Confusões, Confissões e Paixões!

Não podia, não deveria... Ser verdade


P.O.V CAIO ON:

_ E então? – esperava por uma resposta da morena em minha frente. Ela começara o assunto e do nada se calou. Ela me encarou de olhos arregalados e balançou a cabeça.

_ Nada... Não era nada! – respondera sem um pingo de confiança e pegara seu celular na bolsa. Sorri pelo seu nervoso, me aproximei e segurei sua mão com o celular.

_ É sobre a noite do desafio... – quem não notara que desde aquele dia, tudo havia mudado?! Ela estava realmente estranha. E agora bem nervosa, me encarava com seus olhos arregalados.

_ É... – suspiro. Afastou-se e sentou-se sobre minha cama. _ É que não sei você, mas... Creio que as coisas mudaram entre nós. Sinto-me como se aquela noite, bem... Sinto que ela foi mais que desafio ou estou realmente louca, e... – a interrompera com um simples beijo. Minhas mãos agarrara aquela cintura fina e sua boca era tomada pela minha. Senti meu pescoço ser envolvido devagar e sua língua se entregar de vez á minha.

_ Você não está louca... – balbuciei com dificuldade por falta de folego. Ela sorriu de olhos fechados e voltou a me beijar. Estávamos loucos em não ter feito isso antes.

P.O.V CAIO OFF:

P.O.V LUCY ON:

Cara foi muito difícil de sair dessa enrascada. Já não basta a loira saber de tudo...

FLASH ON:

_ Não... Por que eu esperaria por ele? – respondi nervosa encarando todos os cantos possíveis menos os olhos do Logan.

_ Por que ele pararia aqui? – o mesmo rebateu. Pensei no que responderia, mais nada vinha em mente.

_ Será por que aqui é a saída do colégio e eu vi dois alunos ainda no colégio quando já deveriam estar em casa?! – os olhos hipnotizantes, respondeu e o moreno o encarou meio estranho, parecia não acreditar em uma só palavra, mas fazia sentindo.

_ Acho que só devemos satisfações a um professor enquanto estiver na sala de aula. – o Simpson rebateu grosso e eu engoli em seco.

_ Negativo. Enquanto estiverem no colégio. E como podem ver, ainda estamos no colégio. – Ian respondeu calmo e apontou para os portões que dividiam o colégio da rua.

_ Já estávamos de saída, professor... – eu me intrometi, evitando mais grosserias e respostas mal dadas. Puxei pelo braço do Logan e o levei até o estacionamento. _ Já que insiste em me levar... – adentrei seu carro. _ Vamos logo! – conclui. Ele sem entender porra nenhuma adentrou o mesmo e deu partida.

FLASH OFF:

_ Sabe que não entendi absolutamente nada, não sabe?! – sua voz era de aflita para irônica. Seus olhos me encaravam e eu notei que já estávamos em frente a minha casa.

_ E nem precisa... – miseras palavras e me retirei do veiculo. Ele veio logo atrás e segurou a droga do meu braço. Virei-me o encarando, ele estava próximo demais.

_ Quanto tempo eu não fico perto de você, não te toco... – ele disse com sua outra mão acariciando meu rosto. Eu tentava sair, mais ele era forte e muito.

_ Não faz muito tempo assim... – rebati ainda na tentativa de me soltar. Tentativa inútil. Ele se aproximara mais o bastante para sentir sua respiração. _ Até amanhã, Simpson! – tentei alerta-lo de que queria entrar.

_ Um beijo de despedida... – sua boca agora se aproximara muito, muito mesmo. O nervoso agora tomara conta de mim, eu não sentia mais desejo em beija-lo ou talvez estivesse só possuída pelo medo.

_ Ela disse “até amanha”... – a voz do Pietro soou ao fundo e logo depois vi o Logan se afastar segurado pela gola. Meu irmão daria um murro nele se eu não o impedisse e o puxasse para dentro. _ Eu poderia deformar aquele narizinho empinado dele... – ele estava realmente com raiva.

_ Isso tudo ai não é só por causa de agora é? – perguntei já imaginando a resposta. Ele suspirou e caminhou até o quarto. Ele não fugiria de mim, o segui até o mesmo.

