Capítulo 3

PSM: Miley

Como sempre pela manhã eu e Liam andávamos pelo estacionamento do colégio com os nossos típicos cigarros e um copo de café do Starbucks, adoro o café de lá.

–Aí, o que você acha da gente ir à praia hoje a tarde?

–Não valeu Liam. Não estou no ânimo.

–O que houve?

–Meu pai. Estava dão diferente ontem. Parecia muito nervoso.

–Estresse no trabalho.

–Ele ama o que faz. Nunca o vi daquele jeito.

–Seu pai é cardiologista. Talvez, tenha ocorrido algo errado.

–Será?

–Deve ser.

–Hum, tem razão. Espero que ele esteja melhor hoje.

–Vai estar. Mas, e aí? Ainda rola a praia?

–Deixa pra próxima. – dei de ombros.

Fazíamos sempre isso nas segundas quando estavam ensolaradas. Aí depois íamos para nossas aulas no 2º tempo que era a minha aula favorita, aula de historia.

Não demorou a chegar à aula bendita de artes dramáticas. A sala estava separada em três grupos já. Os meninos dos esportes, os nerd’s e as patricinhas. Não entendo porque me colocou ali, talvez por falta de grupo. Com muito mau humor sentei naquele circulo de cadeiras, assim como eu Sam e Carly estavam emburradas, Alex a novata desenhava no caderno sem olhar para as outras, e Cat sorria tentando deixar o ar mais leve, coitada. Nada contar ela, pelo contraio não tinha dependência, ela guiada por Carly em tudo. Bufei com a ideia, essas meninas etiquetadas pela sociedade.

–Bom dia a todos! –disse o velho McCoy tirando seu chapéu coco e seu casaco preto como da ultima vez.

–Bom dia. – um bom dia maquinal e voluntario saiu da boca de todos sem ânimos. O professor parou e olhou para todos.

–Vejo que todos estão em seus grupos. –ele disse normalmente. –Vejo que separei. O 1º grupo irei batizá-lo de...? –ele apontou para os meninos que riram animados para fazerem alguma “gracinha”

–grupo das vaginas! – disse Zack fazendo os outros rirem, menos Freddie e Beck.

–Muito engraçados. Saibam que vou adorar gritar o nome do grupo de você em frente ao clube feminista do colégio. –disse o professor cético, os meninos arregalaram os olhos.

–testosterona. –disse André. Todos concordaram, o professor anotou algo em seu caderno de capa verde escuro.

–E o de vocês...? –ele apontou para um grupo onde só tinha os crânios da sala.

–Permita-nos que seja H.S.

–H.S? –questionou o professor. Taylor sorriu.

–Homo sapiens. – revirei os olhos, que ridículo.

–E o de vocês? –o professor se referiu ao grupo em que eu estava. Todas se entreolharam sem saber. Tori timidamente ergueu meio braço.

–Colegas. –ela disse insegura olhando para nós. Cat sorriu.

–Eu gostei.

–Tanto faz. – Sam deu de ombros.

–É. Colegas! –disse Alex. Tori sorriu e voltou a abaixar a cabeça. A fiquei encarando por um instante, logo um aperto no meu coração tomou conta de mim e então voltei a atenção para o professor.

–De inicio queria que cada grupo fizesse algo diferente. Cada semana será um tema novo. E hoje de inicio vocês irão fazer uma apresentação de canto para mim.

–O que? –disse Tori se exaltando pela primeira vez na história.

–Isso mesmo.

–Mas, nem todos sabem cantar! –disse André levantando a mão.

–Para essa semana será isso. Você e seu grupo irão montar um projeto musical. Tomem livre arbítrio para escolherem tema, musica e etc.

–A aula foi passando e todos ficaram combinando o que ir apresentar. No meu grupo quase ninguém falava.

–Que tal cantarmos uma musica da Madonna? –disse Cat tentando ser animada.

–Não! De jeito nenhum! –disse Sam cruzando os braços.

–Então fala alguma coisa garota ao invés de reclamar! –disse Carly

–Tem que ser algo que pega todos os gostos daqui! –disse Sam olhando para gente. –O sinal toca.

–Ate que enfim! –resmungou Alex.

–Atenção! Não se esqueçam de que de as apresentações são para semana que vem! Terminem isso entre o grupo.

–Ah, serio? –resmunguei. Que saco!

–Bom, vocês podem ir lá em casa hoje à tarde. O que acham? –disse Cat empolgada. –Posso fazer uns petiscos!

–Já to lá! –disse Sam.

–ótimo então! Lá em casa as quatro. –disse Cat saindo pulando com Carly ao seu lado.

PSM: Sam

Já era hora do almoço e como de costume, estava com os meninos lá no fundo do refeitório. André e Jake passavam a bola entre si, enquanto eu, Zack e Beck conversávamos.

