Colegas

Capítulo 15


PSM: Sam



Assim que a festa esfriou, eu e Beck fomos lá pra casa.

–Minha mãe vai ficar feliz em saber. -comentei. Ele só sorriu satisfeito.

–Vai querer pedir pizza? -perguntou ele.

–Preciso responder?

–Então, pizza! -ele gritou levantando uma mão do volante.

Assim que chegamos, minha mãe estava pulando em cima de um tapete com uma roupa de ginástica dos anos oitenta amarela e rosa.

–Boa noite senhora Puckett. -disse Beck contendo o riso.

–Que isso mãe?!

–Ah, vocês chegaram! Oi Beck! -ela respirava fundo, se jogou no sofá tirando a faixa ridícula da cabeça e bebeu um pouco d'água.-Quem ganhou? -ela perguntou.

–Nós! -disse Beck fazendo pose de algum deus do Olimpo.

–Parabéns!

–Pode pedir as pizzas enquanto eu tomo um banho? - pedi ao Beck.

–Claro! -ele me deu um selinho antes que eu saísse da sala. Minha mãe olhou aquilo e me olhou com os olhos estreitos.

–Olha Beck, eu também to precisando de um banho! - Pam cheirou as axilas. -Já volto! Fica a vontade! -ela subiu correndo atrás de mim, contive o riso.

–O que foi aquilo? -disse ela rindo.

–Um beijo mãe! Nunca viu? Achei que fizesse isso com o seu namorado!

–É, só que ate ontem não tinha beijo. E você pensava em outro carinha... -ela me cutucou.

–Para mãe! Estou tentando esquecê-lo, e Beck é o melhor genro que poderia pedir.

–Então isso já é namoro?

–Não, ainda não. Vamos sair, e tentar, e ver no que dá.

–Interessante... -disse minha mãe fazendo careta.

–Para Pam! -disse dando um empurrão nela. -Posso ir tomar banho agora?

–Claro! Ficar cheirosa para Beck Oliver! Entendi!

–A senhora não tem jeito né? -disse a expulsando do meu quarto. -e vai tomar um banho também! Ta fedendo!



PSM: Cat



Como os fins de semana passam rápido! Nem acredito que já é segunda e que estou de frente para o meu armário

Vi Alex entrar e ir direto para o armário dela, fui atrás! Queria saber como foi esses dias com o pai dela.

–Oi. -disse. Ela nem tirou a cara do armário.

–Oi.

–Ta tudo bem? Achei que fosse na festa de sabado! Eu e Carly mandamos várias mensagens.

–Não deu para ir. Desculpe, tenho aula agora! -ela fechou o armário e virou andado rápido.

–Espera! - a virei e levei um susto quando vi o olho roxo e uma cicatriz na bochecha esquerda. -Alex! O que foi isso?

–Nada não... -disse ela chorando.

–Foi seu pai?! -disse ainda chocada. Alex me abraçou. -meu Deus! Temos que contar isso ao diretor, Alex!

–Não! O diretor disse que se meu pai aprontasse mais uma, ia o denunciar ao juizado de menores e eu terei de ir para um abrigo!

–Mas isso não pode ficar assim!

–Tudo bem, eu... eu vou me acostumar!

–Não vai não! Você não merece isso! Vamos para o banheiro, eu vou mandar uma mensagem para Sam!

–Não, para Sam não!

–Porque?

–Só estou dando trabalho para vocês!

–Ora! Deixa disso! Vamos para o banheiro e eu vou fazer o certo.

A guiei para dentro do banheiro e liguei para Sam, ela chegou em menos de três minutos com Carly ao lado com uma bolsa de maquiagem.

–Eu vou esconder isso, ta bom? -disse Carly abrindo a bolsa de maquiagem.

–Eu não vou aguentar mais! -disse Sam nervosa.

–Sam, não! Não se preocupem!

–Como não se preocupar? -disse ela.

–Você e sua mãe já fizeram muito por mim. Todas vocês! Amizade não é isso! Não preciso de pena...

–Pena? -disse Sam. -Amizade Alex, é isso sim! Não é só para ficar tirando foto na casa da amiga, nem para ir à balada e nem para ajudar a pegar garoto. É para ter em todas as horas. Não estamos fazendo isso por pena. Estamos fazendo isso porque gostamos muito de você, você não será nenhum peso para mim e Pam. Será um alívio ter mais uma com quem contar! Eu gosto de você! -disse Sam a abraçando. Alex começou a chorar e a puxei para mim e Carly.

–Gente, para! Vai borra a maquiagem dela. -disse Carly fazendo a gente rir.

–Carly, leva ela para a sala. - Ouvi Sam sussurrar para Carly.

–Vem Alex! -disse Carly. - Vamos tomar algo. Já nos encontramos garotas! - Assim que Carly e Alex saíram do banheiro Sam se virou para mim.

–Vou ligar para minha mãe! -disse ela. - Já tenho a solução.

–Me conta tudo!

