POV. Carollyn Barton

Eu fico tão feliz por ter uma amiga como a Carol! Ela é a pessoa mais confiável para guardar seu pote de Nutella! (Ou é tão confiável quanto uma Conjuradora das Trevas pode ser).

A minha primeira aula em Hogwarts seria Poções com a turma da Grifinória. Ótimo, parece ser interessante. Segui com o Ladrão-De-Nutella-Que-Parece-O-Meu-Marido-Tom-Felton-Mas-Não-É (Ou simplesmente LNQPMMTFMNE) até as masmorras.

- Um aviso – o ladrão de Nutella disse – Não fale com os grifinórios.

- Por quê? – perguntei erguendo as sobrancelhas.

- Eles são recalcados.

- Escuta aqui, queridinho – um garoto ruivo surgiu do além estalando os dedos na cara do Malfoy (as pessoas surgem do além aqui, que medo) – Recalcado é você, sim? Sua doninha nojenta.

- Doninha? – perguntei.

- Ele virou uma doninha no quarto ano – informou o ruivo.

Eu comecei a gargalhar feito uma doida. Malfoy bufou e entrou na sala.

- Eu sou Rony Weasley – apresentou-se o ruivo – Esses são Harry Potter e Hermione Granger.

Um garoto magrelo de óculos e uma garota com Bombril no lugar do cabelo apareceram. Esses bruxos não vão parar de surgir do além?!

- Esse raio na sua testa é só estilo? – perguntei a Harry.

- Não – ele disse ofendido – Essa cicatriz escondeu uma história sombria e triste sobre como...

- Não interessa – dei de ombros – Eu sou Carollyn Barton.

- Você é parente do Clint Barton? – perguntou Hermione.

- NÃO! – berrei – PORQUE TODOS SEMPRE ME PERGUNTAM ISSO? DROGA!

Joguei o cabelo sobre o ombro e entrei na sala like a diva. Sentei-me a duas carteiras de distância de uma garota que era rosa demais. Ai, não. Não preciso de mais recalque que a Pança!

- Olá – ela cantarolou – Eu sou Lilá Brown!

Ergui a sobrancelha, mas não fiz nenhum comentário a respeito. Sei que pessoas com sobrenomes estranhos odeiam quando dizemos as traduções de seus nomes. Como, por exemplo, Escada (N/Caroline: Cala a boca) Não invada o meu POV!

Todos os alunos entraram na sala; Rony e Harry sentaram do meu lado. E então, o professor entrou...

- BATMAN, VOCÊ ABANDONOU GOTHAM CITY PARA DAR AULAS EM HOGWARTS? – berrei apontando para ele. Os alunos da Sonserina esconderam os rostos nas mãos, não sei por quê.

O Batman me olhou com desprezo. Ei, só eu posso olhar para as pessoas com desprezo!

- 10 pontos da Grifinória – disse.

- Uh, eu sou da Sonserina.

- E daí? Aprenda uma coisa, garota: Qualquer coisa que acontece nessa escola, é sempre culpa dos grifinórios. Então, desse modo, mais 10 pontos da Grifinória.

Os grifinórios reviraram os olhos. Pareciam já estar acostumados com isso. Sentei-me de novo enquanto o professor pegava a prancheta para fazer a chamada.

- Anastácia Sharapova?

- Presente.

- Engraçadinho Invisível Que Vem do Além?

- Presunto! Riariariariaria! – respondeu uma voz que não estava em lugar nenhum, que medo.

E então, chegou minha vez.

- Carollyn Barton?

Fez-se o silêncio. Aquele tipo de respeito de admiração/medo que eu adoro receber. Modéstia a parte, o Clint Barton é muito legal. Elegantemente, levantei a mão e disse em boa e alta voz:

- Presente!

Todos me olharam. Há! Eu sei que sou demais por não ter um sobrenome como Escada! (N/Caroline: Eu vou te matar, estou falando). Nossa, que medinho de você.

Depois da chamada, encostei-me à cadeira e assisti à aula.

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Há! Você acreditou mesmo que assisti à aula? Por favor! Como eu estava de óculos escuros, dormi a aula inteira e pareceu que estava prestando atenção! Aprendam comigo, jovens gafanhotos, aprendam comigo.

Depois de dois tempos de Poções e um de Transfiguração (A Volta da McVelha!), fui correndo para o Salão Principal. Antes de me dirigir para a mesa da Sonserina, fui falar com Caroline para saber como o meu Tomzinho está.

Quando eu me aproximei de onde ela estava em pé, vi que conversava com um garoto. Ele era até bonitinho. Cabelos escuros, olhos castanhos e inteligentes e algumas sardas no nariz. Então, liguei as coisas rapidamente com uma inteligência digna de Rowena Ravenclaw (N/Corvinais: Só que não).

- OH MEU MERLIN! – berrei para Merlin e o mundo – CAROLINE STAIR, SUA PERVERTIDA NINFOMANÍACA!

Todos olharam para ela, que estava com a maior Poker Face do mundo. Saltitei até eles com toda a minha graça e sensibilidade.

- Olá – dei um sorriso malicioso para o garoto, que pareceu um pouco assustado comigo. É, as pessoas se assustam quando veem meu sorriso malicioso pela primeira vez – Sou Carollyn Barton. E quem seria você, meu jovem?

- Eu sou Michael Corner – ele disse franzindo a testa.

Eu pretendia dar um sorriso malicioso, mas acabei rindo. O sobrenome dele é Corner? Sério?! E depois as pessoas dizem que o sobrenome da Carol é ridículo! Michael pareceu entender e corou fortemente.

- O que foi? – perguntou Carol erguendo uma sobrancelha.

- Você não tinha percebido isso, Srta. Sabe-Tudo? – perguntei sorrindo – Corner, em inglês, significa Esquina.

Carol ficou sem expressão por um momento, então começou a gargalhar. Eu ri com ela. Michael revirou os olhos.

- Calem a boca – ele mandou irritado.

- Ah, sossega, Michael – riu Caroline – Sossega e volta para a sua esquina, Esquina!

Não aguentei e continuei rindo.

- Há há, nós três somos hilários – disse Esquina seco – Eu sou uma Esquina, Caroline é uma Escada e você faz parte dos Vingadores. Demais.

- Ai, ai – Carol secou as lágrimas de riso dos olhos – Enfim, esquinas, escadas e Vingadores a parte, você não veio aqui ver a sua Nutella?

- Ah, é claro – falei me recuperando as risadas.

Carol tirou o Tomzinho de dentro da sua mochila, entregou-o para mim e eu dei-lhe um beijo.

- Senti sua falta, meu amorzinho! – falei esfregando a ponta do meu nariz carinhosamente na embalagem – Como foi sua manhã? Mamãe sentiu muito a sua falta, bebê! Prometo que nunca mais vou te abandonar, mas você sabe, depois que aquele vil ladrão tentou roubá-lo, percebi que quero sua segurança em primeiro lugar, meu querido.

- Ela é um pouco louca? – perguntou Michael para Caroline.

Carol suspirou.

- Não. Ela é totalmente louca.