–Não acredito que o assunto do momento é a festa patética do Freddie. –disse enquanto comia a torta de morango do Beck.

–Vai ser irada! –disse Zack.

–Vai mesmo Sam. –concordou Beck. – E você vai! –ele disse num tom severo.

–Não vou não! –disse cruzando os braços.

–Vai me deixar sozinho e desamparado lá? –ele disse dramaticamente.

–O André vai estar lá. Todos vão estar lá, e a festa é do seu melhor amigo! Não vai estar sozinho. –disse comendo a minha torta. –E a propósito, ele não me convidou.

–AAAAAAAAAAAAAH! –Ouvimos um grito fino e irritante do outro lado do refeitório. Quando vimos era Carly, andava com raiva atrás de Freddie que tentava não rir da irmã.

–Acho que a Carly descobriu agora da festa! –disse Zack nos fazendo cair na gargalhada.

PSM: Cat

Assim que cheguei em casa falei para minha vó que receberia algumas amigas aqui em casa para um trabalho e logo ela foi para a cozinha animada para preparar alguns docinhos. Arrumei tudo! Meu notebook, cadernos, livros de artes e meus melhores CDs caso elas quisessem ouvir algo. Logo a campainha tocou. Era Carly.

–Oi amiga! –ela disse me abraçando. –Alguém já chegou?

–Ainda não.

–ótimo! Espero que isso seja rápido.

–Ah vamos Carly! Anime-se! Elas são legais.

–Somos de grupos diferentes ta bom? Não quero “amizade” com elas. Uma eu nem sabia que existia que a Tori, outra é uma novata metida a arco-íris que é a Alex, a outra é a maconheira da Miley e a ogra da Puckett.

–Não as julgue Carls. –e logo a campainha tocou. Era Sam e Alex.

–Oi! –disse Alex, Sam só se jogou no meu sofá e perguntou do lanche.

–Oi! –disse tentando ser amigável. A campainha toca novamente e era Miley e Tori.

–Vieram juntas? –disse Sam arqueando as sobrancelhas.

–Somos vizinhas! –disse Tori ajeitando os óculos.

–Bom, para começar. –disse Carly de pé. – Eu tinha pensado na ideia de cantarmos uma musica dos anos cinquenta...

–Não! –disse rindo Miley.

–Achei legal. –disse Alex.

–É, não. –disse Sam gargalhando junto com Miley.

–Ta bom. –disse Carly impaciente. -Vamos fazer uma votação!

–Ah que palhaçada! –disse Sam.

–Cala a boca sua rodada! –disse Carly. Todos a olharam espantados. Inclusive eu, Carly nunca foi disso.

–Do que me chamou? –disse Sam ameaçadoramente se levantando e ficando de frente para Carly.

–Por andar com aqueles caras, só pode ser comida por eles! –disse Carly com o rosto vermelho.

–Ta bom, para Carly! –disse antes que alguma coisa ruim aconteça.

–Vai deixa-la falar assim com você Puckett? –disse Miley, incentivando uma vida.

–Hey!! Chega por favor! Você é tão imbecil Miley! –ouvi Tori dizer com raiva pela primeira vez.

–Ta falando comigo mudinha? –disse Miley indignada.

–Você é ridícula sabia? –disse Tori como se quisesse falar aquilo há muito tempo.

–Pelo menos eu não fico bisbilhotando a janela dos outros, né curiosa. –Miley tinha um sorriso malvado no rosto. Tori estava vermelha, só não sabia se era vergonha ou raiva. De repente ela atacou Miley e começou a puxá-la pelos cabelos. Carly começou a gritar de desespero, Sam estava gargalhando e a única que parecia instável era Alex.

PSM: Alex

Tori estava rolando no chão com Miley, nunca a vi deste jeito. Não entendi o que houve, mas tudo estava fora de controle, olhei para Sam e ela estava tirando rindo no sofá, Carly estava gritando como louca desesperada, olhei para Cat e ela estava muda, parada como uma zumbi. Logo ela gritou mais alto que Carly, fazendo todas se calarem.

–Parem! Achei que seriam maduras o suficientes para fazermos um trabalho escolar juntas! Não interessa se não nos falamos ou gostamos, interessa é a nossa nota na matéria dele. Nunca julguei vocês por não as conhecerem, mas pelo que estou vendo todas são iguais. Garotas irritantes e superficiais.

–Cat. –disse Carly mansamente. Todas estavam olhando o chão com vergonha estampado no rosto.

–Não fala comigo! –Cat gritou chorando. –Quem é você? Não é a minha Carly! É só uma menina mimada que só pensa em si mesma. Vão embora! VÃO EMBORA! –ela disse chorando. Sentou-se no sofá com as mãos no rosto, chorando em silencio. Todas nós nos entreolhamos, e vendo já a grande idiotice fomos embora em silencio.

Continua...