Cinderella
Capítulo 1
– Acorda, Elizabeth– Carrie disse para mim– Minha mãe disse para você ir arranjar um emprego, porque ao contrário de mim e da Suzan, você só traz mais dispesas pra cá pra casa– logo depois ela saiu do quarto.
Me levantei. Não adiantaria argumentar com minha meia-irmã. Nem com minha outra meia-irmã. Minha madrasta já deixou bem claro que ela manda na casa enquanto papai está doente.
Vesti um vestido, um cardigã e sandálias e saí de meu quarto. Decidi que iria procurar emprego numa Starbucks, onde eu também tomaria um mocaccino. Peguei meu celular e fui ao corredor do 12º andar, apertando o botão do elevador. Ele chegou rápido, e eu entrei distraída mechendo meu celular.
O elevador parou no 16º e alguém entrou.
– Bom dia pra você também– cumprimentei o mal-educado.
– Ah, desculpa, é que... Droga.
– O que foi? – eu sinto que já vi esse garoto em algum lugar... Deve ser um cantorzinho que fica nos pôsters de Carrie e Suzan.
– É que eu ia no mercado, e acabei de esquecer o que o Harry me pediu pra comprar– Harry... Também tem alguém com esse nome, e não é o Potter.
Quando eu ia perguntar de onde tinha visto ele, a porta do elevador se abriu no térreo e nós dois tentamos sair ao mesmo tempo. Eu soube que não tinha dado certo isso de sair ao mesmo tempo quando vi meu celular “fugir” da minha mão e passar pela frestinha entre o elevador e o chão indo direto ao poço, provavelmente.
– Não! – gritei nos últimos segundos de vida do meu Black Berry.
– Hum... Foi mal... – o garoto se virou pra mim e disse com uma cara de “tomara que essa garota estranha não me mate.
– “Foi mal”? COMO ASSIM “Foi mal”? – comecei a gritar– E AGORA? COMO EU VOU FAZER LIGAÇÕES, MANDAR MENSAGENS E ESPECIALMENTE CHAMAR UM TÁXI PARA VIR ME BUSCAR? COM MÁGICA?
– Vamos começar de novo: Eu sou Louis. Quer uma carona? – ele estandeu a mão.
– E eu tenho opção? – percebi um pouco tarde demais que fui mal-educada, quando ele fez uma cara meio decepcionada– E eu sou Elizabeth, mais me chame de Liz– o sorriso de Louis se abriu novamente.
– Meu carro é o preto– ele apontou para um Porsche. Uau– Eu te levo aonde?
– Starbucks, na 99 Kingsway– eu ainda olhava para o carro.
– Ok– ele abriu a porta para mim.
Entrei logo antes dele e ele deu partida no carro saindo da garagem do carro.
– Então... Por que veio procurar emprego as 6 da manhã em pleno sábado? – Louis se virou pra mim.
– Minha madrasta mandou– eu não tava muito a fim de falar dela, mais abri uma exeção pra ele– Ela é um demônio, e a algum tempo, está “mandando” na casa. – fiz aspas com as mãos.
– E você deixa?
– Hum... Sim. Tenho 19 anos, mais ainda vivo com meu pai. E você?
– Moro com meu marido– me assustei. Por essa eu não esperava – Até achar a garota certa. Harry é só meu melhor amigo. – ele ria da minha cara de ‘ah, entendi a brincadeira’.
– Você é, sei lá, modelo ao alguma coisa do tipo? – pergunntei.
– Por que? Me achou... Atraente? – ele fez uma cara sexy, ou pelo menos tentou.
– Não, só acho que já te vi em alguma revista ou pôster de minhas irmãs.
– Só em revistas e pôsters? – ele ergueu as sobrancelhas– Eu, Harry e mais 3 amigos temos uma das bandas mais famosas do mundo, a One Direction.
– Ah, e aposto que tanto a fama de sua banda cresceu quanto seu ego– isso fez ele rir.
– Só estava brincando. Mais a parte da banda é verdade.
– Nossa. Que demais.
– Agora a má notícia: Estamos presos num engarrafamento– Louis apontou para frente.
Passamos o caminho inteiro conversando, e quando chegou na Starbucks, eu já sabia a vida toda de celebridade dele e ele sabia minha vida nem um pouco interessante morando com minha madrasta e minhas meias-irmãs, e sabe que eu tenho esperanças que meu pai se cure e deem alta para ele no hospital.
– Bem, a gente se vê amanhã– Louis falou quando eu estava saindo do carro– Eu passo na Starbucks quase todo dia.
– Ok– sorri para ele e acenei enquanto via o carro sumir na primeira esquina.
Fale com o autor