Olá amadas. Vamos de controvérsias do amor? Eu demorei dias para concluir esse capítulo mas aqui está ele e muito parecido com casos de família da sbt kkkk espero que gostem!!

Heriberto descartava a máscara e a toca que usou durante a cirurgia e quando tirava as luvas, ouviu um interno dizer.

—X: Acha que a paciente irá sobreviver?

Ele por cima do ombro vendo seu aluno perguntar, suspirou enquanto agora olhava por um vidro no outro lado, a sala de cirurgia onde Ana Rosa estava sendo tirada inconsciente mas viva.

Lembrou que ela havia tido duas paradas respiratórias nas mãos dele. A primeira havia sido assim que começou a cirurgia, a segunda havia sido quando ela terminava dando um susto em todos. Mas ali ela saia com vida dela e as primeiras 24 horas de sua recuperação seria crucias para ele dar um diagnóstico de seu estado para os dias seguintes.

Que então assim, ele disse.

—Heriberto: Ainda é muito cedo para afirmar algo. Fiquemos de olho, já que sabemos que em suas primeiras horas de recuperação ela pode melhorar como também piorar.

Fora dali.

Maria tinha Estrela com ela. Enquanto ainda teria Estevão de observação no hospital, ela pediu para que a babá de sua a filha trouxesse. Estrela estava tão grande e esperta que não queria os braços da mãe e sim andar por toda sala de espera, a mesma que Maria via Elisa em um canto sentada em um sofá.

A via sozinha ali. Como que se desejasse ser invisível em uma atitude claramente que não queria falar com ninguém, ainda que quando a viu chegar ela a via perguntado pelo tio e desde então aguardava para poder falar com ele.

Algo que Maria via como pretexto para conversarem, o que só os dois sabiam. Já que Elisa soube por ela que o tio estava fora de perigo.

E quando Maria pensava no segredo que sua sobrinha compartilhava com seu marido, pensava também em sua irmã. Como Victoria não tinha percebido? Na verdade, como todos não tinham notado? Ela suspirou pensativa.

Queria saber o quanto Elisa se sentiu sozinha enquanto lidava com sua sexualidade em silêncio. Assim, Maria pensou no seu filho mais velho.

Se fosse Heitor e não Elisa que fosse gay. Como agiria?

Quando pensou em se responder, Heitor apareceu, dizendo.

—Heitor: Mãe. Meu pai já foi liberado para ir para casa, mas ele se recusa em ir sem ainda saber de Ana Rosa.

Quando ouviu Heitor falando com Maria, Elisa deixou seu lugar caminhando até eles.

—Elisa: E ela e Ana Rosa? Sabe alguma coisa dela, primo? Meu pai ainda não apareceu para nos dizer algo.

Ela passou a mão em seus cabelos castanhos. Sabia quando chegou, que era Heriberto que operava Ana Rosa, mas nada até ali soube de como ela estava ou se a cirurgia havia acabado.

Maria então em um impulso pegou em uma das mãos da sobrinha, a olhou nos olhos e disse.

—Maria: Acalme- se, minha querida. Heriberto deve estar por vim.

Elisa suspirou se afastando e cruzando os braços. Se encolhia em sua bolha sobre o olhar de Heitor e Maria sobre ela. Um que ela sabia que conhecia seu segredo, enquanto o outro, que era sua tia, acreditava que não.

Que sabendo quem poderia ouvi-la de uma vez, ela disse.

—Elisa: Será que já posso falar com meu tio, Estevão? Pelo menos me distraio até sabermos de algo.

Heriberto então apareceu calando todos.

Antes estar ali ficou sabendo que uma parente mais próxima de sua paciente estava em viagem para estar ali, que enquanto ela não chegava só pensou em procurar por Maria e passar a ela a notícia de como estava a parceira de trabalho de seu irmão.

Que então assim, antes de abrir a boca Elisa disse evidenciando sua angustia.

—Elisa: Papai, diga que Ana Rosa está bem e viva. Por favor. Por favor.

