Colegas

Capítulo 19


PSM: Cat



Já era segunda e as coisas estavam tão bem! Alex estava tão feliz morando com Sam que toda hora ela falava de como os bacons com ovos de Pam são os melhores e de que Sam era a pessoa mais difícil de calar na hora de dormir. Carly tirou sua tristeza por James e substituiu o sentimento por raiva de Griffin, que vivia a irritá-la, mas não havia como não sorrir, sabia que ele fazia isso para chamar atenção dela, sabia disso porque Sam fazia isso com Freddie na sétima série antes de se beijarem, falando neles, Sam e Beck desistiram de tentar algo de verdade e Freddie parou com o seu mau humor quase que instantaneamente, Tori e Miley não se desgrudavam, elas viviam com Liam, não falava muito com ele, mas era um cara bacana, mesmo que fume. Alex e Justin virou o casal do colégio, viviam de sorrisos e abraços surpresas.

–Oi! – disse Logan sentando do meu lado na aula de filosofia. Ai meu Deus! Calma Cat!

–Oi!

–Posso me sentar com você?

–An... Claro! –disse um pouco atrapalhada. Tentei olhar para tudo, meu material, as pessoas, o quadro em branco, os cartazes de Karl Marx, tudo! Menos ele.

–E aí? Tudo bem? –ele me perguntou.

–Sim, está tudo ótimo! E você?

–Bem, Tori me contou da Alex, fico feliz por vocês!

–Obrigada.

–Bom dia turma! Abrindo o livro na pagina 408, leiam-na ate a 410 e depois iremos discutir sobre o liberalismo, okay? – nunca agradeci tanto o professor. Valeu liberalismo!

Fiquei quieta lendo e ele fez o mesmo também, depois de meia hora o professor anotou uns tópicos e começamos a debater sobre o tema, assim que deu a hora fiz hora para dar tempo do Logan ir embora. E ele foi, mas deixou um bilhete na mesa.



Não sei se esta fugindo ou me evitando, mas desculpa se fiz algo que a magoou.”

Amassei o papel e senti raiva de mim, ele não fez nada, eu que sou medrosa o suficiente para congelar perto dele. Fui ao encontro de Carly e Sam nos armários.

–Oi. –disse a ela.

–O que houve?

–Eu! Logan veio tentar se aproximar de mim, mas eu fui fria e eu evitei ele! Não sei porque fiz isso! –dei um chute no armário. –Ai! –gritei de dor,

–Calma Cat! –disse Sam. – Você só estava nervosa, liga para ele e marca de se encontrar e diz a ele a verdade!

–A verdade? – comecei a gargalhar. –Não Sam, não é tão simples assim.

–Vocês dificultam muito! –disse Sam mexendo no armário.

–Olha lá. – Carly sussurrou. Madisen andava com Demi, London e Austin e vinham em nossa direção.

–Oi Cat. –disse Demi. – Vamos fazer um ensaio extra a tarde por causa da feira nacional de torcedores de Nashville.

–Ah ok. –disse.

–Soube que não esta mais com o Beck, que peninha né? –disse Madisen. Vi Carly segurar no pulso de Sam.

–Esta ouvindo alguma coisa Carly? Deve ser um bicho irritante zanzando por aí. –disse Sam se virando para o armário. Madisen bufou e ia responder mais Demi a conteve.

–Para Mad. Vamos embora.

–Odeio essa garota! – rosnou Sam depois que foram embora.

–Porque? –perguntei.

–Porque? Não tem motivo maior só dela ter nascido!

–Deve ser porque ela fica com o Freddie. – riu Carly, Sam fechou a cara,

–Nunca mais repita isso, Benson! –disse Sam de uma forma horripilante.

–Ta, desculpa!

–Sam, você pode me buscar umas quatro e pouca? Minha avó vai estar no dentista. – perguntei. - Carly não quer porque o Griffin vai estar no treino. - vi Carly revirar os olhos.

–Ta, eu te busco! Vai ser a hora em que eu vou sair da biblioteca mesmo.

–Valeu.

–E falando em Griffin. Ele ainda esta na sua casa, Carly? – Sam perguntou.

–Não! Ele só ficou lá naquele dia. Ele esta morando no Kings street..

O Kings street é um lugar mais humilde e histórico de Nashville, é um terreno onde vive em conjunto vários trailers. Foi assim que a cidade começou, você só paga um aluguel de espaço que não deve ser mais de oitenta pratas.

–Ele tinha o trailer do pai dele e ficou muito mais fácil. – continuou Carly. – Freddie ate insistiu para que ele ficasse, mas graças a Deus ele é orgulhoso.

–Ai Carly, não seja má! – disse Sam.

–Ele é insuportável, chato, a mãe dele que deve ter expulsado ele de casa, isso sim! E eu a entendo perfeitamente!

–Carly! – a repreendi, mas no mesmo instante Griffin passou rápido esbarrando nela, e continuou correndo.

–Acho que ele ouviu! – sussurrou Sam. Carly arregalou os olhos.

–Meu Deus! O que foi que eu disse!?!! –ela colocou a mão na boca. – Vou atrás dele! – e lá se ia a morena correndo pelos corredores.



PSM: Tori



–O que acha disso? –disse Miley.

