Chamas e Brisas

Capítulo 35 - Chama e Brisa


A cidade estava em ruínas, mas não em desespero. Durante a primeira semana após a batalha, os cidadãos se uniram para enfrentar a devastação. No início, o foco foi na busca por sobreviventes. Equipes de resgate vasculhavam os escombros, suas vozes ecoando pelos corredores quebrados dos prédios. Encontraram pessoas feridas, mas vivas, presas sob pedras e metal retorcido. Cada resgate bem-sucedido trazia um alívio momentâneo, uma fagulha de esperança em meio ao caos.

Enquanto alguns resgatavam, outros enfrentavam a dolorosa tarefa de recuperar os corpos dos que haviam perecido. Era um processo solene e silencioso, marcado por lágrimas e murmúrios de consolo. O luto era palpável, uma presença constante nas ruas. As famílias enlutadas reuniam-se para prestar homenagens, e o ar estava carregado de tristeza e respeito. Pequenos altares improvisados surgiam nas esquinas, onde velas e flores eram colocadas em memória dos entes queridos.

Após os primeiros dias de resgate e luto, a reconstrução começou. Todos, sem exceção, se uniram nesse esforço monumental. Homens, mulheres e crianças trabalhavam lado a lado, limpando os destroços e começando a erguer novas estruturas. As lojas de ferramentas e materiais de construção estavam lotadas, e o som de martelos e serras preenchia o ar. As ruas, antes cheias de gritos e desespero, agora eram preenchidas por murmúrios de encorajamento e o ruído constante do trabalho árduo.

Em meio a essa luta, havia momentos de solidariedade e compaixão que destacavam a resiliência do espírito humano. Cozinhas comunitárias foram estabelecidas para alimentar os trabalhadores, e as praças se transformaram em centros de apoio, onde roupas, alimentos e medicamentos eram distribuídos. Cada gesto de ajuda, por menor que fosse, contribuía para a sensação de unidade e determinação.

Na medida em que os dias passavam, a cidade começava a mostrar sinais de recuperação. Os edifícios que estavam em pé eram reforçados, e novas construções surgiam lentamente. Os sobreviventes se reuniam para planejar o futuro, discutindo formas de prevenir futuras catástrofes e melhorar a infraestrutura da cidade. Apesar das cicatrizes profundas deixadas pela batalha, havia uma nova determinação no ar – a certeza de que, juntos, poderiam reconstruir não apenas a cidade, mas também a confiança e a esperança em um futuro melhor.

Lyra caminhava pelas ruas da periferia, o coração acelerado ao procurar por Aeris. O sol brilhava intensamente, lançando sombras suaves enquanto ela se movia com graça e determinação. Sua mente ainda estava repleta das memórias da batalha, mas havia um alívio crescente ao saber que Aeris estava a salvo e recuperado.

Quando finalmente o avistou, um sorriso suave surgiu em seus lábios. Aeris estava no telhado de uma casa, colocando telhas com habilidade e cuidado. Uma camisa branca, com as manas dobradas até o cotovelo, podendo ver sua tatuagem no antebraço direito, trajando também uma calça preta e as botas de couro estavam cobertas de poeira e fuligem. Ele parecia completamente em paz, focado em sua tarefa e alheio ao burburinho ao seu redor.

As pessoas que trabalhavam com ele estavam sorridentes e conversando alegremente. Alguns sabiam o que Aeris tinha feito para salvar a cidade, enquanto outros desconheciam sua façanha heroica. No entanto, Aeris não se gabava, apenas se dedicava a ajudar, sendo um exemplo de humildade e serviço. Ele levantava uma telha e a posicionava com precisão, o suor escorrendo pela testa enquanto trabalhava arduamente sob o sol.

Finalmente, ela se aproximou, seus passos leves sobre o solo ressoando suavemente. Aeris a viu e um sorriso iluminou seu rosto, um brilho de felicidade e alívio nos olhos azuis que pareciam estrelas brilhando. Ele desceu do telhado com agilidade, aproximando-se de Lyra e envolvendo-a em um abraço apertado.

