disse isso?

— É verdade ou não? – se aproxima perigosamente.

—Hum... – não consegui falar mais nada por causa da perigosa aproximação que me deixou nervosa.

— Está ou não? – abri a boca pra responder e ele me beijou... O que é isso? Fiquei assustada e sem reação. Mas logo o beijei de volta.

O que está acontecendo aqui gente? Por que ele fez isso? Nunca mostrou qualquer interesse por mim! Ele só pode estar se divertindo as minhas custas! Quando pensei nisso, sai rápido do beijo dele, que me olhou confuso.

— Ficou maluco?

— Claro que não – tenta me beijar de novo, viro o rosto.

— Sai de cima de mim, por favor – ele fica me olhando um pouco e depois levanta.