Como roubar teu beijo

Beije e corra... ou morra


Sir Hellsing tinha o costume de realizar exercícios militares e treinos de tiro uma vez por mês.

“Treinamento militar é preciso!” Usava como resposta quando questionada, ou talvez, isso tudo era só uma desculpa para fugir de trás da mesa de seu escritório.

Normalmente realizava tais exercícios no período vespertino, no último sábado do mês e os terminava bem a tempo do chá, porém, neste mês, seu treino de tiro teve de ser substituído por um encontro aristocrático na mansão de um dos cães da Rainha. Com medo de se esquecer de como se atira com uma pistola, ou talvez com tédio de um objeto de mogno no segundo andar da mansão, não quis esperar pelo domingo e achou apropriado praticar a noite.

Mandou acender todas as luzes do campo de tiro, ordem cumprida, Walter lhe entregou uma pistola preta perfeitamente carregada. Arma entregue o mordomo se retirou depois de uma suave reverencia.

Disparou dói tiros trinta segundos depois de o alvo aparecer.

“Em trinta segundo já poderia ter sido morta, minha mestra” Uma figura conhecida descolou do chão.

“Um humano míope precisa de tempo para mirar perfeitamente” Retrucou empinando o nariz.

“Mas não atirou perfeitamente” riu cínico “Acertou a lateral vermelha” apontou para o alvo que se aproximava “Deve acertar o centro preto”

Ela apenas o ignorou se preparando para o próximo alvo. Atirou.

“Ganhou três segundos, mas não acertou” O vampiro provocou vendo o alvo se aproximar.

“É claro que acertei”

“Acertou o circulo preto, mas não em seu centro” Gesticulava como se desse aula de geometria “O tiro perfeito é no centro da circunferência”

Integra apertou a arma se segurando para não apontá-la para o centro da cara de seu servo. Rangeu os dentes enquanto o insultava mentalmente.

“O alvo já apareceu” Alucard disse com os olhos fechados, como se ela fosse cega.

A mulher ergueu o braço e atirou. Dessa vez errou o alvo completamente.

“Minha mestra está pensando muito antes de atirar” provocou.

“Vou atirar em você se continuar” mirou outra vez.

“Tente relaxar antes de atirar”

Acertou a parte vermelha envolta do centro negro.

“Errou” lamentou mais uma vez.

“Acertei a cabeça, é o que importa” vociferou.

“Você tem que relaxar para ter a mira perfeita” opinou sem lhe ser pedido.

Integra apenas rangeu os dentes ainda mais, com cada vez mais ódio ergueu o braço.

“Você não está relaxando”

“Como posso relaxar com você por perto!?” agarrou a camisa do mais alto com a mão livre. Franzia a testa com o sorriso vitorioso do servo indisciplinado.

“Assim” Ele aproveitou-se da aproximação para selar-lhe os lábios quentes com os seus frios.

O beijo durou tempo o suficiente para a aparição do alvo seguinte. Outro tiro foi dado, o Alvo estava intacto ao contrário da camisa do vampiro tingida de sangue impuro. Integra o acertou por debaixo do queixo, separando os lábios de vagar.

“Acertei agora?”