- Opa. - murmura ao perceber que a estava abraçando todo suado, então se separa, mas mantem ambas as mãos nos ombros da princesa. - Foi sem querer, juro.

Um riso simples surge enquanto fitava os olhos de Aeris, que apenas a abraçou institivamente sem pensar.

Aeris observava Lyra com admiração, seus olhos percorrendo cada detalhe de sua vestimenta. Ela usava uma camisa preta ajustada, que destacava sua figura esbelta, e uma calça da mesma cor, prática e resistente. O casaco vermelho que carregava o brasão de sua família conferia um toque de nobreza e força, enquanto as botas de couro completavam seu visual destemido. Na cintura dela, a espada de Aeris estava firme, o cristal no pomo brilhando suavemente. Ele não tinha pedido a espada de volta, sentindo que ela estava exatamente onde deveria estar: nas mãos de sua amada, que agora carregava tanto a arma quanto a confiança que ele depositava nela.

- Veio do conselho? - pergunta o dobrador de ar.

- Não, vim buscar você para irmos. Nossa reunião é hoje. - ela arqueia a sombrancelha ao perceber que o loiro avia esquecido.

- Sério?

Os olhos de Aeris correram para as pessoas ao seu redor, ele hesitava em deixar o trabalho na construção da casa para ir à reunião. Um senhor que trabalhava ao lado percebeu o olhar relutante de Aeris e riu, gritando em seguida:

- O loirinho tá liberado, minha senhora! Pode levá-lo.

As pessoas ao redor riram ao ver a careta de Aeris. Ele suspirou, um sorriso de resignação se formando em seus lábios, enquanto guardava suas ferramentas e caminhava até Lyra, que o aguardava com um olhar divertido.

- Acho que foi demitido. - brinca Lyra, que logo ri em seguida ao começar a caminhar ao lado de Aeris.

- Não posso dizer que é a primeira vez. - com a voz triste, mas logo abre um sorriso ao sentir a mão de Lyra.

Aeris caminhava ao lado de Lyra, de mãos dadas, enquanto conversavam sorridentes. Eles observavam as pessoas da cidade se ajudando, o espírito de comunidade crescendo a cada dia. Na periferia, Luna estava sendo auxiliada por alguns homens para colocar sua clínica de pé novamente. Apesar do caos ao redor, ela atendia os pacientes com um sorriso tranquilo, enquanto uma fila se formava à sua porta.

Zara, por outro lado, estava na recepção, lutando com as pilhas de papelada que precisavam ser preenchidas. Ela se perdia nos documentos, o rosto contorcido em concentração enquanto tentava organizar tudo para que os pacientes pudessem ser atendidos. Aeris e Lyra observaram a cena com carinho, apreciando o esforço e a dedicação de todos para reconstruir a cidade.

Aeris e Lyra caminharam de mãos dadas pelas ruas, o ambiente ao redor fervilhando de atividade. Passavam por casas em reconstrução, o som de martelos e risadas mesclando-se ao ar. A medida que se aproximavam do prédio do conselho, o número de pessoas aumentava, todos querendo uma audiência com a líder do conselho, Isabel, ou com a Anciã.

O prédio do conselho estava lotado. Pessoas se amontoavam nas escadas e no hall de entrada, todos buscando a atenção da liderança da cidade. A recepcionista, com um monte de papéis equilibrados precariamente em seus braços, lutava para controlar a multidão, a voz se elevando em tentativas de manter a ordem.

Aeris e Lyra, sabendo que muitos dos que estavam ali eram nobres buscando compensações, decidiram passar rapidamente entre eles. Movendo-se agilmente, evitaram os olhares curiosos e os pedidos insistentes, ignorando até mesmo a recepcionista sobrecarregada. Natasha tinha deixado claro que os cidadãos que sofreram diretamente seriam atendidos primeiro, enquanto os nobres teriam que esperar.

Ao entrarem no edifício, Aeris trocou um olhar de entendimento com Lyra. Eles sabiam que a prioridade era ajudar os mais necessitados e garantir que a cidade se levantasse novamente, forte e unida.

