Os dias passaram e as coisas permaneciam iguais. Pelo menos no que toca á minha vida.
Os planos para o casamento de Alice, contrariamente ao que eu previa, estavam a todo o vapor. Dentro de um mês, mais coisa menos coisa, a minha irmã ia-se casar.
Okay... na realidade esta era a única mudança que havia! De resto a vida avançava naturalmente. O meu filho já falava mais coisas do que mamã e papá, de momento estava na fase do "não" ou "si"(leia-se sim) que se seguiu á fase do "meu".
As coisas na loja corriam muito bem, tínhamos cada vez mais clientes, cada vez mais trabalho e começávamos a ganhar cada vez mais território no mundo da moda. As coisas no trabalho de Edward também corriam bem, ele também tinha mais trabalho agora que tinha aceitado se advogado num divórcio um bocado controversa, pelo menos era o que vinha na revista. Dois grandes atores, uma grande fortuna r nenhum dos dois queria abdicar de alguma parte do dinheiro.
–Eu não percebo estas pessoas...- disse Edward colocando o computador de lado.
– O quê?- perguntei pondo o meu livro de lado e encarando-o sem muita vontade. É complicado quando o teu namorado/ noivo/o que lhe quiserem chamar insiste em levar trabalho para o VOSSO quarto. Eu até que compreendo que ele o leve para casa, a muito custo diga-se de passagem, mas agora levá-lo para um sítio que devia ser de relaxamento, descanso, um espaço só nosso que deveríamos usar para outras coisas que não relatórios e testemunhos e não sei mais o que, é algo que me chateia solenemente.
–Estas pessoas! Quer dizer casam-se e na altura gostam muito um do outro, nem fazem nenhum acordo nem nada, tanto que é o amor. E agora querem que eu e as outras pessoas façamos milagres e fiquem com tudo o que têm! Eu não percebo...
–Pois é complicado... - disse eu querendo encerrar o assunto. Divórcios não eram o meu tema favorito ainda mais porque representavam no meu caso o fim de algo que ainda nem tinha começado. - Quem te ouvir falar até parece que não acreditas no amor...
–Obviamente que acredito! Só não aceito que duas pessoas que se diziam amar tanto possam ser tão gananciosas uma com a outra.
–As coisa mudam, os sentimentos não são exeção.- disse eu.
– O que é que isso quer dizer?
– Quer dizer aquilo que eu disse... Acho que passei muito bem a mensagem, é uma frase clara.
– Mas... estavas a falar de ti? De nós?
–NÃO! claro que não Edward, estava só a dizer a verdade não era para nenhuma situação específica.
–Ahhh... assustaste-me por uns segundos princesa. Tens andado tão distante de mim...- sussurrou esta última frase.
–Não sou eu que tenho andado distante Edward- disse-lhe deitando-me e desligando a luz do candeeiro da minha mesa de cabeceira. Não queria ter aquela conversa, não outra vez.
–Bella, amor… tu sabes que eu te amo não é? Desculpa se ando um pouco atarefado, mas vai ser só durante mais algum tempo. Eu prometo que quando encerrar isto vou dedicar-te todo o meu tempo livre.
Edward esperou pela minha resposta que não chegou, eu sabia que ele não fazia por mal. Também ele se deitou e desligou a luz, encostou-se a mim, e eu repousei a minha cabeça no seu peito, como se ele fosse a minha almofada.
–Edward... - sussurrei passados alguns segundos.
–Sim?- respondeu ele também num sussurro.
– Tu ainda queres... tu sabes… casar comigo? - perguntei um bocado engasgada.
–Claro que sim! Porque tu já não queres?
– Claro que quero. É só que tu nunca mais falaste nisso, nem mesmo com o casamento da Alice. Sabes, eu achei que pudesses comentar algo mas… tu nunca mais disseste nada.
– Tu também não. – disse ele, e suspirou. – eu continuo a querer casar-me contigo, só acho que este não é o momento. Eu estou cheio de trabalho, tu estás cheia de trabalho e o Anthony ainda é pequeno.
– Eu só queria saber se ainda era algo em que tu pensavas.
– Claro que é! Tu hás- de ser a minha mulher, só tens de me aguentar como noivo mais algum tempo achas que consegues?
– Vai ser difícil… mas acho que sim- disse e ele abraçou-me.
– Eu amo-te Bella, e nada vai mudar isso.
– Também te amo Edward- disse eu, e os seus lábios cobriram os meus, as suas mãos apoderaram-se da camisola do meu pijama… a noite ia ser longa.