Cliviland City : O Desastre

Estacionamento, carro,... Hidrante


E estava certa em correr. Apesar de parecer manca, aquela coisa se movia de forma rápida, e com o bisturi a mãos, May poderia ate tentar matá-la porem poderia se ferir também. Aquilo continuava a seguir May pelos corredores, teria que despistá-la se quisesse chegar ate o estacionamento sem nenhum obstáculo. Ela viu a escada de emergência, seria uma boa maneira de sair daquele lugar. Entrou e desceu as escadas rapidamente, “estacionamento, carro, lugar seguro”, May já tinha traçado todo um plano em sua mente, e teria ate dado certo se não fosse por uma simples complicação, se o hospital estava deserto pra onde foram todas aquelas pessoas que estavam lá?

Parece que boa parte foi para o estacionamento, havia de oito a dez zumbis naquele local. May entrou novamente para escadas esperando não ser notada. “Droga, e agora? Como vou fazer para chegar ate o carro?”. Ela então se agachou junto à porta, abriu uma minúscula fresta para poder planejar um novo plano de emergência, já que o seu anterior não havia dado tão certo assim. A alguns metros, pode avistar o carro de Joe, era uma tucson preta que ele havia comprado há nem uma semana, e ao lado estava seu landau preto. “Merda, vou ter que deixar meu carro com esse bando de mortos-vivos, bem que eu poderia ter buscado minha mochila no vestiário, podia ficar com meu carro”.

Os mortos-vivos andavam sem rumo algum, eram lentos, talvez fosse possível chamar a atenção deles com alguma coisa enquanto ela corria. May procurava por algo que poderia usar, mas nada lhe pareceu útil. Havia perto de onde ela estava uma cabine onde o guarda ficava, poderia haver alguma arma que ela poderia usar, ou alguma coisa para poder distraí-los, mas havia um porem, poderia haver um ou mais desses dentro da cabine. Olhou novamente para a multidão de mortos-vivos eles continuavam sem rumo, “e a minha deixa.”

Abriu a porta lentamente para não fazer tanto barulho, e foi andando lentamente para que passasse despercebida, e por enquanto dera certo, se agachou perto da porta da cabine, olhou pela janela da mesma para poder ver se havia alguma coisa ou alguém, não havia nada, alem de uma mesa com varias televisões ligada às câmeras de monitoramento, alguns botões, uma cadeira, um computador, e algumas chaves nas paredes. Olhou para os zumbis e nenhum deles pareceu notar a movimentação de May, então ela abriu a porta da cabine, e entrou.

Ficou sentada no chão por um tempo, depois se levantou lentamente para não fazer barulho, e olhou pela janela, não parecia ter chamado a atenção para se mesma, então fez uma busca por algo que pudesse usar. Fuçou nas gavetas da mesa, e encontrou uma arma, ela tirou o tambor para fora e a arma estava carregada, só que só haveria como matar seis deles se tivesse sorte em acertar, e mesmo que já tenha atirado com seu tio em alguma vezes que foram para a fazenda, ela não praticava a anos e não poderia se arriscar, guardou a arma no cós da calça, na outra gaveta encontrou um sinalizador e alguma munição. Olhou nos armários que havia ali, e nada, somente coisas pessoais dos guardas. Pegou uma mochila que tinha dentro de um dos armários, e colocou o sinalizador e as munições, uma garrafa de café que tinha em cima da mesa, alguns bolinhos que encontrou nas gavetas, talvez precisasse daquilo para mais tarde, quando encontrasse algum lugar seguro.

Olhou os monitores, e ainda havia alguns zumbis perto do carro, havia um botão na parede, com uma legenda em cima, escrita “Cancela”.

“ Talvez se eu abrir a cancela,o barulho chame a atenção deles, e vão para lá, e eu posso correr ate o carro”

Ela deu uma busca novamente pela cabine procurando algo que possa ser útil, mas nada. Pelo monitor pode ver a cancela e se os mortos vivos iriam pra lá sem ter que levantar a cabeça para ver da janela. então apertou o botão, pelo monitor viu que o barulho chamou a atenção de alguns, então apertou para fechar e para abrir varias vezes, e deu certo, a maioria deles foi para o rumo da cancela, e era novamente a deixa de May. Teria que ser rápida apertou mais duas vezes para chamar a atenção de novo, já estava com a chave do carro a mão e mochila nas costas, então saiu correndo da cabine com a maior velocidade que poderia alcançar, e silencio que poderia fazer. Essa parte foi ate fácil, parece que nenhum havia reparado nela, então entrou no carro e fez de tudo para não bater a porta na hora de fechar. Antes de sair deu uma olhada de lado para o seu carro.

_ Mamãe te busca depois. - Colocou o cinto, ela teria que passar por cima de alguns zumbis na saída, travou as portas, e ligou o carro.

Nesse momento em que May girou a chave, vários dos mortos-vivos ouviram o barulho do motor sendo acionando, e começaram a mancar para o lado de May. Ela deu a ré, e dirigiu o carro para onde estava à cancela, e acelerou o máximo que pode, era inevitável passar por cima de cinco ou seis daquelas criaturas horríveis.

A rua estava pior que o estacionamento, uma bagunça tremenda, carros abandonados e batidos por todos os lados, fogo, sangue, muito sangue, e uma porção de mortos-vivos. May ficou pasma, de inicio ela havia superado o medo de cadáveres que tinha, pois sua profissão lhe pedira isso, mas mortos-vivos, andando pelas ruas de Cliviland City,era algo que era difícil de se processar, ela não tinha superado isso, não sabia nem que era possível. Ainda tinha suas duvidas de que tudo não passava de um sonho criado pela sua mente.

Enquanto dirigia, ela escutou alguns gritos, gritos de desespero e dor, vindo de algum lugar mais a frente. Então acelerou para poder checar o que se passava. A fonte dos gritos era algo terrivelmente aterrorizante. Um homem agonizando, jogado ao chão, gritava por ajuda, e ao seu redor tinha duas daquelas criaturas. E o que deixou May mais aterrorizada ainda, era o fato de que aquelas criaturas estarem abrindo a barriga do homem ao meio com as próprias unhas e dentes, elas estavam comendo ele.

_ Mais que porcaria é essa? - May não conseguia tirar os olhos daquela cena, parecia tão improvável e tão real ao mesmo tempo. – Preciso sair daqui e rápido, se não posso ser o jantar. – sem tirar parar de olhar para aquilo ela acelerou o carro.

Quando virou o rosto para a estrada, a única coisa que conseguiu ver foi quando um dos mortos-vivos, e agora comedores de carne, praticamente se jogou a frente do carro, ela escutou o som que o corpo fez ao se chocar contra o carro, e a única coisa que agora era possível de se ver foi um pára-brisa cheio de sangue que dificultava e muito a sua visão, e novamente outro choque contra o carro. Ela pisou no freio, mas era tarde demais, já tinha perdido o controle do carro, então dessa vez se chocou de frente com um hidrante, e May dentro do carro, foi jogada contra os airbags, acionados na batida, com tanta força que desmaio.