Color

Azul - Depressão


Azul deveria ser uma cor pacífica, mas tudo que ela faz é assustar Zuko.

O céu azul não parecia ter fim, e Zuko não gostava disso. Muito menos no mar. Nos três anos que passou num navio, ele nunca tentou olhar para a imensidão abaixo de si. Apenas um metro abaixo, e tudo já era invisível, o fundo a quilômetros de distância. Ele se perguntava se afogamento era realmente a pior forma de morrer como diziam.

Azul era a cor da Tribo da Água, a cor que representava Katara. E ela era assustadora. Aquele homem havia virado apenas um boneco nas mãos dela, quando o sangue dele foi dobrado sob a vontade dela.

Azul era a cor que representava as chamas de Azula.

Ela não era a mesma. Atacando rápido demais, descontrolada demais. Não era ela. Não poderia ser.

Mas era Azula.

Era ela, acorrentada, gritando e chorando, cuspindo fogo, e dizendo mil maldições.

Na vida de Zuko, azul nunca foi pacífico. Azul era tristeza e ressentimento. Era a insanidade de ver alguém cair por uma pessoa que eles subestimaram.

Nos dias se recuperando depois do cometa, ele sempre olhava o céu, azul, e sem nuvens.

Tudo que ele sentia era o vazio da tristeza.

Se perguntava se Azula sentia essa tristeza também quando via as cores de suas próprias chamas.