POV. Carollyn Barton

Em comemoração a volta da nossa amizade, Caroline e eu fizemos o mais normal para Conjuradores das Trevas: Espalhamos nosso brilho pelo mundo e ouvimos a música tema da nossa amizade – We R Who We R, da Ke$ha.

A vida em Hogwarts ficou perfeitamente feliz após a saída da Maçã. Aquela biscate frutífera... Ela não é digna de Pigfarts! Tomara que Rumbleroar a mate!

A primeira aula do dia era Poções, com os grifinórios, aqueles chapados. No café da manhã, encontrei uma Caroline quase caindo de sono.

- O que foi, ruiva? – perguntei cutucando-lhe o ombro.

- Culpa do Esquina – suspirou Carol – Ele ficou a noite toda cantando pela Torre da Corvinal, e ele canta tão mal! Eu até peguei minha meia de manteiga, mas ele não calou a boca! Ele cantava e ficava rindo feito o retardado que ele é. Acho que vou dormir na aula de História da Magia...

- Ele pode estar com a Gripe Sorrina – disse Hermione saindo do além – Uma doença muito séria. A pessoa fica cantando e rindo sem parar até explodir. Sabe o Nick Quase-Sem-Cabeça? – assentimos – Ele morreu de Gripe Sorrina, riu tanto em vida que a cabeça dele caiu pela metade.

- Sinistro – falei – Mas Michael não pode assim tão ruim, pode?

Nesse momento, Michael entrou, apontou para Caroline e começou a cantar:

I am in misery there ain't nobody who can comfort me

Oh yeah

Why won't you answer me? The silence is slowly killing me

Oh yeah

Girl you really got me bad, you really got me bad

I'm gonna get you back, I'm gonna get you back

Your salty skin and how it mixes in with mine

The way it feels to be completely intertwined

Not that I didn't care, it's that I didn't know

It's not what I didn't feel, it's what I didn't show

So let me be and I'll set you free

I am in misery there ain't nobody who can comfort me

Oh yeah

Why won't you answer me? The silence is slowly killing me

Oh yeah

Girl you really got me bad, you really got me bad

I'm gonna get you back, I'm gonna get you back

Caroline gritou irritada e saiu pisando duro para a mesa da Corvinal. Michael começou a gargalhar.

- Viu? A cabeça dele vai explodir uma hora ou outra – disse Hermione indo para a mesa da Grifinória.

Andei até Esquina, segurei-lhe pelo ombro e dei-lhe dois tapas na cara.

- Volta ao normal, seu nerd esquisitão – mais um tapa – Pare de cantar! Caroline está quase te jogando da Torre de Astronomia!

- Ela tem inveja da minha potência musical! – exclamou Michael – Porque ela é uma trouble troublemaker yeah, that's her middle name, oh oh oh... I know you're no good but you're stuck in my brain. And I wanna know...

Dei-lhe outro tapa na cara.

- Chega de Olly Murs! – gritei. Respirei fundo e disse com a voz de Sirena – Você não está mais com a Gripe Sorrina, pode voltar a ser o meu futuro cunhado por consideração.

Ele assentiu, balançou a cabeça e foi andando normalmente até a mesa da Corvinal. Mais uma crise resolvida por Carollyn Barton, UH! QUEM É O VINGADOR AGORA, GAVIÃO ARQUEIRO, HRUM?

Depois do café da manhã, fui para as masmorras com Doninha para assistir a aula de Poções.

- Abram na página 349 – disse Snape mal humorado como sempre – E façam esta poção. Quem me interromper enquanto escuto Lana Del Rey, vai conhecer o significado de Born To Die. Oh, sim, antes que eu me esqueça: Menos vinte pontos da Grifinória.

Minha dupla foi adivinha quem? A Doninha! Eu queria fazer dupla com o Engraçadinho Que Vem do Além, mas ele ficou com o Neville. Eu não estava particularmente interessada na poção, só acordei quando Draco me cutucou.

- Me passe a beladona, Barton – mandou ele. Affs, quem ele pensa que é para mandar em mim?

Peguei o primeiro frasco que vi na minha frente, destampei e coloquei na poção enquanto Draco estava de costas pegando outro ingrediente. Ah, que saco fazer poções. Tenho cara de Ana Maria Braga?

* * *

Quinze minutos depois...

- Hum... Patética – dizia Snape andando por entre as mesas e olhando as poções – Inútil. Ridícula. Grotesca. Trágica, mas eu não esperaria nada menos de você, Longbottom. Sei que você copiou do livro, Granger. Ah. Muito bem, Draco – Snape olhou nossa poção – Ótima.