Como de costume, na hora do almoço ficávamos no fundo da caminhonete de Liam comendo alguma besteira e falando de besteiras.

–Acho nojento. –disse Liam. –Joga isso fora!

–Mas é a única camisinha que já vi que tem um rosto parecido com o do Obama.

–Tenho certeza de que ele não pediu para estar estampado numa camisinha. –disse rindo.

–E se foi? Não tem hora melhor, depois de um orgasmo olhar para a camisinha e ver o rosto do seu presidente nele, faz você gostar dele.

–Faz? –perguntei a Liam.

–Acho que não.

–Concordo.

–Idiotas.

–Então, sexta feira! –disse Liam.

–O que?

–O baile! Não acredito que vai me fazer a ir numa coisa tão estúpida, Tori. – ri.

–Para, vai ser legal! Vamos dançar, comer, zoar, fazer coisas de jovens que eu nunca fiz. –disse e ele me olhou nos olhos, não sei, mas eles diziam algo.

–Bom, que tal passarmos numa loja e ver um vestido? –disse Miley empolgada, mas os seus olhos ficaram presos em algo que eu não pude ver ate me virar. Era Beck, ele estava sentado embaixo de uma arvore tocando violão, o chapéu estava de lado e o cabelo voava levemente pela brisa. Ele parecia um pequeno Johnny Depp. Eu não sabia o que Miley estava pensando, mas seus olhos mostravam um misto de tristeza e de esperança.

PSM: Carly



Sai a procura de Griffin, estava me sentindo péssima. Depois que fui ver o quão idiota fui ao dizer aquelas palavras. Mas não via Griffin em lugar algum. Tive que voltar para fazer uma prova oral de literatura e ficar ate o final das aulas e não o vi, perdi as esperanças sabendo de que ele havia conseguido sair do colégio. Era o que ele fazia não é?

Parecia que eu era uma mãe e dei um tapa no filho num momento de raiva e depois vê a merda que fez. Assim que deu o horário fui atrás dele, fui á praça, fui ao coffee Trish, fui numa loja de ferramentas que ele costumava ir quando vinha para cá, e ri ao ver um buraco na parede que foi ele que fez ano passado, droga Carly! E então fui ao ultimo lugar que conseguia imaginar, Kings street. Quando cheguei lá, a única coisa que me impedia de chegar lá foi um muro de arame, o que foi fácil passar. Procurei trailer por trailer.

–Gibby?! Você mora aqui? –perguntei surpresa, ele pareceu mais surpreso ainda a me ver ali.

–Não espalhe. –ele suplicou.

–Fica tranquilo! Sabe onde Griffin esta?

–No trailer prata com faixa azul ali atrás.

Quando cheguei ate lá, nem precisei confirma se era dele ou não, lá estava ele com uma calça de moletom suja de tinta, sem camisa com o peito igualmente sujo, enquanto pintava numa grande folha de papel.

–Vai embora! –disse ele ao mesmo tempo em que pintava com brutalidade. Recuei um pouco e tentei pensar em argumentos.

–Nem tente pensar em formar educadas e profundas de pedir desculpas, não vou entender os seus sinônimos difíceis. – fui ate ele.

– Não vim pedir desculpas. –disse por fim. – Disse muita besteira num momento de raiva, e sei o quanto sua vida é difícil, eu ... ate gosto de você! Não sei por que fiquei tão focada em me irritar com você.

–Porque te irrito desde sempre.

–Não, acho que era o fato de você estar na mesma roda de amigos que eu. –disse me sentando em cima de um pneu pintado, ele fez o mesmo. – Sempre me acostumei com só você, Freddie e eu. E agora você segue a minha rotina, acho que isso muda as coisas. E a forma com olha para Sam, eu não sei, isso piora as coisas. - ele começou a rir.

–Carly, você tem noção do que disse? Estamos falando da garota cujo meu melhor amigo gosta! - ele riu balançando a cabeça. - eu só reparava nela porque Freddie sempre falou nela e era o primeiro contato que estava tendo com Sam, precisava saber se ela era boa para ele.

–Ah, nossa... - um buraco para enfiar minha cabeça, por favor. - Até sua forma de me irritar mudou. - disse tentando mudar de assunto.

–Te irrito como sempre, nada mudou.

–Pra mim mudou. –disse. Ele me encarava confuso e eu sabia exatamente o que mudou.

–E... o que mudou?

–Eu. –disse o beijando. Segurei sua nuca com força, ele não ficou surpreso nem me empurrou, pelo contrário, me puxou para seu colo e sabia que me sujaria de tinta, mas nada disso importava. Ele me segurava com força pela cintura e meu corpo todo parecia que estava infestado de borboletas. Quando precisei inspirar ar e nos separamos, ele ficou me olhando, seus olhos brilhavam e eu sabia que a qualquer momento ele me zoaria.

–Mudança boa. – ele riu afagando minha bochecha.

–Sem ironias? –disse suspeitas.

–Acho que ta na hora de eu parar de te irritar tanto.

–Vai parar?

–Diminuir... parar não prometo! – sorri. –Ah, e você fica uma gracinha irritada. – ele riu e eu não queria sair tão cedo do colo dele e nem queria que ele parasse de me acariciar.


Continua...