Chegue chega

Tirou meu coração para dançar agora faz que não

O corte da paixão 'tá me doendo

Venha costurar

Já quis a solidão

Mas 'to querendo desacostumar

De repente, Zuko parou o treino.

Sério, virou o rosto na direção de Katara, sentada na escada do pátio.

Aang fez uma careta, confuso e abaixou os braços. Sokka estava muito relaxado, a cabeça repousando no colo de Suki, para prestar atenção, mas Toph cruzou os braços sorrindo com malícia e dizendo:

— Isso vai ser bom.

Lentamente, muito lentamente, o príncipe andou até a dobradora de água. Ela observava sua aproximação com uma curiosa naturalidade.

Quando Zuko curvou-se sobre Katara, apoiando a mão esquerda no degrau, bem ao lado quadril feminino, todos os olhos, esbugalhados, paralisaram nele. Neles. O rosto da garota espelhava o tom de suas roupas e incerteza, mas não se afastou.

E bem ali, na frente de todo mundo, ele a beijou.

Era mais um encostar de lábios. Entretanto, era um encostar de lábios entre Zuko e Katara que – diferente do que os desavisados poderiam pensar – fechou os olhos e curvou-se para frente, permitindo e aceitando.

O queixo de Aang foi ao chão e Sokka ergueu-se em um pulo. Toph e Suki, se ficaram surpresas, não demonstraram, pois sorriam com cumplicidade uma para a outra.

Foi rápido e inocente. Quando eles se separaram, mais notável do que as bochechas coradas de Katara, era o seu sorriso. O ouro do olhar de Zuko nunca desviou de seus lábios, por isso ele mais viu do que ouviu seu doce sussurrar:

— Sabe, Zuko, quando eu disse que era uma boa idéia contarmos aos outros, eu não quis dizer exatamente desse jeito.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.