- Obrigado, professor – respondeu Draco.

- Eu também ajudei nela, sabe – falei – Fiz a maior parte, então... É.

Snape me ignorou e continuou vendo as outras poções. No fim da aula, Snape pediu para que cada dupla colocasse uma amostra da poção em um frasco e levasse até a mesa dele.

- Barton, segure o caldeirão enquanto eu pego a amostra – pediu Draco.

Segurei o caldeirão enquanto ele pegava uma amostra, mas, acidentalmente, minhas mãos deixaram uma golfada da poção cair nas mãos de Malfoy.

- Droga! – ele exclamou – Cuidado!

- Sua culpa! – respondi.

- Minha?!

- É, ninguém mandou você sair do útero da sua mãe!

Ele bufou e foi lavar as mãos. Mas Draco começou tossir muito, de uma forma nem um pouco saudável. Snape mandou que eu o levasse até a Ala Hospitalar (como se eu me importasse, veja só). A tosse do oxigenado estava realmente horrível, e eu não queria que ele espalhasse seus germes para mim, então fiquei a uma distância segura.

- O que aconteceu? – perguntei já irritada com aquela tosse a caminho da Ala Hospitalar.

- Foi... – um ataque de tosse violenta interrompeu a frase – Foi aquela... – de novo – Aquela poção!

- A poção? Jura? – perguntei incrédula – Até parece.

Draco tossiu tanto que teve que se apoiar na parede. Ele entrou no banheiro e fechou a porta. E tive que ficar lá, parada esperando na frente do banheiro masculino com todos me olhando com uma cara estranha. Isso é ótimo. E, do nada, um grito agudo veio lá de dentro – e não era uma voz de garoto.

A porta se escancarou com força e...

- Merlin... – sorri de canto – Draco?

- CAROLLYN BARTON, VOCÊ ESTÁ MUITO, MUITO, MUITO FERRADA! – gritou a garota loira na minha frente – MEU PAI VAI SABER DISSO!

Draco estava... Não, Draco não. Diana Malfoy estava na minha frente, me olhando com uma expressão assassina. Cabelos loiros oxigenados lisos caíam perfeitamente pelos ombros, olhos cinzentos, pele pálida, alta e com as roupas de garoto folgadas.

- Você assumiu sua forma interior – falei tentando não rir – Harry vai querer seu corpo nu agora. Ainda mais que o normal, Diana.

Ela jogou a mochila em mim, mas eu me desviei.

- EU SOU UMA GAROTA! – gritou ela – EU NÃO POSSO SER UMA GAROTA! NÃO POSSO!

- Mas você é. Sempre foi, na verdade.

- EU VOU TE JOGAR DA TORRE DE ASTRONOMIA!

- Ai, que medo. Acalme-se e pare de ter um ataque de pelancas – mandei. Ela/ele obedeceu – Sei o que nós temos que fazer.

- O que?

- Consultar a pessoa mais sábia de Hogwarts.

* * *

- Então você é um transexual agora? – perguntou a pessoa mais sábia de Hogwarts: Caroline.

- Eu não sou um transexual! – exclamou Diana – A Barton colocou alguma coisa na poção que fez isso comigo!

- Não se preocupe, Draco, você está mais bonito como garota do que como garoto – disse a ruiva. Isso só serviu para deixar a loira mais furiosa.

Ei, uma ideia legal: Diana, Caroline e eu podemos nos vestir de As Meninas Superpoderosas! Eu sou a Docinho, Diana é a Lindinha e Caroline é a Florzinho! [N/Caroline e Diana: Não] Ah... Okay.

- Odeio vocês – Diana pegou sua mochila e saiu pisando duro.

Michael surgiu do além e ficou olhando Diana se afastar.

- Quem é ela? – perguntou com suavidade.

Caroline e eu trocamos um sorriso, um sorriso do tipo “Eba! Vamos ferrar a vida de alguém!”.

- Diana Malfoy, irmã gêmea do Draco – respondi – Ela é bem legal.

- Ela é linda – suspirou Michael encantado.

- E sabe de uma coisa? – perguntou Carol – Estávamos agora mesmo falando sobre garotos. Diana disse que te acha um gato. Ela é cega, evidentemente.

- Vai lá falar com ela – incentivei – Ficarão lindos juntos!

Ele assentiu e foi saltitante atrás dela. Isso vai ser a melhor coisa da minha semana. Melhor até mesmo que jogar aquele lufano no Lago Negro!