— Noah, eu posso explicar!

— Tente. — falou, entredentes. — Escorregou e caiu com a língua dentro da boca dele, Cherry? Foi isso? — ele debochou, a mágoa tomando suas feições.

— Nós não… — Ela tentou se justificar, com a voz repentinamente embargada.

— Temos nada sério? — completou, pondo as mãos sobre a cabeça e respirando fundo. — Mas que inferno, Cherry. Fez-me fazer papel de palhaço.

— Noah… — começou, vendo-se incapaz de contra-argumentar.

— Quer saber? Eu pensei que tínhamos uma conexão especial, mas você tem razão. Não temos nada. — Ele saiu com passos rápidos e largos, no elã de um sentimento colérico, deixando-a sozinha na rua silenciosa.