Faz um dia?

Um mês?

Ou um ano?

Sei tão bem, mas prefiro fingir que não sei.

Não é por não querer ou indiferença.

É que não importou e não importa que tenham se passado dias, meses ou anos,

Que talvez, até mesmo, conseguimos atingir décadas ou até milênios.

Não importando o tempo, espaço ou lugar.

Apenas,

Que sim, que era exatamente alí que eu queria, sentia e deveria estar.

Soa tão clichê, eu sei.

Mas eu sou clichê em tudo,

Nos pensamentos, nas atitudes (ou talvez a falta dela),

Rindo em momentos inadequados e não beijando como tínhamos falado.

Era pra ser por mais tempo, mais vezes. Lembra?

É que a conversa foi fluindo, a gente foi fluindo, parecendo realmente, que não tinha nada faltando ou tendo que ser concluído. Realizado. Feito.

Mas eu não reclamo, porque foi bom do jeito que foi.

Talvez tendo que ser assim, ou não. Mas simplesmente foi.

E só de ter acontecido, eu não me importo em saber ou falar,

Se por acaso foram anos, meses ou dias. Que a gente se viu, se reencontrou.

E de verdade, voltamos a ficar.