Ela chorou agora evidenciando mais ainda sua preocupação e Heriberto a olhou confuso. Primeiro que não esperava encontra-la ali, segundo muito menos interessada em saber de sua paciente. Que ainda assim ele disse em seu modo profissional.

—Heriberto: Não trago boas notícias, mas ainda temos que esperar as primeiras horas de sua recuperação para que eu possa dar um diagnóstico certo filha e isso, eu farei melhor com a chegada de algum familiar de Ana Rosa.

Elisa engoliu suas palavras, mas desejando gritar que tinha direito também de saber como estava Ana Rosa que então, sentindo Maria pegar no pulso dela e depois descer para mão dela e acariciar, ela a ouviu.

—Maria: Heriberto ficamos nós duas na espera de notícia e enquanto algum familiar dela não chega, podemos fazer o papel deles. Então seja sincero conosco. O que acha que vai passar com Ana Rosa?

Heriberto suspirou, esticou a mão até o sofá vazio e disse.

—Heriberto: Vamos sentar porque a conversa pode ser longa.

Na casa de moda Victoria.

Victoria saia da sala de reuniões que acabava de ter com alguns investidores e nela marcando uma viagem já pendente que faria outra vez indo ao EUA. E assim, que saiu se despedindo dos senhores, Antonieta apareceu dizendo.

—Antonieta: Aí finalmente sua reunião acabou, Victoria.

Victoria a olhou toda nervosa, suspirou e então disse firme.

—Victoria: O que aconteceu, Antonieta?

Quase 1 hora depois. Victoria aparecia no hospital. Estava preocupada, mas também indignada consigo mesma por ter ficado o dia todo longe de seu celular e trancada em uma reunião de trabalho, enquanto tinha Maria aflita por algo que pôde ter acontecido ao marido.

Era irmãs e sabia que era importante em momentos difíceis ambas se apoiaram. Que frustrada só se perguntava como poderia ser uma mulher completa de negócio com tantos problemas ao seu redor. Que além de seu casamento ser o maior destaque de suas preocupações tinha mais aquilo.

Que assim, agora vendo Maria sentada com Estrela dormindo em seus braços, ela também pensou que Maria estava como ela e até pior já que tentava se levantar da crise que sua empresa havia entrado por conta do incêndio sofrido, mas ainda assim estava ali no hospital como ela e sabe-se até que horas ela já estava naquele lugar.

Que então ela disse sentida.

—Victoria: Maria. Me desculpe não ter vindo antes. Como está Estevão?

Toda elegante, Victoria deixou sua bolsa em um lado e sentou ao lado de Maria. Tocou com carinho nos cabelos da sobrinha que dormia, mas tinha os olhos pregados em Maria, que a respondeu.

—Maria: Estevão está bem, mas Ana Rosa não.

Maria suspirou e Victoria só a olhou confusa por notar o pesar que ela trazia na voz e expressão. Que sabendo das crises de ciúmes que a irmã já teve pela mulher citada, ela disse.

—Victoria: Não entendo. O que tem essa mulher e por que esse pesar, Maria?

O que Victoria só sabia, era que Estevão tinha se envolvido em um tiroteio com seus federais. Que assim Maria a olhou por um momento em silêncio. Sua mente logo trouxe átona as conversas que teve com ela sobre Ana Rosa e tudo agora não passava de fruto de sua imaginação ciumenta e pensar nisso, a fazia se julgar tão perturbada como Estevão quando tinha ciúmes e agia de maneiras que desaprovava.

E podia então até estar aliviada com a verdade de Ana Rosa ter sua sexualidade revelada, se isso não acarretasse em outra revelação, em outra verdade que não estava segurava em como lidar. E ali olhando Victoria nos olhos tampouco sabia o que fazer com aquele segredo que Estevão contou a ela e no final a silenciou pedindo-a um silêncio injusto considerando sua posição no meio deles.

Maria sabia que não havia segredos entre Victoria e ela, tanto que podia recordar que ela tinha revelado antemão sobre a dúvida da paternidade de Maximiliano e agora ela estava com aquele segredo que pesava em sua mente.

—Maria: Victoria eu...