_ Selena me contou o que aconteceu... – ele respondeu enquanto tirava sua jaqueta e jogava sobre a cama. _ Ele é um covarde! – agora se despia dos coturnos e os deixava ali mesmo debaixo da cama.

_ Como se ela fosse umas das melhores... – sussurrei.

_ Qual foi? Vai defender ele agora? Eu pensei que vocês duas tinham começado se dar bem! – alternância de voz, eu odeio.

_ Talvez se ela tivesse um pouco de vergonha na cara. Do que adianta, se hoje ela estava rindo aos prantos com ele?! – respondi e o Pietro se despiu da blusa, me encarou meio “era de se imaginar” e deu de ombros.

_ Há sempre a ovelha negra na família! – sussurrou.

_ Sempre achei que fosse você ou eu... – ele não gostou muito do “você”. _ Tipo, você sempre foi dos contras aqui e eu sempre fui a menos apoiada. – expliquei antes de ser julgada pelo mesmo.

_ Pois é minha cara. Somos as ovelhas mais raras! – rebateu.

_ Espera... – interrompi-o. Ele se despiria da calça em minha frente, cadê o respeito Hudson?! Neguei com a cabeça e me retirei do quarto rindo. Ele não tinha um grão de juízo.

***

Maldita janela que sempre me esqueço de fechar. O sol sempre passava por ela e esquentava meu rosto. Sem contar o barulho inconsciente que adentrava. Olhei na tela do celular...

“Há sempre dias melhores! Que hoje seja um deles.” IAN.

Eu espero que sim. Exatamente seis e meia da manhã. Corri para o banheiro e tomei um banho de pé à cabeça, eu enxuguei os cabelos e corri para o armário, procurei uma roupa e vesti. Calcei meus coturnos, peguei meu celular e bolsa...

_ Cadê o papai e a mamãe? – logo notei a ausência deles á mesa. Sempre ocupavam a cabeceira de cada ponta da mesma.

_ Livres desse manicômio... – a entojada respondeu irônica enquanto levava á boca um pedaço de maça. Revirei os olhos e encarei o Pietro.

_ Viajem de ultima hora... – respondeu o garoto. _ Vou logo avisando, minha casa, minhas regras... – me deixa rir para não chorar.

_ Nossa casa... – dessa vez eu concordara com a imbecil.

_ Eu sei... É que sempre tive vontade de dizer isso. – revirei os olhos com sua imaturidade. _ Mais como sou mais velho e maior de idade, eles me deixaram como autoridade. – concluiu e eu decidi nem me sentar-se à mesa. Simplesmente virei-me e sai.

***

How can I decide what's right?

When you're clouding up my mind

Can't win your losing fight all the time

Not going to ever own what's mine

When you're always taking sides

You won’t take away my pride

No not this time

Not this time

How did we get here?

I used to know you so well

How did we get here?

Well, I think I know

The truth is hiding in your eyes

And its hanging on your tongue

Just boiling in my blood

But you think that I can't see

What kind of man that you are

If you're a man at all

Well, I will figure this one out on my own

(I'm screaming "I love you so"

But my thoughts you can't decode)

Como eu posso decidir o que é certo?

Quando você está confundindo minha mente

Não consigo ganhar sua luta perdida todo tempo

Eu nunca vou possuir o que é meu

Quando você sempre está tomando partido

Você não tomará meu orgulho

Não, não desta vez.

Não desta vez

Como chegamos aqui?

Eu costumava te conhecer tão bem

Como chegamos aqui?

Bem, eu acho que sei.

A verdade está escondida nos seus olhos

E está pendurada na sua língua

Apenas fervendo no meu sangue

Mas você acha que eu não consigo ver

Que tipo de homem você é

Se você é um homem, afinal de contas.

Bem, Eu vou entender por conta própria.

(Eu estou gritando “Eu te amo tanto”, mas meus pensamentos).

(Você não pode decodificar)

Era ao som de Decode “Paramore” que eu seguia o caminho dentro do carro dos Benson. Não estava muito a fim de papo, via suas bocas se movimentando enquanto falavam e ria mais eu não ouvia nada, meus fones eram bem altos. A mão da morena se dirigiu até mim e arrancou meus fones, protestei mais ele nem ligou.

