Confia em Mim?

Estou me Sacrificando... Só por você! (part.2)


-Tom? Tom acorda! – Oh mein gott, eu estava a voz de um anjo! Abri um pouco os olhos e só consegui ver a cor vermelha. Qualé, Bill tava usando um terno vermelho? Que coisa brega, isso só no carnaval de Pernambuco, lá no Brasil! Sim, eu sou bom em geografia. Em alguma coisa eu tenho que ser bom? Hum? – Tom? Tá se sentindo bem?


-Tô sim. –Abri os olhos e levantei. Limpei os olhos, para ver se eu tava vendo bem.

OH MEIN GOTT!


Bill não estava com nenhum terno vermelho, mas sim um vestido vermelho.

Um belo vestido vermelho tomara-que-caia de cetim, com uma fita vermelha na cintura, fazendo um enorme laço atrás. Seus cabelos totalmente pretos estavam ondulados em grandes cachos até os ombros e seus lábios... Seus lábios carnudos estavam cuidadosamente pintados de um vermelho sangue bem chamativo, junto com sua maquiagem preta, realçando seus olhos cor de mel. Seu vestido era curto, então suas longas pernas estavam à mostra com uma meia calça preta arrastão e nos pés um salto alto que parecia uma bota curta, com um zíper no centro.

Minha boca se escancarou.

-Tom? –Bill falou, corando com o meu olhar. SE PINTA LOGO DE VERMELHO!

-Desculpa é que... Bill é você mesmo? –Perguntei baixinho, levantando de cama e ficando na frente dele. Cara, ele tava enorme! Uma cabeça maior que eu.

Ele soltou uma risada insegura e olhou pra baixo.

-Eu expliquei pra mamãe o que aconteceu e... Ela disse pra eu ir vestido assim. –Ele admitiu, ainda olhando para baixo.

-Ela não ficou zangada? –Perguntei, incrédulo –Nem um pouquinho?


-Claro que ela ficou! Mas... –Nessa hora, eu jurou que ele virou um tomatinho, pois é assim quando ele fica quando está muito envergonhado ou criando coragem para dizer alguma coisa.

-Hum? –Perguntei curioso.

-Eu estou fazendo isso por você, por você eu enfrentei a mamãe e vou ter que enfrentar mais de 300 pessoas naquele baile. É o mínimo que posso fazer por tudo que você fez por mim.- Ele deu um sorriso, orgulhoso de si mesmo.

-Bill, eu...


-Sabe, Tom, você tinha todos os motivos para me ignorar e me odiar, achar que sou uma pedra no seu sapato por mamãe sempre pedir pra você cuidar de mim na escola e eu ser um lerdo que não sabe fazer nada, além de estudar... – Ele olhou dentro dos meus olhos, quase na minha alma. – Mas você tem orgulho de mim, sempre me incentivou a tudo, sempre me protegeu... Eu sei que se a mamãe não pedisse você não me deixaria mesmo assim. Por isso, Tom... Eu te amo e tenho orgulho de você.


Ele me abraçou ternamente, afundando minha cabeça em seu pescoço. Ficamos ali parados por um bom tempo, eu ouvindo seu coração que falhava toda vez que eu o apertava contra o meu corpo. Parecia que ele se assustava com o meu toque. Estranho, ele era muito inseguro, mas comigo ele nunca se censurou. Será que eu tinha feito alguma coisa errada?

-Eu também te amo, Bill Kaulitz. – Sussurrei em seu ouvido, carinhosamente. Ouvi sua respiração falhar e logo após ele soltou um longo suspiro satisfeito.

-Bill, Damiam chegou! –Minha mãe gritou da sala. AQUELA PESTE SEMPRE CHEGA NA HORA ERRADA! Ò.Ó Bill estava tão quentinho, tão mordível ali nos meus braços...

-Acho que preciso ir. –Ele sussurrou. Sua voz era até animada.

-Eu não quero que vá. – Murmurei sem pensar, o apertando ainda mais no meu corpo. – Esqueça isso, Bill, eu não ligo de levar mais uma surra... –Ele saiu do meu abraço, pegando meu rosto com as duas mãos.

-Hey! Eu não vou ficar, eu vou lá e tentar me divertir, assim como você, hum? Terá muitas... Meninas bonitas lá. –Ele parecia relutante ao dizer sobre as meninas... Ah, ciúmes de irmão! Eu acho...

-Eu vou lá... Só por você. –Murmurei com os olhos marejados. –Espero que se divirta.


-Eu vou tentar.


Então ele me deu um selinho demorado. Foi a vez do meu coração falhar e minhas mãos suarem, meus pelos se eriçarem e todo o meu sangue ir para o meu rosto. Esses sintomas eram tão incomuns no meu corpo que eu estranhei senti-los só por causa dos lábios de Bill. PÔ, ele sempre fez isso e eu nunca senti nada.

Além do mais, uma nova sensação agitava o meu estômago, mas isso eu não posso descrever, era bastante estranho pra mim, mas era gostoso de sentir, parecia um sentimento. Um novo sentimento.