Victoria arqueou uma sobrancelha e viu Maria tentar voltar a falar, mas depois se calar.

Que então assim, ela disse.

—Victoria: O que quer me dizer, Maria?

Em outro lugar do hospital.

Depois de Elisa pedir para ver Ana Rosa no quarto. 20 minutos depois de Heriberto contar como ela estava. Na área de unidade intensiva (UTI), Elisa via Ana Rosa deitada em uma cama, respirando com ajuda dos aparelhos ligado a ela.

O frio do quarto e o silêncio dele, aterrorizava Elisa. Era como que ali não estivesse vida alguma e quem governava era a dona morte. Ela suspirou triste e andou silenciosa até o lado da cama. O tubo na garganta de Ana Rosa era triste de se ver.

Ela então chorou levando a mão na boca coberta por uma máscara hospitalar. Em seguida ela pegou na mão de Ana Rosa. Ela olhou seus dedos cumpridos, mas com unhas curtas. Pensava que ela tinha mãos tão lindas, macias e cuidadas e sorriu entre lágrimas toda boba.

Fechou então sua mão na dela com cuidado e carinho.

Um filme então começou passar na mente de Elisa. Um filme de como tudo começou. Uma noite de balada, uma paquera de repente e então tinha tido sua primeira experiência lésbica e sua vida desde então não tinha sido mais a mesma.

E não era que tinha virado lésbica de repente. Ninguém se torna gay depois de um beijo com alguém do mesmo sexo. Ninguém acorda optando por ser gay. Simplesmente a pessoa nasce nessa condição. E Elisa pensava que levou todos aqueles meses em uma luta para aceitar quem era. Aceitar que fazia parte de uma comunidade não porque escolheu e sim, porque simplesmente era assim.

E Ana Rosa fazia parte de sua história a parte de sua evolução e revolução e agora a estava perdendo sem ter dado ainda uma oportunidade real a elas.

Elisa chorou mais. Ana Rosa não poderia morrer. Não poderia morrer e levar junto com ela sua esperança, sua liberdade, seu amor. A amava e tinha que dar tempo de provar o quanto. Que seria exibindo o amor que sentiam a todos.

—Elisa: Não a leve.

Elisa depois de sussurrar, olhou o teto ilusionando um céu na sua mente.

Ela então acariciou as costas da mão de Ana Rosa e então baixou o corpo até que seus lábios tocaram o meio da testa dela. A mulher imóvel, incapaz de responder a qualquer estimulo nem parecia a mesma mulher durona que ela conhecia.

—Elisa: Fica comigo Ana Rosa. Por favor. Fica comigo. Eu sem você não vou conseguir.

Ela a abraçou agora chorando copiosamente sobre ela.

Alguém então bateu na porta. Ela não ouviu, mas a pessoa entrou e disse baixo.

—X: Desculpe, Elisa. A tia dela chegou então tem que deixar o quarto para que logo ela seja a próxima.

Elisa olhou a jovem enfermeira que a conhecia como filha de Heriberto e logo uma futura médica entre eles.

Que então assim, ela se afastou limpando os olhos e em seguida entregou a capa protetora que vestiu e a máscara, para enfermeira e saiu do quarto com ela. Em todos os meses que conhecia Ana Rosa, nunca soube que ela tinha uma tia.

Ela então revirou os olhos, enquanto seguia a enfermeira. Era lógico que sabia pouco de Ana Rosa. Era sempre ela que falava da família, do quanto eram importantes para ela e ao mesmo tempo a maior desculpa de esconder a relação delas.

Sempre era ela apresentar suas lamurias entre crises, nunca Ana Rosa.

Assim, ela parou no meio do hospital quando viu Heriberto de costa conversando com alguém, ela suspirou apostando que era a tia de Ana Rosa e viu que sim quando ouviu o nome dela. Além do mais era uma senhora bem madura que estava com ele, então sim era a tia de Ana Rosa.

Do outro lado, visando a sala de espera, ela viu Victoria, viu também Estevão e Maria. Seus tios e mãe estavam conversando. E Estevão parecia que ia embora e ela lembrou que nem puderam conversar como ela desejou.

