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Partying, partying, yeah!
Durante o segundo intervalo daquele mesmo dia, David tomou coragem para falar com a garota que gostava.
- Rebeca... - a garota se virou e David começou a ficar envergonhado só de ver a garota fitando seus olhos - Er, eu... posso falar com você? - Rebeca estranhou um pouco e assentiu - É o seguinte: eu vou dar uma festa lá em casa amanhã, você quer ir?
- Ah, claro David - ela disse timidamente e David lhe entregou o convite, Rebeca pode notar que as mãos do garoto estavam tremendo de nervosismo.
- Tudo bem. Ah, e tem mais uma coisa.
- O que?
David então se aproximou da garota, que corou imediatamente, e sussurrou em seus ouvidos:
- Eu tenho um plano.
- Plano? Pra que?
- Para irritar certas pessoas... - David ainda estava sussurrando no ouvido de Rebeca e ela continuava corada.
- Como assim “irritar”?
- Relaxa, não é nada de ruim. Se tudo der certo pode até melhorar algumas coisas.
- Eu não estou entendendo David. Me explica isso direito - a garota pediu, e enquanto David contava o plano que havia armado com seus amigos, um pequeno sorriso maligno apareceu em seu rosto.
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No dia seguinte, o dia da festa de David, Sophia e Rebeca estavam saindo da sala, quando Rebeca perguntou:
- Então, você quer ir em casa se arrumar pra festa do David?
- Ele te chamou?
- Sim, por quê?
- Ah, por nada - Sophia sorriu consigo mesma por saber que David tinha conseguido chamar para a festa a garota que ela sabia que ele gostava, apesar de ele sempre negar, porque ele começava a gaguejar quando Sophia tocava no assunto.
- Passa lá em casa as cinco, ok? - Rebeca disse, interrompendo os pensamentos de Sophia.
- Ok - as duas se despediram e foram cada uma para sua casa.
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Sophia entrou em sua casa e encontrou sua mãe pondo a mesa do almoço.
- Mãe, posso ir à casa da Rebeca mais tarde pra gente ir junto à festa?
- Claro filha. Agora venha sentar-se para almoçar.
Sophia e a mãe sentaram-se na mesa da cozinha e começaram a almoçar. Luiza parecia muito séria, e Sophia estava estranhando isso, então resolveu perguntar:
- Mãe, tá tudo bem?
- É... Bom... Na verdade, eu preciso falar com você - Luiza suspirou, sabia que alguma hora teria que lidar com isso.
- O que foi mãe? - a garota já estava bem preocupada.
- Relaxe So, não é nada demais, eu acho. É... Que... Hoje eu vou sair...
- Só isso? Não tem nada demais mes...
- Com um homem - Luiza a interrompeu. Sophia derrubou seu garfo no prato, fazendo um barulho estridente - Você está brava?
- Claro que não mãe, estou apenas... Surpresa. É que você não saiu num encontro desde que o papai... -Sophia tinha dificuldade em pronunciar essa palavra se referindo ao pai - Morreu, há dois anos.
- Eu sei. Mas alguma hora eu teria que seguir em frente, não acha?
- Acho, não tem problema nenhum. O papai iria querer isso, eu sei.
- Então... Tudo bem?
- Sim - Sophia sorriu e se levantou, colocando o prato e copo vazio em cima da pia - Vou para o meu quarto, ok? Tenho lição pra fazer antes de ir pra casa da Rebeca.
- Claro, pode ir - a mãe sorriu e Sophia subiu as escadas em direção a seu quarto.
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- Pode entrar Sophia - disse Rebeca enquanto abria a porta de sua casa - Vai subindo pro meu quarto que eu já vou. É o terceiro à esquerda.
- To indo - Sophia começou a subir as escadas da grande casa de Rebeca, então chegou a um corredor não muito longo e logo identificou o quarto da amiga. Depois de alguns minutos, Rebeca apareceu no quarto, e as amigas começaram a conversar.
- Então Sophia, preciso te contar uma coisa.
- O que?
- Eu... Eu to gostando de alguém.
- SÉEEEERIO? QUEM? ME CONTA AGORA, NESSE INSTANTE - Sophia disse ansiosa e Rebeca riu da amiga.
- É... Do... É...
- VAI AMIGA, FALA LOGO, TO COMEÇANDO A ENLOU...
- Do David - Rebeca disse baixinho interrompendo a amiga que não pode esconder o sorriso.
- Sério?
- É... - Rebeca estava envergonhada.
- E aí?
- “E aí” o que Sophia? - a garota estava confusa.
- O que você vai fazer a respeito? Vai falar pra ele? Vai “jogar um charme” pra cima dele? - ela riu e Rebeca fechou a cara.
- Acho que não vou fazer nada mesmo. Ele nem deve gostar de mim.
Sophia não podia deixar a amiga desistir. E não podia acalmá-la dizendo que David gostava dela também, porque o garoto a fez prometer que não contaria a ninguém.
- Bom... Você não sabe disso. Tente, quem sabe você é correspondida...
- Hum, não sei. Talvez eu faça alguma coisa, se ele der a entender que sente o mesmo.
- Tudo bem.
- Então, vamos começar a nos arrumar? - Rebeca disse animada.
- Vamos.
Depois de duas horas e meia se arrumando, as duas estavam prontas. Às 20:30 elas saíram da casa de Rebeca e foram pra festa.
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