Bill acenou para mim, e saiu do quarto, partindo com Damiam.

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5- Como pode isso acontecer?


Toda a festa estava super animada. A pegação também, claro! A Leslie com o John, o Matt com a Carol, o Cory e a Minette... What? WHAT? Até a Minette tava lá! É, aquela festa ia ficar no papo por uns bons tempos.

Fui e peguei uma bebida, mas bem leve, eu não queria ficar nem um pouco bêbado. Tinha que ficar de olho no Bill.

Ah! Achei-o na porta da festa, com Damiam conversando com os influentes da escola. Aff, bando de merda. Bill abriu um sorriso encantador para Damiam, que o segurou para perto de si, chegando seus lábios perto da orelha de Bill, que deu um sorriso, corando violentamente.

Então é isso? Ele tava gostando de ser abusado? AH, EU JÁ CITEI QUE O BILL É MUITO SEM NOÇÃO? Acho que sim, mas só lembrando.

Tudo bem, já que o Bill estava se divertindo, por que eu não iria me divertir? Vi uma loira de olhos escuros dando sopa do outro lado do salão, Me apressei para me apresentar.

-Oi! – Falei com o melhor sorriso que eu tinha, Parece que ela gostou.

-Tom Kaulitz, hum? – Ela perguntou, maliciosa.

-Sim. –Pisquei e ela me puxou para um beijo.

WOW! Tudo bem, os lábios dela eram macios, carnudos, mas nada se compara com o do B... What? Porque eu pensei isso?

-Você é bom...- Ele sussurrou, mordendo o lábio inferior. – Que tal ali no banheiro?


Que menina oferecida! Eu não estava nem um pouco afim de fuder ninguém, eu tinha um propósito ali.

-Que tal uma dança? – Perguntei, segurando suas mãos com um sorriso manhoso.

Ela não disse nada, me puxou para o meio da pista, dançando sensualmente, eu a segui, tentando acompanhar o ritmo.

De repente, tocou uma música romântica e a loira que eu nem sabia o nome me puxou para um abraço, colocando a cabeça em meu ombro. Permiti-me tocar sua cintura.

Ficamos ali no embalo da música, quase não nos mexíamos, também, eu não sentia nada por aquela fulana que tava abraçada comigo. Não tinha graça.

Fechei os olhos e tentei pensar em outra coisa agradável, mas aquele balanço estava me deixando enjoado.

-Eu te amo, Tom. –Ela levantou a cabeça e... Onde estava a menina loira?

Não era mais a mesma pessoa. Aquele olhos, aqueles cabelos ondulados e negros, aquela boca carnuda vermelha

-Promete nunca me abandonar? – Bill falou com um sorriso brincalhão, mas apaixonado ao mesmo tempo. Bill? Como ele foi parar ali?

-Bill... –Sussurrei, tocando seu rosto com uma das mãos. Foi então que recebi uma belo de um tapa na cara.

A menina loira tinha voltado, ela parecia preocupada.

-Hey, Tom! Qual é o problema? - Ela perguntou, me chacoalhando um pouco. –Você está bem?


-Eu... –Sussurrei desnorteado, Estava delirando ou o que? Pelo Bill? –Estou bem.


Ela me fitou desconfiada, seu semblante não era mais sedutor e sim amigável.

-Acho melhor você tomar um ar, qualquer coisa me procura. –Ela deu uma piscadela e um sorriso brincalhão. – Meu nome é Frida.


Ela parecia ser uma boa pessoa, mas eu precisava mesmo de ar. Saí do salão e fui para o fundo do grande jardim, sentando em um dos grandes bancos. Senti que não estava sozinho.

-Uuuh, Aaah!... I-isso... –Ambas as vozes estavam ofegantes e não me eram estranhas, na verdade, parecia bastante com a do... NÃO PODE SER!

Segui rapidamente os gemidos, vendo a cena mais horrenda da minha vida.

Damiam segurava Bill no colo, ambos estavam colados em um beijo selvagem, o qual podia ouvir os estalos de longe e as línguas brincarem desesperadamente. As pernas de Bill rodeavam o quadril de Damiam, o mesmo o segurava pelas nádegas, com uma das mãos dentro do vestido dele. Bill agarrava os cabelos de Damiam desesperadamente. Agora eu podia ver todo o seu batom borrado, manchando os cantos de sua boca e toda a extensão de seu pescoço.

Damiam lambia com vontade o pescoço de Bill, enquanto mexia sua mão dentro do vestido dele.

Eu...

Eu estava morto, estava triste, com raiva e por mais que seja estranho, feliz.

Triste porque... Eu não queria que o Bill se metesse com ninguém, sempre fui muito obsessivo com ele, e... Eu estava me sentido traído.

Com raiva, pois eu sabia que o Damiam não queria nada sério com o Bill e provavelmente ele iria magoá-lo em breve.

Feliz porque... Meu irmão realmente tinha crescido e se tornado com menino tão sexy. Juro que fiquei meio excitado ao ver aquela cena. Sei que é errado, mas meu irmão estava ficando tão belo... Senti uma pontinha de inveja.

Ou atração?