Maria tocava Estevão no rosto, Victoria tinha os braços cruzados, mas tinha uma expressão leve no rosto, do outro lado também tinha Estrela correndo e a babá atrás dela.

Parecia que tudo para eles acabava bem.

Victoria então como se sentisse a presença da filha, se virou e a olhou. Os olhos se cruzaram, e como mãe, Victoria notou de longe que Elisa esteve chorando. Que então assim, ela disse ao casal diante dela.

—Victoria: Eu fico realmente feliz e aliviada que esteja bem, Estevão. Mas agora vou até minha filha Elisa.

Maria ia falar algo, Estevão a olhou e fez um discreto gesto negativo com a cabeça e respondeu Victoria, acreditando na sinceridade dela.

—Estevão: Obrigado Victoria, sei que apesar de nossas desavenças suas palavras são sinceras.

Victoria revirou os olhos rapidamente e respondeu.

—Victoria: Desavenças por sua culpa, devo recordar.

Estevão deu um sorriso sem vontade e rebateu as palavras dela.

—Estevão: Você que fica se metendo onde não é chamada, devo eu sim, lembra-la.

Victoria então riu largamente e ironicamente, antes de responde-lo, dizendo.

—Victoria: Está casado com minha irmã que se eu te ver a fazendo chorar, é claro que te cobrar.

Maria no meio deles foi quem revirou os olhos quando viu que a bandeira branca entre os dois diante dela estava sendo deixada de lado. Que então assim, ela disse.

—Maria: Por favor o dia foi longo, não vamos começar. E Victoria é bom que vá até sua filha. Elisa agora mais que nunca precisa de você.

Victoria olhou atenta Maria. Via a irmã misteriosa demais, ainda mais quando mais de uma vez percebeu que ela desejava falar algo e claramente com ela, mas parecia recuar. E aquela frase então, fez ela fixar mais os olhos e olhar Maria como se tivesse um raio-x nos olhos.

Elisa tinha ido até a recepção e conversava com uma atendente bem perto de onde estava o pai e tentava ouvir a conversa dele com a tia de Ana Rosa.

Heriberto diante da mulher que se apresentou como tia de Ana Rosa, já ia seguir com ela até o outro lado do hospital para que ela se preparasse para visitar a sobrinha.

—Heriberto: Vamos me siga.

A senhora quando Heriberto não lhe tampou mais a visão viu Elisa que se virou rápido, e os olhos se cruzaram. Alba deu um sorriso discreto, e Elisa então voltou a olhar para o lado da enfermeira, muito certa que a tia de Ana Rosa apesar de conhecer ela aquele momento, teve certeza que não era o mesmo com ela. A senhora sabia quem era ela.

Victoria apareceu então tocando o ombro dela o que a fez saltar.

Apesar de ter a mão em um dos ombros de Elisa, os olhos de Victoria olhavam as costas de Heriberto que desaparecia para longe dela e ele nem tinha notado a presença dela ali. Lógico, estava seu posto, estava sendo médico e a presença dela não seria sua prioridade aquele momento. Assim ela se forçou acreditar.

Na Bananal

Quando a tarde já caindo, Frederico chegou em casa. Ele batia as botas no chão na sua entrada e assim que pendurou seu chapéu e chaves do carro, ele ouviu pelas costas dele.

—Candelária: Que bom que chegou, Frederico.

Frederico encarou a senhora com semblante aflito, e disse já de coração acelerado.

—Frederico: O que houve com Cristina?

Na Vila Hermosa

Cristina alisava o ventre, enquanto estava diante de sua recepcionista que trabalhava na clínica dela.

Esperava ela lhe entregar a ficha da condição de um cachorro que havia sido tratado na emergência e não resistido assim horas depois. O que fazia uma senhora histérica não aceitar o luto do seu animalzinho, ocupar e culpar sua equipe responsável. Afinal, para ela realizar seu projeto, precisou gerar empregos como ter mais que um veterinário para trabalhar com ela. Como Ângelo Luiz, que era um profissional calmo e competente que já levava anos em uma área que mesmo ela sendo a chefe dele, ela estava certa que claramente ele era o mais experiente ali.