O salão do conselho era vasto e imponente, com tapeçarias adornando as paredes e luz suave filtrando-se através dos vitrais coloridos. Elian já estava presente, sentado no trono da Nação da Água, representando sua gente com a dignidade de um líder nato. Natasha estava no centro da sala, engajada em uma conversa tranquila com sua esposa, Isabel, que lhe oferecia um sorriso de apoio e compreensão.

No fundo do salão, Thalia e Orion mantinham uma expressão séria e reservada, murmurando entre si. Seus olhares inquietos e suas posturas tensas indicavam a gravidade das questões que estavam prestes a ser discutidas.

Aeris, ao entrar, parou um pouco afastado do trono da Nação do Fogo, observando o ambiente com atenção. Ele notou que Lyra não se sentava no trono destinado a ela. Em vez disso, ela se apoiava no encosto, seus braços estendidos para a frente e as mãos entrelaçadas, sua expressão refletindo a determinação e a força que sempre a caracterizavam.

- Então podemos começar a reunião? - pergunta Thalia ao se levantar da cadeira, com um papel em mãos.

- Como desejar. Foi a senhora e Orion que convocou. - diz Elian, ao acertar sua postura, dando um ar nobre.

- Então quero começar com o primeiro tópico. - solta Orion, com os olhos nos papeis a sua frente, continuando em seguida. - Iremos decidir o fim que o Principe Braz, marcando sua execução por traição. - um riso vindo de Lyra surge, fazendo Orion levantar seu olhar. - Algo para acrescentar Princesa?

- A custódia do Principe Braz é da Nação do Fogo, e ele será levado para encarar a Rainha. Ela quem decidira seu fim. - com a voz firme ela termina.

- Ele foi um traidor e está sob nossa cidade. Então nós decidimos o que fazer com ele.

Thalia com a voz forte, ecoa dentro do salão. Seus olhos logo correm para a líder do conselho, que arqueava a sobrancelha.

- Não tente dar ordem, ou dizer algo sobre a invasão. - Natasha com as mãos em sua cintura, fita os dois no fundo, cada um em sua respectiva cadeira. - Se não me engano, sua igreja fechou as portas para os sobreviventes que corriam. - ela aponta para Thalia, que apenas estala a língua. - E quanto ao herói Orion, fugiu no primeiro momento que conseguiu. - ela volta seu olhar para Aeris, que apenas estava com um sorriso em seu rosto. - Não pedirei uma votação, mas acredito que o povo vai querer novas pessoas sentadas nessa cadeira.

- Você não pode fazer algo assim! - exclama Orion.

- Não posso, por isso o povo fará. - Natasha ri, caminhando em direção ao seu filho.

- A custódia do príncipe Braz é da nação do fogo. - complementa Isabel, com os olhos em seus companheiros do conselho.

- Qual seria o próximo tópico? - pergunta Aeris, mas ouve uma risada vinda de Elian.

- Eles queriam nomeá-lo representante do conselho, tirando sua mãe da posição. - responde o jovem príncipe.

- Como...? - Thalia fazia a mesma expressão de dúvida que Orion.

- Tenho minhas fontes. - solta a frase no ar, como se não fosse nada demais.

- Engraçado. - comenta Lyra, segurando o riso. - Bom, pelo menos foi uma caminhada boa.

- Ainda não temos a resposta de Aeris. - comenta Isabel, agora fitando seu filho.

Aeris fitava os olhos de sua mãe, Isabel, com certa dúvida refletida em seu olhar. Ao seu lado, Natasha, sua outra mãe, aguardava a resposta com igual expectativa. A tensão no ar era palpável, mas foi quebrada por um riso espontâneo que ecoou pelo salão, surpreendendo a todos.

Lyra, com um sorriso conhecedor nos lábios, caminhou em direção à porta. Ela já sabia a resposta. Enquanto atravessava o salão, as conversas cessaram momentaneamente e todos os olhares se voltaram para ela. A confiança em seus passos e a determinação em seu semblante eram claras.