–Temos que pedir uma informação para o diretor Franklin! Vem Cat! -disse ela me puxando.

PSM: Tori

Segunda feira chegou e não tinha mais como eu me esconder da Miley. Estava me sentindo suja, um borrão desajustado[mais do que eu era].

–Oi! -disse Beck ao meu lado.

–Oi Beck, tudo bem? -disse sorrindo feliz por ser ele.

–Tenho novas!

–Fala!

–Se lembra quando me disse para nunca deixar alguém que se ama escorrer pelas mãos, porque talvez nunca ache alguém como ela?!

–Lembro... Porque? Fala!

–Pedi Sam em namoro! Finalmente! E ela aceitou! - arregalei os olhos na hora.

–Er... Parbéns! Beck, desculpa, mas eu tenho aula agora.

–Tudo bem, ate depois! –ele saiu feliz.

Sai correndo, se isso havia acontecido Miley provavelmente já sabia daquilo. Fui correndo a seu encontro, sabia que ela nesse exato momento estaria em um lugar.

E lá estava ela, com um bastão de basebol amassando bananas que estavam caídas no chão. Assim que ela levantou a cabeça vi seus olhos vermelhos, sem pensar fui correndo ate ela e ela correspondeu. Eu a abracei com força.

–Eu tenho que esquecê-lo! -foi a única coisa que ela disse. Afaguei seus cabelos ruivos ate ela se aquietar.

–Vai ficar tudo bem. Olha, que tal matarmos aula? Conheço um ótimo lugar! -disse mostrando entusiasmo a ela, e ela só enxugou as lágrimas e fez que 'sim' com a cabeça. Levei ela ate seu carro e eu o dirigi. Coloquei na sua musica preferia e ela ficou olhando a rua pelo vidro abaixado. E enfim chegamos ao destino. Bota Bacana.

Fiz Miley descer e entramos no bar karaokê. Era um estilo country, e havias varias pessoas dançando, vi o famoso palco de karaokê vazio no momento. Levei Miley ate uma mesa e pedi dois Whiskys.

– Desculpa! –disse.

–Pelo que?

–Eu que encontrei Beck e ele me perguntou sobre nossa amizade e eu disse que não se deve deixar escapar alguém que ama muito e ele deve ter ficado com isso na cabeça e tomado coragem de falar com a Samantha.

–Eu não to chateada por isso, fico feliz, ele tirou um fardo que ate hoje não consegui tirar. O que mais machuca é o simples fato de não ser eu! De simplesmente eu não poder abraçá-lo, beijá-lo, chamá-lo de meu. Sam é uma garota incrível, e isso é o pior. Preferia que ela fosse uma vadia irritante e desprezível. Seria mais fácil odiá-la, mas não consigo! Na verdade não vejo ninguém melhor para fazê-lo feliz do que a própria. E isso que machuca. –ela disse olhando pela janela com vontade de chorar.

Sabia que tinha que fazer alguma coisa para tirá-la daquela dor.

–Já volto! – me levantei e fui ate o palco de karaokê. Cliquei na primeira música que era So what, da P!nk. Começou a tocar e aí eu lembrei do meu medo de palco. Mas faria isso por Miley. Comecei a cantar e as pessoas gostaram, e depois que cantei o refrão vi Miley entre o público com cara de “o que ‘cê’ ta fazendo?!”

–Pessoal, queria que vocês fizessem uma forcinha para minha amiga Miley ali cantasse comigo. –As pessoas começaram a gritar olhando para ela e o holofote que me iluminava agora a iluminava. Ela desistiu vindo ate o palco com cara de “vou te matar”. Começamos a cantar a música de novo e logo ela foi se soltando. Começou a ir de um lado para outro e agir como se fosse a Lady Gaga em turnê. As pessoas adoraram muito.

Cantamos umas três depois dessa e ganhamos um lanche de graça por isso.

–Obrigada! –disse ela rindo enquanto caminhávamos ate o estacionamento. Encostamos-nos ao carro e começamos a rir. – Nem acredito que me fez cantar em público!

–Não acredito que eu estava num palco. –disse.

–Você morre de medo. – e rimos em silêncio. Ela se aproximou e me deu um beijo na bochecha.

–Sabe que eu te amo muito! –disse ela mexendo em meu cabelo. – Não queria que tivesse fugido... Teria retribuído o beijo. Eu gostei - ela sorriu me deixando um pouco sem graça. – Não foi nada de mais. Foi só carinho.

–Não sei por que fiz aquilo. – disse envergonhada.

–Fez porque gosta de mim, e eu sou linda! –ela brincou. – Não ligue para isso. –Disse ela abrindo a porta do carro. – Já beijei algumas garotas na vida. Você foi a mais especial! Não conte a ninguém. – e assim, ela entrou no carro.

Não sabia se ficava aliviada ou um pouco encabulada, mas entrei no carro e ligamos o som e falamos normalmente sobre sobre qualquer coisa e tudo.

Continua...