No outro dia

Bonnibel:

Meu pé já estava bem melhor, só estava mancando para caminhar. Mas o que eu não esquecia, era o toque daquela vampira na minha pele. Mesmo que tivesse sido um simples abraço. Mas o que eu estou pensando?

Me arrumei para ir pro colégio e como sempre fui caminhando, senti uma presença e olhei pra trás, mas não vi ninguém, de repente uma mecha de cabelo preto cai a minha frente. Olhei pra cima e a vi.

— Você costuma flutuar em cima de todos, rainha vampira? - Olhando pra cima e rindo.

— Só em cima de você - A voz dela me hipnotizava. - Como está o pé?

— Melhorou muito, só estou mancando agora. Você mora onde? - Perguntei curiosa.

— Numa casa no final da sua rua. - Me olhou.

— Pertinho de mim.

Fomos conversando até a porta do hall principal da escola. Marceline foi falar com o diretor e eu fui procurar meus amigos. Avistei Finn e Fionna no gramado, estavam lutando, Jake e Cake estavam sentados.

— Oi gente. - Sentei na grama.

— Oi Bonnie. - Fionna parou a luta e me deu um beijo apertado na bochecha. - O que foi no pé?

— Ah nada, eu tropecei na escada de casa. - Comecei a rir pra descontrair.

— Te vi com a Marceline entrando na escola. É amiga dela? - Finn parecia bravo.

— Ela veio pra cá comigo Finn, porque está bravo?

— É Finn, para de ser chato. Ela não é do mal. - Fionna estava perdendo a paciência.

— Vocês que sabem com quem andam. Jake vamos praticar. - Jake se levantou e começaram a treinar.

— Não liga, ele não gosta da Marceline e fica inventando que ela é do mal.

Bonnibel:

Eu estava animada, hoje seria a primeira aula de laboratório. Iria testar todos os equipamentos e construir novos. Entramos na sala e sentei, logo em seguida...a vampira entrou.

— Ei, posso sentar do teu lado? - Sorriu.

— P-Pode sim. Mas você não é da 3C? - Perguntei confusa.

— Sim, mas repeti esta matéria, não sou boa em construir armas.

— Quer ser minha dupla? Eu posso te ajudar.

— Quero sim. Obrigada. Posso te ajudar também, vou ensinar a se defender.

— Seria uma boa. - Começamos a rir.

Bonnibel:

Não acredito que ela está na minha aula preferida e que eu iria ajudar ela. Não sei o que estava acontecendo, vários pensamentos rondavam minha cabeça. Queria ela sempre perto de mim, é como se eu me sentisse segura, é como se um sentimento muito antigo viesse a tona. Mas espere...porque eu estava pensando essas coisas? Eu mal conheço a vampira. E ela? O que estaria pensando sobre mim? Será que ela pensava em mim? Por que pensaria?

Tirei todos esses pensamentos da cabeça quando o professor entrou na sala e começou a explicar a matéria. Como primeira tarefa..teríamos que construir uma arma laser.

— Formem duplas, esta tarefa é para semana que vem, iremos testá-las em combate, por isso, as duplas devem ser mistas, alguém que lute com alguém que construa.

Marceline me olhou e sorriu tímida. Finn se aproximava da nossa mesa.

— Bonnie, quer fazer essa tarefa comigo? - Olhou para Marceline.

— Não Finn, a Marcy é minha dupla, desculpa. Faça com a Caroço, ela é boa em montar armas.

O garoto saiu bravo, não entendi porque. Começamos o processo de montagem das armas. No começo, Marceline ficou apenas observando, quando se sentiu segura, se aproximou dos equipamentos e começou a me ajudar.

— Você é realmente boa nisso Jujuba. Obrigada por estar me ajudando. - Ela segurava um tipo de pinça em sua mão, aparelho para colocar peças nos lugares.

— Obrigada Marcy, essa vai ser um pouco mais complexa, já que vamos testá-la em combate e não quero que você se machuque. - Senti meu rosto pegar fogo quando disse isso.

Marceline apenas sorriu com o comentário. Fomos para o intervalo.

— Jujuba, vou resolver alguns problemas com o diretor, volto para o final da aula, ok? - Ela se aproximou e beijou minha bochecha. - Obrigada de novo pela ajuda. - Sorriu e saiu.

Fiquei paralisada, não consegui dar tchau pra ela. Flame se aproximou.

— Oi....Jujuba. - Riu.

— F-Flame, oi...tudo bem? - Disse saindo do transe.

— Eu vi em, ta gostando da vampira? - Sentamos na grama.

— O QUE? NÃO...EU não to gostando dela, mal conheço. - Disfarcei.

— Seeiii. - Rindo. - Ela é linda mesmo.

Ficamos conversando o resto do intervalo. Voltamos pra aula e Marceline entrou logo depois de mim. Meu coração se agitava toda vez que a via. Será que eu estava realmente gostando dela?