- Acho que posso até rir também. - comenta o loiro, com um sorriso calmo. - Mas de quem foi a ideia, dos dois ali? - pergunta apontando para Thalia e Orion.

- Foi minha. - responde Natasha.

- Então faz sentindo a tensão agora. - com a mão direita em seu cabelo, ele fita os olhos verdes de sua mãe. - Vou ter que recusar. - ri ao final, virando suas costas e caminhando em direção a Lyra, parada na porta.

- Posso saber o motivo? - pergunta a Anciã.

- Então vou te perguntar. Por que deseja que eu assume seu lugar? - pergunta fitando os olhos de Natasha.

- Porque você é o Guardião, e provou muitas vezes ser capaz de lidar com essa responsabilidade. Você salvou essa cidade inteira filho. - a ruiva procurava o motivo da recusa nos olhos de Aeris.

- Não sou um líder, igual você mãe. Sou apenas um dobrador de ar, apaixonado por uma princesa. E que ajuda no que pode.

- Então o que pretende fazer agora?

Aeris volta seu olhar para Lyra, que observava a situação em silencio, um sorriso simples da morena lhe dá uma força para encarar novamente suas mães. Então com um sorriso radiante ele diz:

- Ainda não sei, deixarei a brisa me guiar, ou... - ele fita os olhos dourados de Lyra antes de continuar. - ou, a chama no meu coração.

Isabel, que até então tentava segurar o riso, finalmente não pôde mais conter-se e soltou uma risada clara e genuína. Natasha, ao seu lado, virou-se para ela com uma sobrancelha arqueada, claramente intrigada pela reação da esposa.

Isabel levou a mão à boca, tentando recuperar a compostura, mas o riso já havia quebrado a tensão no salão.

- Desculpe. - ela disse, ainda com um brilho divertido nos olhos. - Você já deveria ter desistido disso, sabe que seu filho é um espírito livre que segue o coração. Pelo menos agora tem companhia, para vigiar ele.

- Eu sei amor, mas as coisas estão mudando. E precisamos nos manter...

- Ah. Não se preocupe com isso. - Isabel corta a fala de Natasha. - Sempre que precisamos de ajuda, ele aparece. - ela continua com um sorriso. - Foi assim quando começamos reunir os líderes da nação, ele apareceu do nada.

- Fico até com vergonha. - diz Aeris com um sorriso desajeitado.

- Não vou mais insistir. - murmura Natasha.

Natasha caminhou a passos largos até Aeris, seu semblante determinado. Sem hesitar, ela parou em frente ao loiro e o puxou imediatamente para um abraço apertado. Aeris, surpreso no início, relaxou nos braços de sua mãe, sentindo o calor e a força de seu abraço.

- Você fez um trabalho incrível, meu filho. - Natasha murmurou em seu ouvido, com a voz embargada de emoção. - Estou tão orgulhosa de você.

Aeris retribuiu o abraço, sentindo a segurança e o amor de sua mãe.

- Obrigado, mãe. - respondeu ele, com a voz baixa e carregada de gratidão. - Não irei embora tão cedo, por que esse abraço do nada?

- Apenas... - ela procurava a palavra que representava seu sentimento, mas não encontrava nada para dizer. - Você realmente cresceu.

Ele ri com a cabeça baixa, no ombro de sua mãe enquanto sentia-se se mergulhando nos fios ruivos que caiam sobre seu rosto. Ao se separar do abraço, ambos trocam olhares que pareciam se comunicar, mas uma risada surge entre a mãe e o filho.

- O que faremos agora? Já que a reunião foi atoa? - pergunta Elian levantando-se da cadeira.

- O que sempre tentamos fazer pequeno príncipe. - diz Lyra ao abrir a porta com um sorriso.

A reunião se encerrou com um ar de determinação e esperança no ar. Enquanto os presentes seguia seus caminhos, Aeris sentiu um renovado senso de propósito pulsando em seu coração. Ele começou a se preparar para sua jornada de volta para Atlatis, com Lyra ao seu lado, pronta para enfrentar os desafios que os aguardavam.