_ Está ficando maluca ou está fazendo curso?! – literalmente irritada. Odeio quando estou no ritmo e me tiram dele.

_ Você que está em não me escutar... – ela respondera sorrindo e eu desliguei a musica que ainda tocava. _ Quando chegarmos eu falo! – então para que porra ela tirara meus fones. Só faltava ser loira.

Quando descemos do carro, encarei o veiculo preto parando logo em seguida e dele descendo o Ian, o dono do par de olhos hipnotizantes. Disfarcei a vontade de olha-lo e agarra-lo e me encostei-me ao capô do carro enquanto a Benson tirava algo de dentro do porta-malas.

_ Para que diabos você trouxe essa mala? – perguntei assim que a vi segurando uma mala cheia, bem cheia.

_ Vamos entrar para o time de torcidas... – boca aberta e pensamento conturbado.

_ Como assim “vamos entrar”? – perguntei enquanto ela sorrira.

_ Eu, você e as meninas vamos ser as lideres de torcida do time! – ela respondeu e eu ainda não entendia nada.

_ Por que isso agora? E... Nem sabe se eu quero isso! – respondi meio irritada. Mania de me colocar onde não deve.

_ É simples. Os gatos mais gatos do colégio são do time, as lideres de torcidas são populares e... Você vai querer, nem que seja obrigada! – seu olhar era de sapeca há uma diaba. Suspirei irritada e tentei fazer daquilo um pesadelo.

***

Perdia meu tempo observando as entojadas “Ashley, Blair e Selena” tentando humilhar a morena e as outras meninas. Bocejava e revirava os olhos até vê que a Emily era boa nisso. E até ela me encarar e me fuzilar mentalmente por não estar ajudando.

Eu só pagaria mico ali. Emily fazia os passos e eu tinha que repeti ao som de grito de guerra do time. Até era fácil, mais faltava-me vontade em me esforçar. Fiz pela Emily e dei o melhor de mim. Quando finalmente acabou eu estava um farrapo de cansada e uma laranjada de suada.

Sai do vestiário feminino, tomada banho e cheirosinha. Meu corpo pedia cama e mais cama. Agora seria aula de espanhol, pelo menos seriam os olhos azuis do meu galã. Adentrei a sala um trapo e encarei a mesma vazia, só estava lá ele...

_ O que aconteceu contigo? – sua feição era de preocupação. Bocejei e me sentei na carteira de sempre.

_ Não tenho costume em dá rodopios e saltos... – respondi apoiando a cabeça sobre as mãos e fechando os olhos.

_ Líder de torcida... – ele disse sorrindo sarcástico. Continuei de olhos fechados e sorri sem animo.

_ Culpa da Emily... Ela me põe em cada uma, que só Deus! – respondi bem lerda. O sono e cansaço me abatiam.

_ Sua melhor amiga... – isso soou sarcástico, irônico e grosso. Deitei a cabeça sobre a carteira e me deixei levar pelo cansaço. _ Desse jeito não vai pôde ficar na minha aula. – sério?! DROGA!

_ Tudo bem... Eu vou descansar um pouco no ginásio. – respondi me levantando feito zumbi. Eu estava literalmente morta. Senti sua mão tocar meu braço e logo depois ser puxado. Aproximação demais para um aluno e professor em sala de aula. Sua boca tocou a minha, bem rápido e logo depois vi seu sorriso. Ele era louco.

***

Que barulho incomodativo... Insuportável. O som da sirene policial explodiam meus tímpanos. Espera ai... Policia?! Corri para fora do ginásio e encarei os olhos azuis sendo levado algemado para dentro do veiculo escuro. Ele me vira e sussurrara algo, não entendia. Meus olhos se enchiam de lagrimas e minha respiração falhava. Eu correria até ele, se os garotos não me segurassem...

_ Vocês dois já causaram problemas demais um ao outro, não acha?! – a voz perturbante do Luca invadiu meus ouvidos e me estremeceu. O encarei desesperada e me afoguei em seu peito.

_ Todos já sabem... Lucy. Seu caso com o professor vazou... – como isso pôde acontecer?! Não... não poderia ser verdade...