Uma tarde me chamaram no aplicativo, e eu fui. Quando parei no embarque, abriram a porta da frente e jogaram um pinsher pra dentro.

"Boa tarde, moço. Leva o Zé Pequeno no endereço, minha esposa tá esperando. Ele é mansinho."

Um cachorro? Ah... tranquilo.

Ledo engano.

Zé Pequeno deu o nome na viagem. Destruiu a caixinha transportadora. Roeu o banco. Correu o carro todinho. Se tremia, latia e rosnava que parecia que ia ter um ataque.

Lembrando do padre, comecei desesperado:

"Domais, senhor, este espírito!"

Silêncio. Quase respirei, mas aí senti o mijo víscido nos pés.

"AAAAH, ZÉ PEQUENO!"