Assim, senhora de meia idade, atrás dela respirou fundo quando viu Cristina se virar para ela com um papel na mão.

—X: Vocês mataram, meu filho. Dobby era meu filho!

A senhora chorou pegando um lenço do bolso de seu vestido. E Cristina pronta para responde-la, viu Ângelo Luiz aparecer. Que então ela disse.

—Cristina: Graças a Deus você já está aqui, Ângelo Luiz. Agora podemos os 3 sentar e conversar sobre o que houve essa noite no seu atendimento.

Ângelo Luiz assentiu com a cabeça e juntos os 3 caminharam para o outro lugar na clínica.

Toda estrutura da Clínica de Cristina era moderna e bonita. Tinha tudo que precisavam para dar um pronto atendimento aos animais entre internações básicas e cirúrgicas. Que em dois andares, dividas em salas e um canil, ela tinha a estrutura de uma clínica veterinária localizada em uma cidade grande.

O que fazia Cristina se encher de orgulho. Havia adquiro o prédio vazio, precisou apenas de um arquiteto para reformá-lo e então colocou seu projeto para se realizar e pronto.

Frederico estacionou sua caminhonete do outro lado da rua. Quando chegou de frente com a clínica de Cristina, a noite já tinha caído e assim ele suspirou buscando calma.

Ele estava certo que Cristina não era para estar mais ali. Ela não se aguentava nem ficar em pé por muito tempo sozinha e ainda sabia que muitas mulheres acabavam entrando em trabalho de parto antes mesmo dos 9 meses. O que referente a sua Cristina, na sua última consulta o médico os alertou que Maria do Carmo estava mais que pronta para vir ao mundo.

O que o deixou de sangue fervendo em só pensar que a bolsa dela poderia estourar com ela na rua e pior, com ele longe para socorrê-la tão rápido quanto um piscar de olhos.

Assim, ele caminhou de passos firmes. Entrou na clínica e viu a mocinha de pele clara e cabelos morenos que ficava atrás de um balcão, ficar de bochechas coradas ao vê-lo. E o rubor só aumentou, quando ele falou de voz grossa e grave.

—Frederico: Pode chamar minha mulher por favor, Luz?

A jovem assentiu rápido e sumiu da visão de Frederico. E ele então ficou ali, olhando uma televisão plana na parede e algumas cadeiras de espera, tendo só um homem com um gato dentro de sua gaiola.

Assim, enquanto ele esperava agora olhando por onde a recepcionista sumiu. Por trás dele, sentiu duas mãos lhe cobrir os olhos. Ele então tirou rápido e se virou.

Diante dele estava Debora. Ele suspirou nada contente e sem entender o que ela fazia ali, ele disse.

—Frederico: O que faz aqui, Débora?

Já fazia tempo que não a via e de repente temeu receber alguma notícia como que se estava preste a ser um suposto pai de outro filho indesejado e não que aquilo fosse possível com Débora, considerando que não podia nem lembrar quando havia tocado nela uma última vez, mas podia lembrar bem que tinha sido muito antes de descobrir que Cristina sim esperava um filho dele.

O que acontecia era que se sentia um azarado desde que Raquela tinha aparecido com aquela notícia para ele em um momento que vivia bem com Cristina.

Débora então sorriu. Olhou ao redor e dando de ombro, disse.

—Debora: Vim pedir emprego para Cristina. Ouvi dizer que hoje ela estava na clínica e vim.

Frederico a olhou desconfiado, cruzou os braços e a respondeu.

—Frederico: Emprego? Desde de quando você trabalha Débora?

Débora ficou vermelha de raiva pelo comentário, mas quando ia responde-lo, Cristina apareceu.

Ela vinha na frente, logo atrás Ângelo Luiz e a senhora que havia recebido. Agora estava tudo resolvido. Não tinha acontecido nenhum erro no atendimento do cachorro da cliente deles e Cristina acreditava que daquela vez a cliente aceitava.

