Depois de um longo banho, Blair começou a se arrumar para seu jantar com Chuck. Ela estava linda e muito animada, mas, uma pequena parte dela estava preocupada com a ideia de que se reaproximando de Chuck, ela acabaria magoando Dan. Nesse momento ela desejou que não tivesse sido tão insistente em saber o motivo de Serena estar tão chateada com ele.

Blair se perdeu em um mar de pensamentos, mas logo teve os mesmos interrompidos com Dorota entrando correndo em seu quarto.

— Senhorita Blair! Senhorita Blair! – a mulher disse ofegante.

— Pelo amor de Deus, Dorota, respire! O que houve?

— Senhor Chuck chegou e está a sua espera lá embaixo. – ela disse animada.

Em um reflexo, Blair olhou diretamente para o relógio e viu que o mesmo marcava 18h59, que era o horário que Chuck disse que chegaria. Automaticamente um pequeno sorriso se formou em seus lábios e ela logo desceu as escadas.

— Boa noite, Chuck!– Blair disse sorrindo.

— Boa noite, Blair! Você está deslumbrante! – Chuck disse pegando uma das mãos de Blair e depositando um beijo na mesma.

— Então... onde nós iremos jantar? – ela perguntou.

— Confesso que não tive muito tempo de fazer uma reserva em bom restaurante, portanto nós iremos jantar em minha suíte. Espero que não se importe. Vamos? – ele estendeu sua mão para a garota que a segurou na mesma hora e os dois saíram a encontro do carro que os levaria para o hotel.

Chuck, assim como Blair, gostava de coisas grandiosas. Quando os dois adentraram à suíte tudo estava lindo. Velas, flores, uma calma música de fundo e um banquete servido a espera deles. Eles tiveram um jantar tranquilo e agradável, e quando terminaram ficaram um bom tempo bebendo champagne e conversando sobre diversos assuntos.

Um breve momento de silêncio se formou entre eles e Blair, sem querer, se pegou olhando para a porta do quarto de Chuck e logo se lembrou da cena que presenciou há dois anos atrás. A garota soltou um pesado suspiro ao tentar imaginar quantas outras mulheres passaram por aquela porta enquanto ela estava sofrendo em Paris. Sim, agora de fato ela sabia que Chuck a amava, mas também sabia que mesmo com palavras e gestos bonitos vindos dele, ela ainda precisava ser cuidadosa com seu coração. Ela não o deixaria magoá-la novamente.

— Algum problema? Você está se sentindo bem? – Chuck finalmente quebrou o silêncio.

— Tudo ótimo – ela deu um leve sorriso. — Acho que vou indo pra casa. Já está ficando tarde e preciso tratar de um assunto muito importante com Serena. – ela continuou e Chuck logo se levantou.

— Tudo bem, eu te levo. - ele estendeu sua mão e a garota a pegou e se colocou de pé.

O caminho até o prédio de Blair foi tranquilo, e quando o carro finalmente parou, ela fez menção de abrir a porta mas Chuck pediu para ela esperar e logo saiu do carro. Ela não entendeu muito bem até que segundos depois Chuck abriu a porta para ela.

— Chuck Bass agora é um cavalheiro, quem diria? – ela abriu um sorriso tímido

— Pessoas mudam. Mas estou apenas tratando uma mulher como você do jeito que ela merece ser tratada. – ele disse retribuindo o sorriso.

— Muito gentil, mas agora vou subir. Obrigada pelo lindo jantar, Chuck. Boa noite! – ela disse e depositou um beijo em seu rosto, e como um reflexo Chuck passou um braço pela cintura de Blair e com sua outra mão livre acariciou o rosto da mesma.

— O que está fazendo, Chuck? Preciso subir. – ela disse olhando nos olhos dele se dando conta da proximidade em que os rostos deles se encontravam.

— Não estou fazendo nada, ainda. Mas agora eu vou te beijar. – e assim o fez.

O beijo deles foi uma mistura de amor, fogo e muita saudade. Depois de um bom tempo Blair teve a iniciativa de se afastar senão eles não iriam sair de lá tão cedo.

— Eu te convidaria para entrar, mas preciso mesmo conversar com a Serena. – Blair disse recuperando o fôlego.

— Oportunidades não irão faltar. – ele voltou a acariciar seu rosto. — Mas eu também tenho que ir. Tenho que terminar de organizar os últimos preparativos para sua festa.

—Mal posso esperar! – ela disse animada. — Boa noite, Chuck! Obrigada mais uma vez. – ela depositou um selinho demorado em seus lábios e logo subiu para sua cobertura.

Quando Blair entrou em seu apartamento, ela se deparou com muito silêncio e escuridão. Enquanto ela subia as escadas para seu quarto ela pensou que Serena não estivesse em casa, mas quando viu que a luz de seu quarto estava acessa ela se sentiu aliviada. Precisava conversar com a amiga.

Quando Blair entrou em seu quarto, logo viu com Serena sentada em sua cama vendo fotos antigas delas juntas. Ela sorriu com a cena.

— Oi, S! – ela disse se sentando ao lado da amiga.

— Oi, B! – Serena sorriu fraco. — Como foi o jantar?

— Foi maravilhoso! Mas isso é história pra depois. Agora eu queria mesmo é conversar com você sobre o que houve hoje mais cedo. – ela suspirou.

— Blair... – Serena ia falar algo mas logo Blair a interrompeu.

— Não, S. Eu primeiro. – ela disse virando de frente para a amiga. — Fui ver o Dan hoje. Você sabe o quanto eu tenho necessidade de saber do que acontece entre as pessoas que eu amo e também sabe o quanto sou insistente. – ela olhou nos olhos de Serena e continuou. — Olha, S, eu não sabia que ele tinha esse tipo de sentimento por mim e também entendo o por quê de você não querer que eu o convide para essa festa. Mas vocês dois são meus melhores amigos, eu não posso deixar de ter vocês dois ao meu lado numa noite tão importante. Eu passei muito tempo longe de vocês e eu quero aproveitar cada segundo. Com os dois! Eu sei que você ainda o ama e eu ainda acredito que tudo vai se acertar. E por mais que ele se sinta de um jeito diferente em relação a mim agora, eu não sinto. Ele é meu melhor amigo, eu o amo e não quero magoá-lo. Mas eu amo o Chuck – ela sorriu quando disse o nome de Chuck. — Dan sabe disso e você também. – Serena abraçou Blair.

— Eu sei, B. Me desculpe. Mas é muito difícil ver o homem que você ama apaixonado pela sua melhor amiga. Mas eu também entendo que nós dois somos importantes pra você. Eu vou a festa, e amanhã de manhã nós iremos às compras!- ela disse sorrindo. — Eu te amo, B.

— Eu também te amo, S.