P.O.V. Isa.

O Jace está de mudança. Com a ajuda da senhora Fray ele comprou um apartamento.

Eu sabia que ele só estava partindo por causa do Alec, aqueles dois estavam no maior climão.

Hoje ele e Valentina vão embora. Estamos nos despedindo, quando o caminhão chegou e levou-os para longe.

Semanas depois...

P.O.V. Jace.

Fazem sete semanas e meia que nós nos mudamos do instituto. O clima lá estava insuportável e eu não aguentava mais olhar na cara do Alec.

O apartamento é bonito, amplo e espaçoso. Com a ajuda da mãe de Clary nós decoramos o AP e ficou lindo.

Haviam fotos dela em todos os lugares. A que eu mais gostava era uma em que estávamos eu, ela e Valentina.

Clary segurava nossa filha e eu abraçava sua cintura. Me lembro de cada mísero detalhe dela, do seu sorriso como eu adorava o seu sorriso. Ela tinha covinhas, da sua pele macia, seu cabelo.

Ela era meu mundo, minha vida e eu a amava profundamente, incondicionalmente, completamente, irrevogavelmente.

O jeito que os olhos dela brilhavam quando olhava pra mim, sua risada, seus carinhos. Sua juventude, seu coração bondoso, carinhoso e caridoso.

Mesmo quando Alec a destratava ela não lhe desejava nenhum mal, ela sempre sorria pra ele enquanto ele fechava a cara pra ela. Clary, a minha Clary era um anjo que o céu me mandou.

E agora aqui estou eu conversando com o retrato dela.

—Lembra quando eu disse que nunca tinha visto um anjo? Eu menti. Você era o meu anjo, o meu tesouro mais precioso e eu a perdi.

Agora, sou um pai solteiro de 17 anos com uma filha de sete meses pra criar.

Coloquei o retrato de volta no lugar e me voltei para minha filha. Peguei-a no colo e disse olhando nos seus olhinhos verdes:

—Somos só você e eu agora meu amor. Você e eu contra o mundo.

Ela riu. Valentina ainda era muito novinha para entender o que se passava, o que não significava que ela não sentia a falta de Clary. Só que pra ela era diferente.

Nós fomos passear na rua e quando voltamos pra casa algo inacreditável aconteceu. Cheguei a pensar que os meus olhos estavam me pregando uma peça, que a minha dor me deixou cego e me enlouqueceu.

Devo estar louco mesmo. Perdendo a noção.