Que assim que viu Frederico e Debora, ela apertou os passos quase que inutilmente, já que sentia que andava tão devagar quanto uma tartaruga e disse os surpreendendo.

—Cristina: Boa noite.

Ela os mirou nos olhos, enquanto Ângelo Luiz se despedia da senhora.

Que assim, Frederico dando um beijo rápido nela que não havia sido rejeitado, passou o braço em volta de sua cintura mais larga e depois disse.

—Frederico: Débora veio procurar emprego. Mas acredito que aqui não tem nenhum lugar para ela, não é assim Cristina?

Cristina a olhou em silêncio. Primeiro com desconfiança, depois sua mente clareou. O que fez ela se retirar dos braços de Frederico e dizer.

—Cristina: Talvez eu tenha sim. O que sabe fazer, Débora?

Débora sorriu toda animada. Ela era tão jovem quanto Cristina, assim sua jovialidade sempre ficava visível. Que no meio dela, ela disse.

—Débora: Eu sei fazer tudo. Tudo que me mandar fazer eu farei Cristina. E quando eu digo tudo é tudo mesmo.

Ela trocou de olhar entre Frederico e Cristina. E os dois entenderam o que ela dizia e ao mesmo tempo lembraram do passado que tinham e deixaram para trás para serem agora o quem eram e que iam ser, como pais logo mais de um bebê.

Na Capital.

Maria estava no escritório de Estevão. Não estava sozinha, estavam com ela, ele e Estrela que andava e falava mexendo em tudo, enquanto ela tinha uma conversa de adultos com ele.

Que assim, ela bebendo do vinho que colocou em uma taça, disse, enquanto estava sentada no sofá encostado na parede e Estevão tomava seu antibiótico em pé frente a mesa dele.

—Maria: Eu não vou conseguir segurar esse segredo de Victoria, Estevão! Ela deve saber e amparar a filha dela!

Estevão respirou fundo e depois de tomar toda a água que tinha no copo, disse quando a olhou.

—Estevão: Você não pode falar, Maria. Te pedi esse segredo porque só contei porque você estava pensando besteiras.

Maria se levantou do sofá, colocou sua taça na mesinha ao meio da sala e disse, irritada.

—Maria: Ana Rosa tinha passado na frente de uma bala por você, Estevão! O que queria que eu pensasse?

Estevão andou até ela, dizendo.

—Estevão: Que pensasse que ela fez isso por nobreza, por saber que sou pai de dois filhos e uma que fará dois anos em breve e não o que pensou!

Maria deu um riso sem vontade e o respondeu.

—Maria: Claro, porque eu tenho uma bola de cristal, não é Estevão?

Ainda irritada ela virou o rosto e ele passou a mão na cabeça.

Em partes, Estevão entendia a situação de Maria, já que estava na mesma em relação a Heriberto. A diferença era que podia ser mais firme que ela. Que então assim, ele disse alisando os braços dela com carinho.

—Estevão: Olhe para mim, minha querida. Nesse momento só vamos intervir se Elisa nos buscar ou Victoria e até Heriberto. Caso contrário, é eles como pais que terão que entender o que passa com a filha deles.

Maria suspirou o olhando e assentiu calada. Se via de mãos atadas e atadas elas ficariam.

Que assim, depois de se entenderem com o olhar. Eles ouviram a taça de Maria cair. O chão ficou molhado com o líquido da taça e depois, o grito de choro de Estrela que tinha enfiado a mão dentro dela, os fez correr até ela.

Maria pegou ela nos braços vendo que a menina cheirava a vinho, o que fez ela rapidamente deixar o escritório com a filha para dar ela mesma dar banho nela e fazê-la dormir em seguida.

No hospital.

Victoria seguia com Elisa.

Estavam na lanchonete dele. As duas estava uma de frente a outra, enquanto dois copos de sucos fresco estava na frente delas.

Que assim, depois de ouvir que Elisa estava ali porque tinha uma amiga hospitalizada e por isso trazia os olhos tristes, Victoria voltou a questiona-la não convencida das vagas respostas que teve.

