Brenda

- O que é fedelho? - perguntei - E trolha? E um Verdugo? Você ainda não me explicou...


Ele suspira, mas dessa vez ele me explica:


- Trolho, fedelho, mértila, plong, novato... são gírias da Clareira. E um Verdugo...


Um barulho horrivelmente alto tomou a Clareira, o chão começou a tremer e os muros de pedra começaram a se mover, fechando as quatro "portas" do labirinto.


Estava prestes a interrogar Newt quando ele me olha com uma cara de "já te explico". Quando o barulho parou, ele me disse:


- Vem comigo.


Ele me levou até uma parede coberta de hera, atrás dela havia uma janelinha de vidro bem escondida.


- Olhe - ele apenas disse.


Me aproximei do vidro e observei. De início não vi nada, então uma criatura horrível apareceu, ela era meio animal, meio máquina, com dentes afiados, braços mecânicos e um corpo gosmento. Me afastei horrorizada.


- Isto é um Verdugo. O motivo de não podermos sair daqui. Por isso as portas se fecham toda noite, para impedir que aquilo nos mate. Poucas pessoas enfrentaram um desses e sobreviveram para contar.


- E alguém já sobreviveu há aquilo?


- Sim, apenas nosso super Tommy, e seu fiel escudeiro Minho. Eles passaram a noite lá, Alby estava com eles, mas estava desacordado e pendurado na hera, então não lembra de muita coisa.


Estou boquiaberta depois dessa.


- Vamos jantar - ele diz isso pensando que vou conseguir comer algo depois de tudo o que vi. E ouvi também.


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Após o jantar, Newt me mostrou aonde eu iria dormir. Desabei no meu saco de dormir e apaguei.


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Acordei com alguém me cutucando, era um garoto de cabelos escuros e olhos castanhos, ele disse:


- Acorda dorminhoca!


- Quem é você?


- Meu nome é Thomas.


- Você é o "super Tommy"?


- Foi o Newt que mostrou o lugar pra você, não é? - ele riu - Vem, você precisa tomar café da manhã.


Ele me ajudou a levantar e fomos até o refeitório.


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Depois do café, Newt veio falar comigo.


- Preparada para o primeiro dia, novata?


- No que eu vou trabalhar?


- No Sangradouro.