Cold As Snow

Especial Futuro!


Estou finalmente saindo do trabalho, não que eu não o ame, mas eu estou louca para ver aqueles rostinhos sorrindo quando eu chegar a casa, pois papelada em cima de papelada para assinar, reuniões inacabáveis, marketing e entre outras coisas me deixam bem estressada.

— Já vai Sra. Oliver? – Minha secretária me pergunta.

— Sim, irei. E me chame pelo meu outro sobrenome. – Eu ordeno a sorrir.

Ela me olha como se existisse um ponto de interrogação em sua cabeça. Reviro os olhos meio incomodada por ela ser minha secretária e não saber meu segundo sobrenome.

— Me chame de Magnus, Sra. Magnus. – Eu aceno com a cabeça levemente para frente antes de abrir a porta da empresa.

— Até mês que vem! – Ela me deseja.

Não havia entendido muito bem, apenas cumprimentei de volta.

— Até. – Aceno.

Saio da empresa, entro em meu carro, coloco minha bolsa no banco passageiro, ligo-o e sigo caminho até meu lar. Meu celular começa a tocar, mas eu havia o conectado com o som do carro. Atendo-o.

— Alô? – Eu pergunto.

Oi querida! Eu só queria lembrar que será hoje o jantar aqui em casa. – Era Crys.

Droga! Eu havia esquecido completamente que hoje é o aniversário de quinze anos de casado de meu pai com a minha segunda mãe. Pensei que tinha sido semana passada.

— Ah é, obrigada mãe. – Agradeço meio sem jeito.

Você sempre esquecida. – Ela ri de leve e eu também.

— Mãe, agora eu estou no trânsito, indo a minha casa me arrumar e tomar um banho quente antes de ir. – Explico. – Precisarei desligar, desculpa.

Ah deixa disso filha, eu entendo e não quero que se machuque; então ta bom, beijos querida, tchau.

— Tchau mãe.

Ela desliga. Depois que a Crys casou-se com meu pai, eu mantive muitos laços maternais; mesmo ela não sendo minha mãe de sangue, eu considero muito ela, até porque a minha mãe biológica não me aparece faz muito tempo.

Finalmente chego em casa, saio do carro e ativo o alarme do mesmo. Fico na porta e pego minha chave, abro a mesma. Entro em minha residência e me deparo com Lara, Angel e Rafael na sala. Lara e Rafael estão em uma enorme disputa no vídeo game, enquanto Angel, a mais nova, está com Snow (agora bem grande) sentada ao seu lado. Lara ganha à partida no jogo e começa a fazer uma dança da vitória, como de costume.

— Ganhei, ganhei, ganhei, ganhe-i! – Ela canta enquanto pulava.

Ela pulava de alegria, seus cabelos longos e pretos balançavam de um lado para outro, enquanto o de cabelos morenos e olhos verdes estava de braços cruzados frustrado com a derrota; A ruiva de cabelos medianos e olhos cinzas apenas observava a sorrir a pequena “rixa” de irmãos que acabara de ocorrer naquele instante.

Finalmente os olhos azuis escuros de Lara pousam sobre mim, a mesma solta o controle em cima do sofá e corre em minha direção.

— Mamãe! – Ela gritou alertando os outros dois irmãos.

Lara pula em meus braços e passa os seus bracinhos em volta de meu pescoço para me abraçar, eu a abraço. Os outros dois vêm correndo para pegar o seu também e eu me abaixo para abraças os três anjinhos.

— Mamãe eu ganhei do Rafa no vídeo game de novo! – Lara me avisa sorrindo de alegria.

— Que bom minha querida! – Eu beijo sua testa.

— Ela trapaceou. – O moreno se enraiva e cruza os braços.

— Rafa, calma. – Eu tento acalmá-lo. - A mamãe já te ensinou sobre isso, o que foi que eu já lhe falei? – Pergunto para ele.

— “Que nem sempre eu ganharei”? – Ele me responde em forma de pergunta.

— Exato. – Eu dou um beijo em sua bochecha e ele sorri.

A mais nova se aproxima para seu próprio abraço.

— E você querida, o que fez hoje? – Pergunto para minha princesa ruiva.

— Eu passei o dia com o Snow e depois fiquei vendo o céu. – Ela fala timidamente.

Eu sorrio para a pequena que sempre foi muito criativa e calma, eu a puxo para um abraço apertado.

A porta se abre e a pessoa da minha vida aparece nela.

— Cheguei! – Ele avisa.

As crianças correm até ele e pulam as três de uma vez só para um abraço, Castiel acaba caindo de bumbum no chão e nós todos começamos a rir.

Castiel é dono de uma gravadora que agora é conhecida mundialmente, o nome de sua gravadora era Magnus Music.

Castiel se levanta e beija a cabeça de cada um, depois ele segue até mim e me dá um beijo, as crianças fazem um barulho de nojo juntas, eu e Castiel rimos.

— Amor, precisamos apressar-nos ou nos atrasaremos para o jantar na casa de meus pais. – Aviso.

— É mesmo. – Ele coça a nuca e sorri sem jeito. – Então crianças, vamos nos arrumar!

Ele coloca a mão reta na testa como se fosse um soldado e começa a marchar em direção aos quartos, as crianças fazem o mesmo e o seguem. Eu acho bom que mesmo eu e ele tão ocupados, conseguimos manter um relacionamento saudável entre nós e as crianças, principalmente nessa fase de pré-adolescência delas, já que Angel contém dez, Lara onze e Rafa doze.