Thalia e Orion, por outro lado, ainda não sabiam o que o destino reservava para eles, mas Isabel tinha uma pequena aposta sobre o que poderia acontecer. Enquanto isso, Natasha acompanhava sua esposa até o escritório, envolvida em uma conversa animada sobre os próximos passos a serem dados para garantir a paz e a prosperidade de seu reino.

Na varanda, Aeris e Lyra permaneciam juntos, observando o céu sem nuvens enquanto o sol banhava a paisagem com sua luz suave. Apesar dos desafios que enfrentariam, eles estavam unidos e determinados a construir um futuro melhor para todos os que amavam. Juntos, eles enfrentariam o que quer que viesse, confiantes de que, com amor e coragem, poderiam superar qualquer obstáculo.

- Pretende voltar a construir casas? - pergunta Lyra, com um sorriso.

- A dia está bonito, queria saber que se minha noiva... - ele pausa por um momento, um sorriso desajeitado se forma em seus lábios. - Posso chamá-la assim não?

- Mas que pergunta é essa? - a princesa se aproxima com um olhar sério, enquanto observava seu amado se tremer de medo. - Meu noivo está com medo de usar a palavra, mesmo depois de eu tê-lo pedido em casamento?

Aeris sentia o coração bater forte no peito enquanto recuava, os olhos dourados de Lyra fixos nele com uma intensidade que o deixava paralisado. Cada passo para trás o levava mais perto da borda da sacada, até que finalmente sua coluna encontrou a dura superfície. Ele estava encurralado, incapaz de escapar do olhar furioso de sua amada.

Com o rosto de Aeris agora próximo ao dela, Lyra murmura com uma voz suave, mas cheia de determinação:

- O que você deseja?

Seus olhos dourados brilhavam com uma intensidade que refletia a seriedade de sua pergunta, enquanto ela aguardava ansiosamente pela resposta dele.

Com um sorriso nostálgico nos lábios, Aeris se lembra da mesma pergunta que fez a Lyra quando se encontraram naquela primeira noite de volta à cidade. Esse momento trazendo memórias e sentimentos profundos à tona, ele não pode deixar de sorrir enquanto seus lábios se encontram com os dela em um beijo carregado de emoção. Suas mãos deslizam suavemente pela cintura de Lyra enquanto ela entrelaça seus braços em volta do ombro dele, criando um abraço íntimo e reconfortante.

- Eu tenho o que desejo. E você?

Com um sorriso nos lábios, Aeris se afasta levemente do beijo, colocando sua testa contra a de Lyra e fechando os olhos. Ele podia sentir a respiração dela, cada batida do coração, enquanto aguardava ansiosamente sua resposta. Era um momento de intimidade e conexão, onde as palavras pareciam desnecessárias diante da profundidade do que compartilhavam.

- Estou chegando lá. - ela ri. - Ainda quero minha revanche.

- Quando quiser, minha noiva.

- Sabe como as pessoas nos chama? - ela pergunta com um sorriso.

- A princesa e o Plebeu?

- Não.

Os olhares que trocavam eram como conversas silenciosas, repletas de carinho e entendimento mútuo. Lyra via o brilho nos olhos de Aeris e sabia que ali residia a sinceridade de seu amor. Enquanto isso, Aeris se via perdido na profundidade do olhar de Lyra, onde encontrava conforto, paixão e a promessa de um futuro juntos. Eles eram como duas metades que se completavam, unidos por um amor inabalável.

- Chama e Brisa.

- Com certeza sou a chama. - brinca Aeris, arrancando uma risada da princesa.

- Então eu sou a Brisa que te guia?

- Quando não foi?

O riso deles ecoava na brisa suave da tarde, enchendo o ambiente com uma sensação de leveza e felicidade. Abraçados, sentiam-se envolvidos pela energia calorosa um do outro, compartilhando um momento de pura intimidade e conexão. Não precisavam de palavras para expressar o quanto se amavam; o simples ato de se abraçarem era suficiente para transmitir todo o amor e cumplicidade que compartilhavam.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.