—Victoria: Tem certeza que está me dizendo tudo, filha? Sabe que sou muito ocupada, estou com problemas com seu pai e tive com seu irmão, mas também estou aqui para você, filha. É só conversar comigo.

Ela buscou a mão de Elisa por cima da mesa. A jovem assentiu quase sem piscar e a respondeu sem poder mirá-la diretamente nos olhos.

—Elisa: Eu já te disse. É minha amiga que está muito grave e estou abalada, mãe. Mas vai passar.

Elisa se odiou por se ver covarde novamente. Enquanto esteve no quarto com Ana Rosa havia se sentido tão forte e decidida em não mais esconder quem era e o que queria. Mas agora estava ali, mentindo de novo. E era o que mais fazia. Mentia e mentia sobre sua doble vida. Mas era melhor do que se tornar mais um problema na vida dos pais e pior, uma decepção para ambos quando descobrissem que ela gostava de mulheres.

Victoria no seu lugar suspirou, afastou o copo para o lado e disse.

—Victoria: Ainda não me disse quem é essa amiga. Só disse que ela está internada, mas não disse quem era.

Elisa abriu a boca. Daquela vez pensou em dizer o nome. Talvez se dissesse poderia ficar ali sem levantar suspeitas. Afinal, ainda que tivesse demonstrado interesse demais em saber como Ana Roa estava e até pedir para vê-la, estava convencida que o pai tinha acreditado que eram amigas, ainda que podia recordar dos olhos surpresos dele. Assim, faria com a mãe também.

Até que Ana Rosa melhorasse, seriam amigas. Era melhor para todos.

Que então assim, ela disse.

—Elisa: É a Ana Rosa. A que trabalha com meu tio, Estevão mãe. Somos amigas.

Victoria ficou quieta enquanto fazia uso de seu raciocínio. Podia lembrar que Maria ao falar sobre Ana Rosa não tinha mais nenhuma raiva, apenas pesar com sua situação. O que foi sua primeira surpresa e agora aquela. A mesma Ana Rosa era amiga de sua filha? Assim, ela só julgava que algo estava mal contado.

Max serviu para ficar todo o dia com Isabela. Até que cansada, ela adormeceu muito cedo e ele recebeu em casa Heitor e Leonel que passava para visita-los.

Todos os 3 tinham queixas em relações a mulheres. Assim, na sala de Heriberto e Victoria, havia 3 jovens desiludidos quando o assunto era amor. Não que Max julgasse que amava alguém.

Que então assim, ele disse.

—Max: Sabe o que deveríamos fazer?

Heitor virou a última gota de uísque preferido do tio e que ele havia servido, e disse.

—Heitor: Eu não gosto das suas ideias, Max, então nem vem.

Ele relaxou o corpo no sofá jogando as costas e cabeça para trás. Tinha noites maus dormidas e trabalhava demais e tudo porque não deixava de pensar no abandono sofrido por Vivian.

Leonel por sua vez. Não sofria tanto, apenas não entendia que sua relação amistosa com Elisa tinha acabado de um jeito que onde ele chegava ela saia, e não era como que se trombasse sempre. Ele trabalhava muito na delegacia, ficava envolvido no departamento de homicídio tão fascinado que sua vida social sempre ficava em segundo plano como a amorosa também, mas gostava de ter a companhia dela, mas que não tinha mais e o que perturbava era não saber o porquê.

Que assim, não querendo pensar mais no que não teria resposta, ele disse.

—Leonel: Se disser para irmos em alguma festa, eu topo, Maximiliano. Preciso esfriar a cabeça. Sua irmã vai me deixar maluco.

Heitor olhou para Leonel e depois olhou para Max. Pensou que ao menos não tinha certeza se Vivian o deixou por alguém. Em troca Leonel claramente havia sido deixado e não era por um homem. Só que ele não se atreveria dizer e entendia que Max muito menos.

Que então Max se levantando, disse.

—Max: Vou ligar para a senhora Sandoval para que ela venha ficar com a filhinha dela e então vamos curtir a noite.

Ele pegou o telefone da casa e começou a discar um número.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.