Capítulo 26 - Blackout


Thunder voltava para o dormitório com as mãos enfiadas nos bolsos e chutando algumas pedrinhas, achou melhor não questionar a professora já que ela não estava lá muito feliz e parecia com pressa. Trombou com alguém no meio do caminho, um garoto, Lee Taemin.

– Desculpe hyung, mas você viu uma garotinha assim, desse tamanho e que atende por Sunny? - perguntava o menino gesticulando sem parar.

– Infelizmente não dongsaeng, mas se a vir direi que...

– Taemin, o irmão dela.

– A claro, direi que está procurando por ela. - respondeu vendo o garoto se afastar enquanto dizia um obrigado.

O moreno voltou a caminhar em direção ao dormitório masculino, não queria ter que encontrar a professora outra vez. Não queria ter que ficar no quarto, ouvindo aquela barulheira toda da festa, isso lhe incomodava profundamente. Soltou um suspiro pesado e resolveu esconder-se em algum canto onde a professora não pudesse encontrá-lo e tivesse saco para aguentar aquela baderna até pegar no sono.

Mudou seu rumo para sabe-se lá onde, só queria que o tempo passasse para poder voltar para o quarto sem ter que ficar acordado ouvindo a música alta.

– É hoje... - murmurou quando sentiu alguém se chocar contra suas costas.

– M-me desculpe.

– Você? - reconhecia aquele prendedor de cabelo de estrela e aquele rosto manchado de lágrimas não era nada bonito - Ei, o que foi que houve?

– Não foi nada, eu tenho que ir. - respondeu apressada tentando passar pelo garoto, mas ele a segurou pelos ombros.

– Você não está bem, quer conversar? - indagou tirando as mãos dela do rosto e arrumando-lhe a franja atrás da orelha.



A professora de matemática, Kim Taeyeon, caminhava a passos largos rumo a sala do diretor. Fora chamada por ele não tinha nem dez minutos, o motivo era aquela garota esquentadinha, Kim Hweyoung.

– LeeTeuk?

– Taeyeon, que bom que veio. - comentou vendo-a se sentar em cima da mesa.

– O que queria comigo?

– Ela vai agir, preciso que fique de olho nela.

– Com todo prazer JungSu. - respondeu com um sorriso cínico enquanto ele passava a mão em uma de suas coxas.



Minnie estava parada olhando para a escada onde sua amiga dizia ter visto o corpo da garota, porém lá já não havia mais nada, apenas uma marca de produto de limpeza e seu cheiro forte e horrível. Escutou passos chegando perto de si, reconhecia aquele andar, com toda certeza era Lee DongHae.

– Foi você?

– Eu o que Minnie? - questionou o assassino amador.

– Que matou a garota agora pouco.

– Garota? Não sei de nada...

– E quanto a Krystal Jung? A esfaqueou por quê?

– Então a pequena Jung ainda vive? - riu - Eu disse que aquilo não iria matá-la, não sei porque ela ficou tão desesperada.

– Você ainda não respondeu minha pergunta. - retrucou a garota indiferente e fria.

– Pelo simples fato de que ela entrou no meu caminho...

– E você acha que ela não vai contar a ninguém que foi você?

– Mesmo que conte, crio que os docentes desse inferno não acreditariam nela.

– Cuidado, pode cair do cavalo DongHae.

– O que está querendo insinuar com isso?

– Nada, é apenas um aviso.

Dito isso a garota saiu, indo procurar KyuHyun ou quem sabe ver como estaria sua amiga Smooth, ainda não sabia. Deixou o assassino olhando para onde antes seu olhar estava fixado, a escada com um forte cheiro de limpeza, um tanto desnorteado.

– Então tem mais alguém aqui matando essas pessoas inúteis? Pff, vamos ver quem se sai melhor.



G-Dragon e os amigos ainda estavam na festa, Baro tinha voltado depois do acorrido com o professor de dança, havia conseguido se livrar por pouco dele e retornara a festa o mais rápido que conseguira - e que seu estado de embriagues lhe permitia.

A música ainda estava alta, várias alunas dançavam com seus vestidos e saias extremamente curtos, fazendo a alegria de alguns garotos, que olhavam sem pudor algum eles subirem e descerem conforme a batida da música e revelarem mais do que deviam.

Porém havia alguém que estava para acabar com aquela festa. E como num passe de mágica, tudo, som, luzes e os demais eletroeletrônicos conectados na tomada desligaram.

A escola inteira havia sido desligada.

Era hora de começar com a verdadeira festa.