Eu entro no banheiro do corredor para tomar banho, visto que Castiel ocupara o da suíte.

Depois do banho eu entro em meu quarto, Castiel já havia se arrumado e estava no sofá vendo televisão. Eu me dirijo ao closet e pego um vestido meio soltinho na saia, com renda nas mangas e na saia; coloco um cinto fino preto e uma sapatilha preta; deixo meu cabelo ruivo solto, pego apenas duas mechas na frente e prendo-as atrás com um prendedor.

Quando saio do closet, Castiel já havia descido e provavelmente com as crianças. Chegando na sala eu encontro Angel com um vestido branco com bolinhas pretas, um cardigan azul claro, uma fita de mesma cor no cabelo e uma sapatilha prata; Lara com marias chiquinhas baixas presas com fitas azuis e um gorro azul escuro, short jeans, blusa branca ,um colete marrom e tênis pretos; Rafa com uma camisa preta, uma branca de abotoar em cima, jeans e All-Star; Castiel estava de calça jeans, blusa cinza e tênis branco.

Saímos de casa e fomos para casa de meus pais.

(...)

Chegando lá, meus filhos foram abraçar imediatamente os avós, depois eu fui abraçar meus pais junto de Castiel. Rosa também estava presente com Kyle e seu casal de gêmeos Yan e Kailanny. Kay era a cópia de Rosa, porém seus cabelos eram naturalmente loiros; Yan tinha cabelos castanhos cor de mel igual os do pai e olhos iguais o da mãe. Assim como os pais, os filhos eram muito amigos dos primos.

Desde o momento em que cheguei, Rosa não parava de me atazanar para ir nos nossos antigos quartos procurar algo com ela. Finalmente cedi e nós fomos, entramos primeiro em seu quarto.

— O que tu realmente procuras, Rosa? – Pergunto.

— Uma coisinha minha que eu aposto que está aqui. – Ela tenta explicar.

— Quê? – Pergunto ainda mais confusa.

— Uma coisinha que faz uma coisa aqui. – Ela tenta explicar, mas falha novamente.

Eu desisto de saber o que é e me sento na cama esperando a mesma achar o que queria.

Depois de mais ou menos quinze minutos, o celular dela vibra e a tela acende. Ela vê o que é e depois dirige a palavra a mim.

— Não irei conseguir, vamos descer. – Ela parecia estar fingindo frustração, mas nem liguei.

Descemos as escadas e nos dirigimos até a sala de jantar, estava tudo desligado, até que alguém acende e começa a cantar.

— Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida... – Estavam todos cantando e sorrindo.

Eu comecei a sorrir de emoção, também comecei a chorar pelo o mesmo motivo. Rosa passa pelo meu lado cantando, sorrindo e batendo palmas. Eu vou até o bolo, para que no final eu apague as velas fazendo meu pedido. Finalmente acabaram de cantar e chegou a hora de fazer um pedido. Eu pensei com muito carinho antes de fazê-lo.

Que meus filhos tenham uma adolescência marcante como a minha. – Pensei no desejo e apaguei as velas.

Todos bateram palmas de novo e cada um me deu um abraço e um presente.

— Não precisava gente... – Eu falava sorrindo e enxugando as lágrimas.

Fazia muito tempo que nós não nos reuníamos para algo do tipo. Eu me sentei e comi o bolo, meus filhos vieram me dar os parabéns e um abraço.

— Parabéns, Mãe! – Eles me desejaram em uníssono.

— Own meus amores... - Eu falei enquanto os abraçava.

Acabei a me lembrar de algo que iria dar aos três.

— Crianças, eu tenho um presentinho para cada um. – Eu os aviso.

Eu tiro três caixinhas da bolsa, uma para cada um, em cada uma havia um colar/cordão.

— Eu tenho algo que eu acho que representa muito vocês. – Sorrio com as caixas na mão.

Eu abro à primeira, nela havia um com um pingente de filtro dos sonhos.

— Lara, esse é o seu, para que você não pare de seguir sempre os seus sonhos, sempre destemida para consegui-los. – Eu falo enquanto tiro o colar da caixinha.

— Uau... É lindo mamãe! – Ela se exalta. – Obrigada!! Poderia colocar para mim? – Ela agradece e pede.

Eu pego o colar e coloco em seu pescoço, ela se vira, me dá um beijinho e saí olhando para o pingente.

Abro a outra caixa, nela havia um com um pingente de guitarra.

— Rafa, esse é o seu, para você que ama tanto a música quanto os vídeo games, nunca parar de escrever melodias e ir sempre tentando uma melhor que a outra. – Eu falo e tiro o seu da caixa.

Imediatamente ele sorri e se vira para eu colocar o cordão em seu pescoço, eu coloco.

— Obrigado, mãe! Obrigado mesmo. – Ele me abraça e agradece.

Rafa sai com um sorriso enorme no rosto e foi correndo mostrar para seus avós.

— E por último e não menos importante. – Eu me viro para Angel que estava ansiosa. – O seu pingente, eu acho que ele lhe descreve tão bem querida.

Abro a caixa e tiro um colar com um pingente de ying e yang.

— Você é tão equilibrada, tranqüila e segura de si, não tinha como não ser seu.

Eu coloco ele no seu pescoço e ela sorri de orelha a orelha, a mesma me dá um abraço e um beijo.

— Eu te amo, mamãe. – Ela sussurra em meu ouvido.

O resto da noite foi incrível, passamos um momento memorável em família.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.